O QUE É UMA CRÔNICA E SUAS CARACTERÍSTICAS.
A crônica é uma
forma textual no estilo de narração que tem por base fatos que acontecem em
nosso cotidiano. Por este motivo, é uma leitura agradável, pois o leitor
interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações
tomadas pelas personagens.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
Você já deve ter lido algumas crônicas, pois estão presentes em jornais, revistas e livros. Além do mais, é uma leitura que nos envolve, uma vez que utiliza a primeira pessoa e aproxima o autor de quem lê. Como se estivessem em uma conversa informal, o cronista tende a dialogar sobre fatos até mesmo íntimos com o leitor.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
CARACTERÍSTICAS DAS CRÔNICAS
Como exposto acima, há vários motivos que levam os leitores a gostar das crônicas, mas e se você fosse escrever uma, o que seria necessário? Vejamos de forma esquematizada as características da crônica:
• Narração curta;
• Descreve fatos da vida cotidiana;
• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
• Possui personagens comuns;
• Segue um tempo cronológico determinado;
• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
• Linguagem simples.
Portanto, se você não gosta ou sente dificuldades de ler, a crônica é uma dica
interessante, pois possui todos os requisitos necessários para tornar a leitura
um hábito agradável!
Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando Sabino, Rubem Braga,
Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade,
Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max
Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Escolhas de uma vida
Pedro Bial
A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.
Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".
Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...
Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.
Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...
Como sabemos, a palavra crônica tem origem grega (chronos) e
significa "tempo". O gênero discursivo crônica narrativa pertence à tipologia
de texto narrativa e pode ser definido como sendo uma breve história que
retrata acontecimentos diversos do nosso cotiano em determinada época e de
maneira bem-humorada e inusitada. Trata-se, portanto, de uma narrativa que
segue uma ordem cronológica e que relata fatos do cotidiano e outros assuntos
relacionados à arte, esporte, ciência, relacionamentos interpessoais, entre
outros.
De maneira geral, encontramos as crônicas narrativas em suportes
de circulação como jornais, revistas e livros (coletâneas de crônicas). Os cronistas,
assim chamados os escritores de crônicas, relatam os acontecimentos sociais a
partir de sua visão crítica sobre os fatos. Em grande parte das crônicas
narrativas, é possível encontrar muitas sequências de discurso direto
(diálogo).
Leia um exemplo de crônica narrativa do escritor brasileiro Luis
Fernando Verissimo:
Crônica narração curta
Pneu furado
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De
pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito
bonitinha. Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem
dizendo "Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
– Você tem macaco? - perguntou o homem.
– Não - respondeu a moça.
– Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
– Não - disse a moça.
– Vamos usar o meu - disse o homem. E pôs-se a trabalhar,
trocando o pneu, sob o olhar da moça. Terminou no momento em que chegava o
ônibus que a moça estava esperando. Ele ficou ali, suando, de boca aberta,
vendo o ônibus se afastar. Dali a pouco chegou o dono do carro.
– Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
– É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
– Coisa estranha.
– É uma compulsão. Sei lá.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
Crônica que descreve fatos da vida cotidiana
OS MORADORES DE Rua
Autora: Tais Luso de Carvalho
https://taisluso.blogspot.com.br/2010/05/os-moradores-de-rua.html
Estes desprovidos de sorte, filhos de uma vida desgraçada,
passam o dia caminhando, comendo as sobras e o podre dos outros. É dureza
caminhar tanto, suplicar tanto para no fim do dia conseguirem comer lixo. E os
responsáveis por isso, por este lindo quadro patriótico, passam sem olhar. Não
interessa olhar para desgraça. Todos querem ver uma cidade bonita, limpa,
arborizada e florida; quanto mais florida, melhor! Esconde o horror.
O que mais se vê pelas esquinas dos países em
desenvolvimento, é gente dormindo pelos cantos, enfiados em buracos ou em
caixas de papelão, num canto debaixo de qualquer coisa que se pareça com teto.
Vivem como ratos; mas são os moradores de rua: um dia aqui, outro ali...
Caminham e procuram por um canto até terem a certeza do sossego. E contam com a
sorte de não serem importunados por gente sem piedade.
E nós, os mais sortudos, damos de cara com este mundo cão,
um mundo que saltou da condição de pobreza, para a indigência, porém, muitas
vezes ainda botamos banca, achando que ver isso é desagradável. Desagradável é
pouco: é desumano tanto descaso. Mas a solução não está em nossas mãos: o
brasileiro trabalha meio ano para pagar imposto e o que vemos é isto. De nada
adianta a população sair a distribuir uns trocados; isto nós fazemos. E não
soluciona, nem minimiza o problema.
Pelas ruas, mãos humilhadas se estendem; nos tocam e
suplicam. Já conhecem o que é desprezo, o que é fome, o que é sede, o que é
martírio. Conhecem um lado da vida que nós não conhecemos. Banheiros e
chuveiros não existem para os moradores de rua. E como é que fica? Algum
político já deu alguma solução? Não: lugar de fazer as necessidades
fisiológicas fica a quilômetros, subindo os morros, na mata. E olha lá.
Então vem a pergunta que não cala: por que esta gente não
arruma um emprego? Por que ficam pedindo, ao invés de trabalharem?
Ora... como resolver este problema se esta gente é
solitária, doente, desamparada, sem escolaridade... Não há interesse político
voltado para todos eles; não temos uma ação social eficaz. E outras pragas
mais. O dinheiro é para outros fins.
Dá pra entender que somos um país em dificuldades; só não
deu pra entender, ainda, que um país continental como o nosso, com tanta gente
miserável morando nas ruas, com milhões de pessoas passando fome, que ainda se
escute que não há verba suficiente para matar a fome do povo e lhes
proporcionar um teto.
PORÉM...
Para meu espanto, de uma hora pra outra surgem milhões de
nossas reservas para mandar pra fora do país... Fazendo bonito com o sacrifício
de nossa população indigente, que come capim e faz sopa de papelão e jornal.
Sei que é um enorme problema social, mas seguindo meu bom senso, teríamos de
resolver, primeiro, o problema da nossa gente: dar comida e teto para o Brasil.
Mas não é bem assim: existem as negociações! E, enquanto os homi ficam trocando
figurinhas, nossa gente que espere, que continue a comer lixo.
Crônicas com caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico
Tudo vai melhorar! Cronicas Pequenas e Engraçadas
Numa feira de agropecuária, um fazendeiro do Mato Grosso do
Sul encontrou-se com um Fazendeiro do estado do Tocantins:
O Fazendeiro do Mato Grosso do Sul perguntou:
- Cumpadre! Se o senhor não se importa deu perguntar, Qual é o tamanho da sua fazenda?
O Fazendeiro do Tocantins respondeu:
- Oía cumpadre! Acho que deve di dar aí uns quatrocentos hectare é piquinina! E a sua?
Como o fazendeiro do Mato Grosso do Sul era daquele tipo meio arrogante e cheio de mania de grandeza ele foi logo esnobando o outro fazendeiro dizendo:
- Cumpadre! O senhor sabe que eu nunca me interessei de contá eu só sei que eu saio de manhã bem cedinho e quando é meio dia eu ainda nem cheguei na metade da propriedade. Respondeu o fazendeiro do Mato Grosso.
O fazendeiro do Tocantins, comovido, deu uns tapinhas nas costas do fazendeiro do Mato Grosso e disse:
- Eu sei cumpadre!...Eu sei! No começo eu também andava de carroça...Squenta não!...Guenta firme cumpadre! Tenho certeza que tudo vai melhorar!
O Fazendeiro do Mato Grosso do Sul perguntou:
- Cumpadre! Se o senhor não se importa deu perguntar, Qual é o tamanho da sua fazenda?
O Fazendeiro do Tocantins respondeu:
- Oía cumpadre! Acho que deve di dar aí uns quatrocentos hectare é piquinina! E a sua?
Como o fazendeiro do Mato Grosso do Sul era daquele tipo meio arrogante e cheio de mania de grandeza ele foi logo esnobando o outro fazendeiro dizendo:
- Cumpadre! O senhor sabe que eu nunca me interessei de contá eu só sei que eu saio de manhã bem cedinho e quando é meio dia eu ainda nem cheguei na metade da propriedade. Respondeu o fazendeiro do Mato Grosso.
O fazendeiro do Tocantins, comovido, deu uns tapinhas nas costas do fazendeiro do Mato Grosso e disse:
- Eu sei cumpadre!...Eu sei! No começo eu também andava de carroça...Squenta não!...Guenta firme cumpadre! Tenho certeza que tudo vai melhorar!
Edilson Rodrigues Silva
Táxi
Dois
amigos, que como bons portugas se chamavam Joaquim e Manuel, resolveram
comprar um táxi em sociedade. Depois de rodarem dia e noite pela
cidade, durante um ano, sem pegar um único passageiro, decidiram
desfazer o negócio, inconformados com o prejuízo. Fazem as contas e
dividiram as perdas. Mas foi só o Joaquim descer do táxi que, já no
primeiro quarteirão, o Manuel conseguiu o seu primeiro passageiro...
Depois
de deixar a sociedade no táxi, o Joaquim, se achando um azarado, estava
meio deprimido. Como ele era muito tímido, comprou um carro para ver se
arrumava alguma namorada.
Alguns dias depois conseguiu convencer uma bela morena a ir até a praia. Pensou consigo mesmo, "esta eu pego!”
No
dia combinado, botaram o carro na estrada. Depois de rodar cinqüenta
quilômetros, Joaquim ganhou coragem e colocou uma mão no joelho da moça.
Percebendo as intenções dele, pra facilitar, ela falou:
-Se quiser, pode ir mais adiante.
A animação bateu no coração do Joaquim, ele tirou a mão do joelho da garota, agarrou o volante, pisou fundo no acelerador e...
.
.
... dirigiu por mais 100 Km!
Crônica Literária
A crônica literária, assim como o folhetim, tem suas origens
na prosa francesa do século XIX. Filhos do jornal, tais gêneros surgem na época
em que os veículos de comunicação se tornaram massificados, com tiragens
relativamente grandes e conteúdo acessível ao público inculto. A partir daí,
tanto o folhetim quanto a crônica passaram a ter seu lugar garantido em
praticamente todos os jornais. Todavia, enquanto o primeiro se constitui num
espaço reservado às narrativas ficcionais, a crônica, em regra, é um texto com
linguagem um pouco mais próxima à das reportagens, que registra e comenta a
vida cotidiana da cidade, do país, ou do mundo. De acordo com a crítica Leyla
Perrone-Moisés:
Crônica de feição moderna, [...] publicada em jornal ou revista
e muitas vezes reunida em volume, concentra-se num acontecimento diário que
tenha chamado a atenção do escritor, e semelha, à primeira vista, não
apresentar caráter próprio ou limites muito precisos. Na verdade, classifica-se
como expressão literária híbrida, ou múltipla, de vez que pode assumir a forma
de alegoria, necrológio, entrevista, invectiva, apelo, resenha, confissão,
monólogo, diálogo, em torno de personagens reais e/ou imaginárias etc. [...]
implicando sempre a visão pessoal, subjetiva, ante um fato qualquer do
cotidiano, a crônica estimula a veia poética do prosador; ou dá margem a que
este revele seus dotes de contador de histórias.
O escritor Affonso Romano de Sant’Anna também aponta essa
característica dúplice da crônica:
É um gênero intermediário entre o jornalismo e a literatura.
Como texto para jornal é aquele no qual é admitido alto grau de subjetividade.
Os demais jornalistas têm que ser mais objetivos. O cronista vai ao Oriente
pelo Ocidente, ou vice-versa. É também um gênero disseminador. O recorte da
crônica ganha um significado especial. O leitor se apodera do texto, guarda-o
na carteira, na agenda, o reproduz e o repassa como um talismã criando uma
espécie de corrente. Por isto, já pensei que entre o jornal e o livro, talvez
fosse necessário servir as crônicas separadamente ao leitor, e num papel mais
resistente, numa caixa ou pasta onde ele escolhesse as que quisesse.
Assim, por seu estilo diferenciado e, de certa forma,
liberto de exigências como objetividade, imparcialidade, urgência ou furo, a
crônica se apresenta como espaço privilegiado para a defesa de opiniões que
fogem ao senso comum presente na abordagem das notícias. O cronista observa o
mundo e o apresenta aos leitores segundo sua interpretação, assumindo o papel
do intelectual conectado com os conflitos de seu tempo. A liberdade com relação
às regras que direcionam a prática jornalística concede ao cronista maior
autonomia para divulgar visões alternativas a respeito de temas da atualidade
e, não raro, suscitar perplexidades.
Os textos do gênero são marcados, principalmente, pelos
comentários pessoais e o olhar subjetivo. Nesse sentido, a crônica funciona
como um elemento de perturbação da objetividade, ampliando as possibilidades de
leitura do jornal. Se os fatos e o tempo são a matéria-prima da notícia, é
também com fatos e com atualidade que a crônica joga. Só que ela os explora
para ultrapassá-los.
