Na definição de Azeredo, na Gramática Houaiss da Língua Portuguesa,
sinonímia é um fenômeno que deve ser descrito, de preferência, em função
da variação linguística e, assim sendo, apresentam-se em quatro
subtipos:
Outros exemplos:
Alguns exemplos de diferentes modos de expressar o mesmo referente entre o senso comum e grupos específicos:
Pão (antiga) e gato (recente) - (beleza masculina);
Surpreso (adulto) e bolado (jovem) – (sensação)
- Variantes regionais ou geográficas
Outros exemplos:
Bala (Centro-Sul) – bombom (Nordeste);
Mandioca/aipim (Centro-Sul) – macaxeira (Nordeste);
Polenta (Centro-Sul) – angu (Nordeste);
Charque (Sul) – jabá (Nordeste);
Marisco (Centro-Sul) – lambreta (Nordeste);
Mexerica/mixirica (Centro-Sul) – bergamota (Sul);
Abóbora (Centro-Sul) – jerimum (Nordeste); entre outros.
- Variantes estilísticas ou discursivas
Alguns exemplos de diferentes modos de expressar o mesmo referente entre o senso comum e grupos específicos:
Principiante – foca (termo jornalístico); pato (futebol); pipoca (policial).Diferenças de expressão linguística entre o uso popular e a linguagem mais precisa:
Operação – cirurgia (termo médico)
Bandido – meliante (termo policial)
Trave – pau/poste (futebol)
Barulhento – ruidoso
Exigência – requisito
Rango – comida
Perfume – fragrância
Reza – oração
Simples – despojado Prestativo – obsequioso
- Variantes psicológicas ou expressivas
lento e lerdo; imitar e remedar. Igualmente, percebe-se uma gradação de intenção entre pedir e exigir; entre matar e assassinar; ousadia e temeridade; pobre e miserável; vencer e derrotar.
- Variantes etárias ou históricas
Pão (antiga) e gato (recente) - (beleza masculina);
Surpreso (adulto) e bolado (jovem) – (sensação)
Antonímia.
Antonímia é a relação que se estabelece entre
duas ou mais palavras que apresentam significados diferentes, contrários
(antônimos). O importante aqui é saber que significados são opostos, ou seja,
excluem-se. É um sinônimo de antônimo.
Em situação semelhante são tratados os antônimos. É comum em nossa língua conceitualizarmos contrastes: cheio/vazio; doce/amargo; doce/azedo; doce/salgado; dormi/acordar; duro/mole; feio/bonito/ forte/fraco; ganhar/perder; longe/perto; pequeno/grande; rico/pobre; subir/descer; sujo/limpo; etc.
No entanto, é preciso observar em que se concentra o contraste. Segundo Azeredo, o que se observa na antonomínia é a substituição de um traço relevante o qual se ancora diretamente no contexto em que a enunciação se instaura. Isso ocorre porque mudando o contexto, muda-se também a relação semântica dentre as palavras. Nesse sentido os termos referentes a sinônimos e antônimos se diferenciam.
Nesse sentido, podemos observar:
No papel de agente/paciente são antônimos os termos: matar e morrer.
Com a noção de início e fim da vida: nascer e morrer.
Com a noção de possibilidade: perder e ganhar.
Com a noção de eventualidade: achar e perder.
Noção de interrupção: morrer e sobreviver.
No entanto, a prefixação (quando permite) representa importante ferramenta para a antonímia, o advérbio de negação não:
Armar/ desarmarSegundo Azeredo, a antonomínia se apresenta de quatro modos:
Cobrir/ descobrir
Fazer/ desfazer
Feliz/ infeliz
agressão – não agressão
engajado – não engajado
execução – não execução
governamental – não governamental
* Complementar
A afirmação de um corresponde à negação do outro e vice-versa: condenar/absolver; falar/calar; direito/esquerdo; falso/verdadeiro; obedecer/desobedecer; vivo/morto.
- Polar
- Distributivo
Incluem-se nesse modo a relação antonímica:
avô/neto; pai/filho; patrão/empregado; professor/aluno.
- Reverso
Movimentos em direção contrário no tempo e espaço:
http://www.lpeu.com.br/q/fle6r
• Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. José Carlos de Azeredo. PubliFolha. São Paulo:2012.
• VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA CULINÁRIA BRASILEIRA: REGIÕES NORDESTE E SUL. Borba e Borba.
http://www.reitoria.uri.br/~vivencias/Numero_010/artigos/artigos_vivencias_10/l27.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário