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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Crise de 1929 atingiu economia e mudou a ordem política no Brasil



Crise de 1929 atingiu economia e mudou a ordem política no Brasil
GIULIANA VALLONE

da Folha Online

       A Crise de 1929 atingiu em cheio a economia do Brasil, muito dependente das exportações de um único produto, o café. Mas, mais do que gerar dificuldades econômicas, o crash que completa 80 anos em 2009 provocou uma mudança no foco de poder no país, acabando com um pacto político interno que já durava mais de trinta anos.

     Entre os anos de 1894 e 1930, o presidente da República foi eleito pelos paulistas barões do café num mandato, e no outro pelos pecuaristas mineiros. Era a chamada política do café com leite, viabilizada pela hegemonia da oligarquia cafeeira paulista na época e que garantiu a formação de uma economia agrícola praticamente monoexportadora no país.

     Em 1929, a quebra nos mercados acionários do mundo provocou uma forte queda nos preços internacionais das commodities. "O Brasil era fortemente dependente das exportações de café, e tinha uma enorme dívida externa, que precisava ser financiada com essas vendas", afirma o professor de História Econômica da FEA-USP, Renato Colistete.
Além da queda nos preços, a crise provocou uma diminuição na renda e no consumo no mundo todo, prejudicando ainda mais as vendas de café. As exportações do produto, que chegaram a US$ 445 milhões em 1929, caíram para US$ 180 milhões em 1930. A cotação da saca no mercado internacional, caiu quase 90% em um ano.

   Fogueira
   Na tentativa de conter a queda, o governo federal comprou grande parte dos estoques dos produtores, e queimou 80 milhões de sacas do produto. "A ideia era queimar para diminuir a oferta e aumentar o preço internacional, porque o Brasil era o maior país exportador", segundo Marcos Fernandes, coordenador do Centro de Estudos dos Processos de Decisão da FGV-SP.

"A crise arruinou a oligarquia cafeeira, que já sofria pressões e contestações dos diferentes grupos urbanos e das oligarquias dissidentes de outros Estados, que almejavam o controle político do Brasil", explica Wagner Pinheiro Pereira, doutor em História pela USP e autor do livro "24 de Outubro de 1929: A Quebra da Bolsa de Nova York e a Grande Depressão".
Poder
    O que aconteceu, então, foi que o foco do poder no país foi deslocado para o gaúcho Getúlio Vargas, que se tornou presidente da República após a Revolução de 1930. "Do ponto de vista político, a crise foi importante porque desviou o foco do poder para Getúlio Vargas e para um projeto de industrialização", diz Fernandes.
O novo presidente, porém, sabia que, mesmo com o fim da oligarquia paulista, o café não podia ser deixado de lado. Assumiu, então, uma nova política de defesa da cafeicultura, na tentativa de equilibrar os preços e evitar a superprodução.

"Não podemos esquecer que Getúlio era o pai dos pobres e a mãe dos ricos", diz Fernandes. "Ele tratou de não romper tão radicalmente com a oligarquia agrícola, e o café continuou sendo importante no Brasil. Isso começa a mudar mesmo a partir de Juscelino Kubitschek e, principalmente, a partir do Golpe de 1964."
   A Grande Depressão, porém, dificultou os esforços do governo para ajudar o café e "somente no final da década de 1930 o café começou a recuperar os bons preços nos mercados internacionais", segundo Pereira. 
Fonte: Revista Cafeicultura

Crise de 1929 A Primeira Grande Crise capitalista.