Na maioria das vezes, a crônica é desenvolvida com o tom de
uma conversa leve e acessível. O texto costuma ser curto e de linguagem
acessível, tornando-o mais próximo dos leitores de todas as faixas etárias. Os
leitores, quando se identificam com as opiniões manifestadas pelo autor,
terminam por considerá-lo como uma espécie de “amigo” mais culto, que elegem
como porta-voz de suas ideias.
Com a chegada do novo modelo de jornalismo, muitos dos
profissionais de imprensa que estavam acostumados aos antigos padrões optaram
por se fixar na crônica, espaço onde podiam exercer à vontade o papel de
polemistas, lançando mão de recursos como a sátira, a ironia, a exposição dos
sentimentos e a reflexão sobre temas presentes no cotidiano. O intercruzamento
de temas e gêneros distintos também é um aspecto que pode ser observado com
recorrência.
Entre os maiores cronistas da história do jornalismo
brasileiro, destacam-se Machado de Assis, Lima Barreto, João do Rio, Cecília
Meireles, Rubem Braga, Nelson Rodrigues, Paulo Mendes Campos, Clarice Lispector,
Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes, entre outros.
Exemplo:
Josefino – O Primeiro Imperador da Terra de Cego - Juliano Martins.
Em Terra de
Cego quem tem um olho é o Josefino, filho do seu Aderbal, que mora lá no final
da Vila Real
Desde criança, Josefino era a pessoa mais famosa e
requisitada na Terra de Cego. Sendo o único habitante que tinha um olho, não
havia uma só alma viva que não o procurasse em um momento ou outro da vida.
Em Terra de Cego, as festas eram rotina. Nestas ocasiões, as
pessoas se produziam. Vestiam suas melhores roupas, caprichavam no penteado e
maquiagem. Depois, corriam até o Josefino para perguntar o que ele achava. Isso
para não falar nas inúmeras vezes em que o pequenino Josefino foi arrastado até
as lojas e determinava se as roupas “caíam” bem nos clientes. Se ele dizia não,
o vendedor tratava de tatear e trazer outra opção. O cliente só comprava as roupas
quando Josefino dava seu ok.
Com o tempo, inteligência mais aguçada ao fincar os pés na
adolescência, Josefino percebeu que podia tirar algum lucro com a habilidade.
Começou a cobrar pela consultoria. Não dava uma única opinião se não lhe
pagassem: seja em espécie ou favores. Acompanhava as pessoas em suas compras,
sugeria decoração, opinava na construção de casas, armazéns e palácios. E foi
assim que sua riqueza começou a crescer vertiginosamente, dia após dia, ano
após ano.
Com a demanda sempre crescente, passou a cobrar
exorbitâncias. Somente os homens e as mulheres mais ricos podiam lhe pagar. Em
certo momento, os nobres passaram a lhe trazer pretendentes apaixonados para
ver se eram belos o suficiente para lhes permitir casar com suas filhas. Se Josefino
não elogiava a beleza do pretendente, lá se ia um rapaz aos prantos, desiludido
e solitário.
Com a riqueza e poder extraordinários, Josefino construiu um
castelo. Montou uma gigantesca guarda com mais de mil guerreiros. Passou a
erigir monumentos em sua homenagem. E, finalmente, aos 25 anos, proclamou-se rei
da Terra de Cego. A partir daí, passou a ser conhecido como Imperador Josefino
I.
Certo dia, um viajante com dois olhos chegou a cidade. Ele
tinha sido atraído pelas notícias de Josefino, de como tinha construído um
império com apenas um olho. Se um olho fora capaz de tornar um homem imperador,
dois olhos (deve ter suposto o viajante) tornariam-no em um deus.
No dia que o viajante chegou à cidade, e proclamou ser
possuidor de dois olhos, todos foram ao seu encontro. Uma multidão de dezenas,
centenas de pessoas. Contrário às suas expectativas, foi agarrado, levado à
praça pública e linchado até a morte pelos moradores.
Sua morte foi muito rápida. Provavelmente, nem teve tempo de
aprender a valiosa lição: Em terra de cego quem tem um olho é rei. Mas, quem
tem dois é uma aberração.
Uso da oralidade na escrita e do
coloquialismo na fala das personagens.
A oralidade
e a escrita são duas formas de variação linguística, donde a oralidade é
geralmente marcada pela linguagem coloquial (ou informal), enquanto a escrita,
em grande parte, está associada à linguagem culta (ou formal).
A Fala, a
Leitura e a Escrita.
Quando
falamos com os amigos ou familiares utilizamos a linguagem informal,
constituída por marcas da oralidade, seja abreviações, erros de concordância,
gírias, expressão menos prestigiadas, prosódias.
Importante
notar que historicamente, a fala precede a escrita, ou seja, a escrita foi
criada a partir da comunicação entre os homens bem como da necessidade de
registro.
Claro que a
linguagem informal não pode ser considerada errada uma vez que os falantes da
língua utilizam a informalidade de acordo com determinados contextos.
No entanto,
quando estamos conversando com superiores no trabalho, por exemplo, essas
marcas são deixadas de lado, para dar lugar a uma linguagem mais cuidada, ou
seja, aquela em que não notamos as marcas da oralidade, e que intuitivamente
utilizamos em determinados contextos de produção que exigem formalidades.
Crônica- A idade das
palavras
Walcyr Carrasco
Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que, em geral, a gíria é velha! Verbos, adjetivos e substantivos possuem maior permanência. Gíria é volátil. Terrível ver uma senhora madura e plastificada dizendo:
– Eu sou prafrentex!
O termo foi usado lá pela década de 60 para dizer que alguém aceitava comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então. É passado. Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve época em que era "pão", lá pelos anos 80 virou "lasanha". Agora se usa gato, se não estou atrasado. Volta e meia noto uma cinqüentona exclamar à passagem de algum atleta:
– Ai, que pão!
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa. Fica difícil mudar o modo de falar. Às vezes ainda ouço um "é uma brasa, mora", usado por Roberto Carlos nos tempos do programa Jovem Guarda, início dos 60. Lembro do sucesso de "boko moko", criado por uma marca de refrigerante para identificar quem era cafona e não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer "out", como na década de 90?
As palavras expressam sua época. Certa vez estava escrevendo uma novela passada nos anos 20 e coloquei a expressão "vou tirar você do meu caderninho". Meu pesquisador me orientou:
– Naquele tempo poucas pessoas tinham telefone em casa. Não se falava assim.
O tal "caderninho" correspondia à agenda telefônica. Só passou a ser comum quando o aparelho se tornou mais popular.
Para escrever outra novela de época, passada no século XVIII, eu recorria ao raciocínio puro e simples para definir o modo de falar. Descobri que "comer à tripa forra" tinha a ver com o período da escravidão. O negro liberto era "forro". Deduzi que significava comer à vontade.
Outro dia, vendo uma reportagem de televisão, observei uma família simples com o telefone de teclas. Todo mundo tem. Até algum tempo atrás se discava o telefone. Hoje se tecla um número.
Reconheço. Tenho saudade de certos termos. Lembro de meu irmão mais velho dizendo "que carro jóia!". E "olha o broto!". Ou dos amigos nos anos 70, quando fiz faculdade. Freqüente era ouvir "tou numas com ela", equivalente, guardadas algumas proporções, ao "ficar" de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um "mingau dançante"? Vão para a balada, para a "night". Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria. Alguns a consideram um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Esquecem-se de que, no seu tempo, também a usavam. Não é fácil acompanhar sua evolução. Outro dia ouvi:
– Eu deletei aquele sujeito da minha vida.
É a versão mais atual para "tirei do meu caderninho". No computador, deletar é eliminar. Apagar. Também se fala tranquilamente:
– Eu estava casado, mas não estou mais.
Não tem nada a ver com casamento formal, necessariamente. Significa que o rapaz em questão viveu um relacionamento forte. Possivelmente, nem moravam sob o mesmo teto.
Eu me confundo: não sei se ainda se fala "hype" para indicar algo que no passado foi "in". Ou que alguém é "fashion", para dizer que está "nos trinques" como nos anos 80. Falar com um jeito antigo é pior do que botar calça boca-de-sino, ícone dos anos 60.
Não há corte de cabelo, Botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do que um festival de rugas!
Walcyr Carrasco
Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que, em geral, a gíria é velha! Verbos, adjetivos e substantivos possuem maior permanência. Gíria é volátil. Terrível ver uma senhora madura e plastificada dizendo:
– Eu sou prafrentex!
O termo foi usado lá pela década de 60 para dizer que alguém aceitava comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então. É passado. Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve época em que era "pão", lá pelos anos 80 virou "lasanha". Agora se usa gato, se não estou atrasado. Volta e meia noto uma cinqüentona exclamar à passagem de algum atleta:
– Ai, que pão!
Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa. Fica difícil mudar o modo de falar. Às vezes ainda ouço um "é uma brasa, mora", usado por Roberto Carlos nos tempos do programa Jovem Guarda, início dos 60. Lembro do sucesso de "boko moko", criado por uma marca de refrigerante para identificar quem era cafona e não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer "out", como na década de 90?
As palavras expressam sua época. Certa vez estava escrevendo uma novela passada nos anos 20 e coloquei a expressão "vou tirar você do meu caderninho". Meu pesquisador me orientou:
– Naquele tempo poucas pessoas tinham telefone em casa. Não se falava assim.
O tal "caderninho" correspondia à agenda telefônica. Só passou a ser comum quando o aparelho se tornou mais popular.
Para escrever outra novela de época, passada no século XVIII, eu recorria ao raciocínio puro e simples para definir o modo de falar. Descobri que "comer à tripa forra" tinha a ver com o período da escravidão. O negro liberto era "forro". Deduzi que significava comer à vontade.
Outro dia, vendo uma reportagem de televisão, observei uma família simples com o telefone de teclas. Todo mundo tem. Até algum tempo atrás se discava o telefone. Hoje se tecla um número.
Reconheço. Tenho saudade de certos termos. Lembro de meu irmão mais velho dizendo "que carro jóia!". E "olha o broto!". Ou dos amigos nos anos 70, quando fiz faculdade. Freqüente era ouvir "tou numas com ela", equivalente, guardadas algumas proporções, ao "ficar" de hoje em dia.
Que adolescente aceitaria hoje ir a um "mingau dançante"? Vão para a balada, para a "night". Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!
Muita gente odeia gíria. Alguns a consideram um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Esquecem-se de que, no seu tempo, também a usavam. Não é fácil acompanhar sua evolução. Outro dia ouvi:
– Eu deletei aquele sujeito da minha vida.
É a versão mais atual para "tirei do meu caderninho". No computador, deletar é eliminar. Apagar. Também se fala tranquilamente:
– Eu estava casado, mas não estou mais.
Não tem nada a ver com casamento formal, necessariamente. Significa que o rapaz em questão viveu um relacionamento forte. Possivelmente, nem moravam sob o mesmo teto.
Eu me confundo: não sei se ainda se fala "hype" para indicar algo que no passado foi "in". Ou que alguém é "fashion", para dizer que está "nos trinques" como nos anos 80. Falar com um jeito antigo é pior do que botar calça boca-de-sino, ícone dos anos 60.
Não há corte de cabelo, Botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do que um festival de rugas!
Crônica com sentido carta
Desistindo de Natal
Moacyr Scliar
Segundo pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo, 32% dos consumidores não pretendem fazer compras neste Natal. Folha Dinheiro, 9 de dezembro de 2005
"Prezado Papai Noel: há uma semana eu lhe mandei uma carta com a lista dos meus pedidos para o Natal. Agora estou mandando esta outra carta para dizer que mudei de ideia. Não vou querer nada. Ontem o papai nos avisou que não tem dinheiro para as compras do fim de ano. Papai está desempregado há mais de um ano. A gente mora numa cidade pequena do interior, muito pobre. No Natal passado, o prefeito anunciou que tinha um presente para a população: uma grande fábrica viria se instalar aqui, dando emprego para muitas pessoas. Meu pai ficou animado. Ele é um homem trabalhador, sabe fazer muitas coisas e achou que com isso o nosso problema estaria resolvido. Agora, porém, o prefeito teve de dizer que a fábrica não vem mais. Não entendo dessas coisas, mas parece que a situação está difícil.
Portanto, Papai Noel, peço-lhe desculpas se o senhor já encomendou as coisas, mas infelizmente vou ter de desistir. Para começar, não quero aquela bonita árvore de Natal de que lhe falei -até mandei um desenho, lembra? Nada de pinheirinho, nada de luzinhas, nada de bolinhas coloridas. A verdade, Papai Noel, é que essas coisas só gastam espaço e, como disse a mamãe, gastam muita luz.
E nada de ceia de Natal, Papai Noel. Nada de peru. Como eu lhe disse, nunca comi peru na minha vida, mas acho que não vai me fazer falta. Se tivesse peru, eu comeria tanto que decerto passaria mal. Portanto, nada de peru. Aliás, se a gente tiver comida na mesa, já será uma grande coisa.