Crise de 1929
Por Me. Cláudio Fernandes



      Quando se estuda o período intermediário entre as duas guerras mundiais, isto é: de 1919 a 1939, um dos temas mais importantes é o da Grande Depressão Americana, cujo símbolo máximo é a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929. Esse tema é conhecido, geralmente, como “Crise de 1929”. Crise essa de ordem financeira, que afetou todo o mundo, levando milhões de pessoas ao desemprego e ao desespero.
     O principal fator que contribuiu para a Crise de 1929 foi a expansão de crédito, emitido pelo Federal Reserve System – Sistema de Reserva Federal – (uma espécie de Banco Central Americano) desde 1924, ainda sob o governo do presidente Calvin Coolidge. Para se entender o porquê de a expansão de crédito ter gerado a crise, é necessário compreender um pouco do contexto econômico da década de 1920.
    Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a economia dos Estados Unidos se tornou a mais importante do mundo. Haja vista que, com a destruição que a guerra provocou na Europa, a produção econômica de grandes potências, como a Inglaterra e a Alemanha, não mais se sobrepunha aos outros países, pois estava em processo de recuperação. Sendo assim, os EUA, ao tempo que conseguiam uma produção econômica muito grande, pois tinham compradores dentro e fora do país, também estimulavam a oferta de crédito pra estes compradores, bem como a política de aumento salarial para empregados. Entretanto, sempre quando havia um período de pequena recessão, isto é: decréscimo na produção econômica, o governo intervinha no mercado aplicando mais crédito (dinheiro e títulos da Bolsa de Valores) para reparar os danos.
A medida de expansão de crédito tornava as taxas de juros artificiais, sem lastro com as reservas de crédito reais, que eram ancoradas na poupança. Os investidores que tinham ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque recebiam um sinal falso da expansão de crédito e, consequentemente, acabavam por ampliar os seus negócios, aumentar salários, e investir ainda mais. Este processo gerou uma “bolha inflacionária”, pois, em 1929, chegou um momento em que não se podia mais esconder o caráter artificial da expansão econômica: havia muito dinheiro emitido circulando, mas sem valor real com a produção. Já sob o governo Hoover, a Bolsa de Valores de Nova Iorque, responsável pela administração dos investimentos aplicados e do crédito emitido, entrou em colapso.
As principais consequências da Crise de 1929 foram o desemprego em massa, a falência de várias empresas, tanto do setor industrial quanto do setor agrícola, e a pobreza, que assolou grande parte da população americana. Muitos países que estavam atrelados ao sistema de crédito americano também sofreram uma grande recessão em suas economias. O Brasil, por exemplo, teve que queimar café, principal produto da época, para poder valorizar o seu preço.
As soluções para a crise foram aplicadas, principalmente, por F. Delano Roosevelt e sua política do New Deal(Novo Acordo), que procurou replanejar a economia americana.



Crise de 1929 (Grande Depressão)
Por Cristiana Gomes


Após a primeira guerra mundial (1918), os EUA eram o país mais rico do planeta. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas, até que no dia 24 de outubro de 1929, começou a pior crise econômica da história do capitalismo.
Vários fatores causaram essa crise:
- Superprodução agrícola: formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente.
- Diminuição do consumo: a indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram.
- Quebra da Bolsa de Nova York: de 1920 a 1929, os americanos compraram ações de diversas empresas. De repente o valor das ações começou a cair. Os investidores quiseram vender as ações, mas ninguém queria comprar. Esse quadro desastroso culminou na famosa “Quinta-Feira Negra” (24/10/1929 - dia que a Bolsa sofreu a maior baixa da história).
Se o valor das ações de uma empresa está desabando, o empresário tem medo de investir capital nessa empresa. Se ele investe menos, produzirá menos; se produz menos, então, não há motivo para tantos empregados, o que levará o empresário a demitir o pessoal.
Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também.
A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou.
A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma ideia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como consequência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.
Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana.
Essa terrível crise que atravessou a década ficou conhecida como Grande Depressão.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o início da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.

Fontes:
http://historiadomundo.uol.com.br/i
http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/


Organização; Profª Lourdes Duarte.





CLASSES SOCIAIS E COMO SÃO CONSTITUÍDAS.




O que é Classe social:

        A definição de classe social, tal como vemos atualmente, é segundo a ótica de Marx. Ele separava as classes pelo seguinte aspecto: a relação dos donos do capital e os vendedores de força de trabalho, que é o patrão e o proletariado. Em nossa sociedade, as demais classes, independente da situação econômica, partilham de um mesmo objetivo corriqueiro: lucrar.
Essa ideia é a raiz do capitalismo, a oferta e a procura, que geram a concorrência, promovendo a liberdade econômica de escolha, mas que tudo ao final se resume em ganhar dinheiro para o gozo do consumo dos diversos bens materiais, lazer, etc. Os que têm mais recursos são considerados como classe dominante, devido não só à influência, mas ao poder dado ao dinheiro. Já os que possuem menos são a classe dominada, grosso modo, os engrenagens dessa máquina chamada de capitalismo.
De acordo com a história e os preceitos de Karl Marx e Friedrich Engels, a origem da humanidade está fundamentada tão somente na luta de classes. Tal luta se deu no decorrer dessa linha do tempo, em que os burgueses oprimiam os proletariados. Quando surgiu a ideia de propriedade privada e dos meios de produção, a sociedade começou a ser desmembrada em classes, que foram as duas já mencionadas anteriormente. Dessa forma, o capitalismo está ligado diretamente com as classes sociais.
A divisão de classes sociais na sociedade, segundo Marx, só acabará quando o capitalismo for extinto do sistema político-econômico da organização social. Antigamente, nas sociedades mais primitivas, não havia a hierarquização da sociedade, que permite a divisão da mesma em classes; entretanto, todas as pessoas participavam do processo de produção. Com isso, não havia quem oprimisse, ou seja, não havia exploração de força de trabalho.
        No entanto, a demanda se excedeu, e então, abriu brecha para o início do jogo político. O excedente formou um grupo mais forte, uma minoria, que exerceria poder sobre os "mais fracos". Então, foram criadas barreiras, grosso modo, muros sociais, em que se separavam duas classes, por tarefas sociais – assim chamados por Marx e Engels. Formou-se uma sociedade dicotômica: a classe dos senhores e dos trabalhadores.
É visível que a ideia antiga, abordada pela perspectiva de Marx, em nada muda dos tempos atuais. Ainda hoje, existem as diferenças, quanto à ocupação e em relação à distinção de rendas. Essas, são classificadas como camadas que, na verdade, são classes sociais.
As grandes revoluções dos trabalhadores, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, traduzem a questão da luta de classes, consideradas a engrenagem do sistema capitalista. Não há como separar o conceito de capitalismo da expressão “classe social”, uma vez que são definições que se completam.
      Marx, ao perceber que a sociedade mudou, desde que foi implementado o capitalismo como sistema político-econômico, decidiu pensar num sistema totalmente igualitário e oposto ao capitalismo. Em primeiro lugar, Karl Marx, em sua ideologia, decidiu que não haveria mais divisões em classes por nenhum motivo. Nem de renda, riqueza, educação, cultura, rede social ou outras que podem surgir numa sociedade.
        O sonho da sociedade sem classes sociais materializou-se por meio da tentativa de inserir o comunismo no mundo. Entretanto, a maioria dos países seguiu a política capitalista. Nem a própria União Soviética, tida como símbolo mor e potência comunista, resistiu. O país estava caminhando para a ruína. Enfim, não deu muito certo por lá.
Karl Marx acreditava que a solução para os problemas da sociedade seria o poder ao povo, a classe trabalhadora, que é quem move e produz riqueza para o estado. De fato, pode ser uma saída, mas o comunista não deixou escritos de forma detalhada a sua forma de pensamento – o funcionamento do comunismo como sistema econômico. A forma de economia foi adotada por alguns países, que mudaram regras do sistema .


Como são constituídas as classes sociais.

         Classe social é um grupo constituído por pessoas com padrões culturais, políticos e econômicos semelhantes. O fator financeiro é uma das características mais marcantes na definição de uma classe social.
As classes sociais podem ser interpretadas por diferentes pontos de vista, no entanto, a definição mais usual refere-se ao grupo limitador de indivíduos que constituem um mesmo nível e poder econômico, além de terem acesso a oportunidades e opções de lazer e entretenimento diferenciados. 
De acordo com a teoria marxista sobre a divisão das classes, em toda a sociedade capitalista existe um grupo dominante, responsável por ditar os padrões vigentes naquela sociedade, além de influenciar o controle do Estado, direta ou indiretamente.
Por outro lado, também existe uma classe dominada, formada por trabalhadores com baixa instrução profissional e educacional.
Classificação das classes sociais
O conceito de estratificação social foi desenvolvido pelo economista alemão Max Weber. Consiste na ideia de separar os indivíduos com características econômicas, sociais, educacionais e etc, em grupos específicos e hierárquicos.
A estratificação social universal contemporânea é classificada em três grupos: classe baixa, classe média e classe alta.
De acordo com o país e o seu padrão econômico e social, as classes sociais também pode ser subdividas.
As classes baixas apresentam dificuldades em manter as necessidades básicas do ser humano, como a alimentação, por exemplo. Além disso, dificilmente têm acesso a opções de entretenimento cultural.
As classes médias são as mais comuns na maioria dos países. Neste grupo, os indivíduos já conseguem manter um equilíbrio econômico, garantindo todas as necessidades básicas. Na classe média as pessoas tendem a ter um nível de escolaridade mais elevado, como o ensino superior completo, por exemplo.
Já as classes altas são os ricos, que geralmente nasceram em famílias abastadas e são detentores de grandes heranças e fortunas.
Todas as necessidades básicas são alcançadas sem nenhuma dificuldade, além de outras oportunidades exclusivas de lazer e entretenimento.
Diferentemente das castas sociais, por exemplo, o indivíduo de uma classe social pode “evoluir” ou “regredir” para outras classes sociais, de acordo com as variações dos fatores que caracterizam cada grupo.
Classe social no Brasil
O Brasil é um país marcado por uma acentuada desigualdade social, ou seja, existe uma presença forte de todas as classes sociais, desde as mais miseráveis até as mais ricas.
Para classificar os indivíduos nas diferentes classes sociais, o país adota um critério desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (Abep).
Saiba mais sobre o significado de Desigualdade Social.
De acordo com o sistema de classificação brasileiro adotado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), as classes sociais podem ser divididas em: miseráveis, baixa, média baixa, média, média alta e alta.
Fonte: https://www.significados.com.br/classe-social/