Nada de presentes, Papai Noel. Não quero mais aquela bicicleta com a qual sonho há tanto tempo. Bicicletas custam caro. E além disso é uma coisa perigosa. O cara pode cair, pode ser atropelado por um carro... Nada de bicicleta.
Nada de DVD, Papai Noel. Afinal, a gente já tem uma TV (verdade que de momento ela está estragada e não temos dinheiro para mandar consertar), mas DVD não é coisa tão urgente assim.
Também quero desistir da roupa nova que lhe pedi e dos sapatos. A minha roupa velha ainda está muito boa, e a mamãe vai fazer os remendos nos rasgões. E sapato sempre pode dar problema: às vezes ficam apertados, às vezes caem do pé... Prefiro continuar com meus tênis e o meu chinelo de dedo.
Ou seja: nada de Natal, Papai Noel. Para mim, nada de Natal. Agora, se o senhor for mesmo bonzinho e quiser nos dar algum presente, arranje um emprego para o meu pai. Ele ficará muito grato e nós também. Desejo ao senhor um Feliz Natal e um próspero Ano Novo."
À medida que o tempo foi se esvaindo, a crônica foi se redimensionando a partir de suas distintas finalidades. Passando a ser cultivada em solo brasileiro a partir da segunda metade do século XIX, caracterizada como uma espécie de artigo no qual se discutia sobre assuntos políticos, sociais, artísticos, bem como retratava aspectos inerentes à vida de personagens importantes da sociedade carioca.
Situando-a no contexto vigente, percebemos uma nítida mudança quanto ao foco, haja vista que a crônica hoje oscila entre o jornalismo e a literatura. Tal qual o jornalista que mediante a observação dos fatos ligados ao cotidiano social revela-os de forma verídica e objetiva, o cronista, sob uma perspectiva individual e subjetiva - daí o perfil literário, analisa os fatos de forma singular, dando-lhes uma nova “roupagem”.
Assim sendo, podemos constatar que se atenua uma divergência entre tal dualidade, ou seja, enquanto que o repórter narra os acontecimentos de forma imparcial, o cronista se apoia nestes, no intento de expor ao leitor sua maneira pessoal de como compreendê-los, na qual emoção e subjetividade se fundem a todo o momento.
Mediante a referida intenção, ao desenvolver seu estilo próprio, o autor seleciona criteriosamente as palavras utilizadas em seu texto, materializadas por meio de uma linguagem simples e espontânea com vistas a promover uma efetiva interação entre os interlocutores.
Tornando práticos os nossos conhecimentos adquiridos sobre o gênero ora em discussão, analisemos, pois, uma crônica intitulada – O padeiro, de Rubem Braga:
Crônica - O padeiro
Carlos Drummond de Andrade
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
- Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
"Então você não é ninguém?"
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; "não é ninguém, é o padeiro!"
E assobiava pelas escadas.
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento - mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o que do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
- Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
"Então você não é ninguém?"
Ele abriu um sorriso largo. Explicou que aprendera aquilo de ouvido. Muitas vezes lhe acontecera bater a campainha de uma casa e ser atendido por uma empregada ou outra pessoa qualquer, e ouvir uma voz que vinha lá de dentro perguntando quem era; e ouvir a pessoa que o atendera dizer para dentro: "não é ninguém, não senhora, é o padeiro". Assim ficara sabendo que não era ninguém...
Ele me contou isso sem mágoa nenhuma, e se despediu ainda sorrindo. Eu não quis detê-lo para explicar que estava falando com um colega, ainda que menos importante. Naquele tempo eu também, como os padeiros, fazia o trabalho noturno. Era pela madrugada que deixava a redação de jornal, quase sempre depois de uma passagem pela oficina - e muitas vezes saía já levando na mão um dos primeiros exemplares rodados, o jornal ainda quentinho da máquina, como pão saído do forno.
Ah, eu era rapaz, eu era rapaz naquele tempo! E às vezes me julgava importante porque no jornal que levava para casa, além de reportagens ou notas que eu escrevera sem assinar, ia uma crônica ou artigo com o meu nome. O jornal e o pão estariam bem cedinho na porta de cada lar; e dentro do meu coração eu recebi a lição de humildade daquele homem entre todos útil e entre todos alegre; "não é ninguém, é o padeiro!"
E assobiava pelas escadas.
Pesquisa e organização da postagem:
Profª Lourdes Duarte
e Elza Interaminense.
Profª Lourdes Duarte
e Elza Interaminense.
Fontes:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/cronica-narrativa.htm
http://humordeadolescetekkk.blogspot.com.br
http://corrosiva.com.br/cronicas/josefino-primeiro-imperador-terra-cego/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=55308
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm
http://portugues.uol.com.br/literatura/a-cronica-.html
http://vejasp.abril.com.br/revista/...
https://taisluso.blogspot.com.br/2010/05/os-moradores-de-rua.html
Olá, queridas amigas, agora é só para dar um oi a vocês e dizer que sintam-se à vontade, a postagem sobre os tipos de crônicas está belíssima, os alunos vão adorar, entender as diferenças, está muito didático! Essa minha crônica "Os moradores de rua", lá em cima, digo a vocês que é uma das que mais gosto e uma das mais lidas do meu blog. Escrevi mais com o coração, com sentimento, mas a verdade está lá.
ResponderExcluirGrande beijo pra vocês, é um prazer fazer parte desse blog, feito com tanto carinho e zelo.
Querida Taís, foi um prazer ter aqui na nossa postagem uma crônica da sua autoria e por sinal muito bem escrita. Nós é que agradecemos. Abraços, seja sempre bem vinda!
ExcluirExcelente post e textos,querida amiga Elza!Uma aula!Textos de autores que amo!
ResponderExcluirParabéns!
Seu blog está na minha lista de blogs a visitar com seu nome e recebi sua atualização.
Não sei se o meu está em alguma lista sua,mas tem publicações novas lá.
Beijos sabor carinho e linda noite de quinta_feira
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Querida Donetzka, sempre é um prazer ter sua visita aqui no nosso cantinho. Obrigada, volte sempre. bjus
ExcluirElza!
ResponderExcluirCada vez que venho aqui, aprendo algo novo.
Importante o trabalho que faz em nos esclarecer a respeito da nossa língua.
Agradeço a visita feita ao blog.
Desejo um mês repleto de realizações e um final de semana de alegrias.
“A sabedoria é um adorno na prosperidade e um refúgio na adversidade.” (Aristóteles)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Que bom amiga! Como é bom aprendermos mais e mais! Seja sempre bem vinda. Abraços
ExcluirOlá Elza, confesso que é um presente vir aqui e conhecer melhor seu trabalho, muito bom, os estudantes de hoje precisam muito de tais informações , pois alguns serão os literatos de amanhã, e saber distinguir uma coisa de outra coisa e´muito importante. Vc está de parabéns por esse trabalho maravilhoso.
ResponderExcluirSaudações amiga.
Olá Dina, ficamos felizes com sua visita e sua aprovação nas postagens. Seja sempre bem vinda, abraços
ExcluirBravos eu amei esta postagem, sabe eu não entendo nada de literatura, escrevo o que vem na alma e como vem, por isto digo que não sou escritora, mas aqui encontrei crônicas incríveis e a que eu gostei mais foi nada mais nada menos daquela que sou fã incondicional, Thais Luso, ela é maravilhosa e esta cronica moradores de rua está perfeita, mais que perfeita, parabéns a ela e a vocês que souberam escolher a dedo as melhores, bjos Luconi
ResponderExcluirLuconi , amiga e colaboradora desse espaço. Seja sempre bem vinda, obrigada, bjus
ExcluirMuito obrigado amada linda pelo seu carinho e sua visita! te amo viu! amo vir aqui! parabéns amada se eu pudesse estaria aqui mais vezes! é maravilhoso estar aqui! parabéns pelo trabalho! beijinhosssssssssssss
ResponderExcluirQuerida Rubia, grata pela visita, volte sempre,abraços
ExcluirAmigas Elza e Lourdes, fizeram mais um magnífico trabalho.
ResponderExcluirBom fim de semana, queridas amigas.
Beijo.
PS: as minhas visitas acontecem uma vez por semana, independentemente se os blogues respectivos publicaram ou não. Em qualquer caso eu sei quando as pessoas publicam e tenho os links de todos os que me visitam/comentam. Por isso, Elzinha, não se preocupe, pois eu volto sempre...
Olá amigo! Obrigada pela visita, seja sempre bem vindo. Abraços
ExcluirOi Elza,
ResponderExcluirPostagem excelente com explicações
e belos exemplos de crônicas.
Gosto muito desse gênero literário,
pois prefiro textos curtos.
Essa do Drummond 'O padeiro'
conheço desde criança e é uma das minhas favoritas!
Bjs ;)