Sociedades sem classes sociais

   
       Sociedades sem classes sociais, de acordo com uma definição do educador Paulo Freire é "uma sociedade em que nenhum homem, nenhuma mulher, nenhum grupo de pessoas, nenhuma classe explora a força de trabalho dos outros. É a sociedade em que não há privilégios para os que trabalham com a caneta e só obrigações para os que trabalham com as mãos, nas roças e nas fábricas. Todos são trabalhadores a serviço do bem de todos."
Desde tempos remotos, quando o homem começou a abandonar o nomadismo, abraçando a agricultura e compondo as primeiras cidades, iniciou-se as questões de poder, o estabelecimento de classes e a desigualdade social que perdura até os dias de hoje. As várias classes sociais, que reúnem segmentos da população, foram se formando aos poucos, com a divisão do trabalho e o ganho de cada trabalhador. Frequentemente, estamos nos referindo às classes pobres ou às ricas da sociedade. Em geral, os pobres têm o estritamente necessário para a sobrevivência. Os ricos, das classes médias e altas, gozam de uma situação bem melhor quanto à moradia, atividades mais intelectuais que braçais e os salários maiores. Constitui-se em um problema, claro para todos a ainda não resolvido, saber que há classes extremamente pobres, com pessoas vivendo na miséria, enquanto outras usufruem um bem-estar de alto nível, proporcionando-lhes o supérfluo.
Na teoria de Marx, este aponta um momento, bem no início das sociedades agrícolas em que houve um estado de plena cooperação, o chamado "comunismo primitivo", que se aproxima bastante da definição extraída de Freire. Em geral, a despeito da teoria marxista, acredita-se que em toda a história da humanidade ainda não se produziu a sociedade igualitária que tenha abolido as classes sociais. Os humanos ainda estão longe de serem iguais, e a distinção de classe ainda é um fator predominante da sociedade. Os sistemas de classes sociais dividem as pessoas, o que resulta em inveja, ódio, angústia e muito derramamento de sangue. A antiga mentalidade da supremacia branca, na África, na Austrália e na América do Norte, causou grande sofrimento aos que não eram brancos ─ inclusive o genocídio de todos os aborígines na Terra de Van Diemen (agora Tasmânia). Na Europa, a classificação dos judeus como inferiores foi o prenúncio do Holocausto. A grande riqueza da aristocracia e a insatisfação entre as classes baixa e média foram fatores que levaram à Revolução Francesa do século XVIII e à Revolução Bolchevique na Rússia no século XX.


Bibliografia:
FREIRE, Paulo (op. cit.). O que é uma sociedade sem classes. Disponível em: <http://asvinhasdaira.wordpress.com/2006/12/16/o-que-e-uma-sociedade-sem-classes/>. Acesso em: 27 abr. 2012.
É mesmo possível uma sociedade sem classes sociais? Disponível em: <http://www.watchtower.org/t/20020101/article_02.htm>. Acesso em: 27 abr. 2012.
CASTANHO, Dom Amaury. Sociedades sem classes sociais? Disponível em: <http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=3898>. Acesso em: 27 abr. 2012.

Organização: Prof'ª Lourdes Duarte.