Ninguém é perfeito e ninguém nasce sabendo tudo. O preço da aproximação com a perfeição é a prática constante. Acredite em si. Engate a mente na sua boa estrela e reconheça que a sua luz interior o conduzirá sempre para cima e para frente. Estude mais, aprenda mais!
Profª Lourdes Duarte.
Regência de alguns verbos e seus
significados
LETRA C
CASAR
Significa desposar, unir-se, ligar-se,
harmonizar-se.
Eu vou me casar.
Casarei amanhã. (quando casarei, amanhã,
advérbio de tempo)
Ele casou bem comigo. (no sentindo de
harmonizar-se)
Os dois se dão bem, seus gênios casam. (no
sentido de harmonizar-se)
CHAMAR
Quando significar convocar, o verbo chamar
será transitivo direto, pedindo um objeto direto.
Chamei todos os alunos. (chamei quem? objeto
direto)
Ninguém o chamou aqui. (chamou quem? objeto
direto)
Aos berros, a recepcionista chamou a atenção
de todos para si. (chamou o que? a
atenção, a recepcionista está querendo ser notada e não repreendendo alguém,
portanto é um objeto direto)
ATENÇÃO: O objeto direto pode ser precedido da
preposição “por” apenas para dar realce, podendo se retirar a preposição “por”
que a frase continuará com o mesmo sentido. Alguns lugares erroneamente
consideram que este é um caso de objeto indireto, no entanto a “Novíssima
Gramática” de Domingos Paschoal Cegalla, nos tira qualquer dúvida sobre o
assunto, pondo um ponto final a qualquer dúvida.
Chamei você.
Chamei por você. (dá ênfase ao chamado, realce)
Chamou um médico. Chamou por um médico. (dá
ênfase ao chamado, realce)
Quando significa, repreender, o verbo chamar
pode ser transitivo direto e indireto, e vem precedido da preposição “a”.
O professor chamou o aluno à
responsabilidade, pois nem mais fazia a lição. (neste caso o professor
repreende o aluno, chamou quem? o aluno, a que? à responsabilidade, sentido de
repreender)
A médica chamou o paciente aos brios, pois o
encontrou bebendo. (a médica chama quem? o paciente, a que? aos brios, sentido
de repreender)
Quando o verbo chamar, significar dar
qualidade poderá ser transitivo direto ou transitivo indireto, neste caso
apresenta um predicativo do objeto podendo ou não vir precedido da preposição
de.
Chamaram-no charlatão. (chamaram quem? no
(ele) objeto direto mais predicativo do objeto direto charlatão, está correta)
OU
Chamaram-no de charlatão. (frase igual com a
diferença que o predicativo do objeto vem acompanhado da preposição “de”, como
a de cima está também correta)
OU
Chamaram-lhe charlatão. (Nesta foi usada a
preposição a para o objeto que é indireto, pois chamaram a quem? lhe (a ele) e
o predicativo do objeto indireto está sem preposição, também é correto)
OU
Chamaram-lhe de charlatão. (frase que como a
de cima usa o objeto indireto, mas utiliza a preposição de antes do predicativo
do objeto, também está correta)
CHEGAR
Este verbo pode ser intransitivo não
precisando de complemento, obj. direto ou indireto, tendo como complemento
apenas um adjunto adverbial, este complemento alguns gramáticos chamam de
“complemento circunstancial” uma vez que tais
adjuntos integram o sentido do verbo, indicando a eles uma circunstância
(geralmente de lugar).
Maria chegou. (verbo intransitivo, já
exprimiu a ação de chegar, quem fala já falou tudo)
Maria chegou cedo. (chegou quando? cedo -
adj. adverbial de tempo)
Maria chegou adoentada. (Neste caso o
predicado é verbo-nominal, porque o verbo é intransitivo, existe a ação de
chegar e ao mesmo tempo dá uma qualidade ou um estado ao sujeito)
AGORA PRESTE ATENÇÃO:
NA LINGUAGEM POPULAR, é uso freqüente
construções com a preposição “em, em + a =na, ou em+o=no”, mas na LINGUAGEM
CULTA não são aceitas tais construções, sendo obrigatório as construções serem
feitas com a preposição “a, a prep.+a artigo=à ou a prep.+ o artigo=ao”
Cheguei na escola. (ling. popular errado)
Cheguei à escola. (ling. culta correto.
Chegamos no cinema. (ling. popular errado)
Chegamos ao cinema. (ling. culta correto)
À escola e ao cinema são adjuntos adverbiais
de lugar.
COGITAR
Quando significa refletir a cerca de,
imaginar é um verbo transitivo direto.
Eu nunca cogitei a possibilidade desta
viagem.
(cogitei o que? objeto direto, refletir a
cerca da possibilidade)
Comecei a cogitar uma viagem pela Europa.
(cogitar o que, uma viagem, objeto direto, comecei a imaginar ou refletir a
cerca de uma viagem)
Significando pensar e refletir, poderá ser
Intransitivo ou Transitivo Indireto.
Eu cogitei em você para assumir o cargo. (cogitei
em quem, você, objeto indireto, significando pensei em você).
Eles cogitavam muito e nada faziam.
(intransitivo, cogitavam muito, significando
pensavam ou refletiam, não pede complemento,
muito é adj. adverbial de intensidade)
COMPARECER
Significa apresentar-se em lugar
determinado, é um verbo Intransitivo.
João compareceu na audiência. (na audiência
é adj. adverbial de lugar)
OU
João compareceu à audiência. (à audiência,
adj. adverbial de lugar)
COMUNICAR
Significa transmitir informação, dar
conhecimento de, fazer saber, participar.
Comunicar é um verbo transitivo direto e
transitivo indireto, comunicamos algo a alguém.
Comunico minha decisão para todos. (minha
decisão obj. direto, para todos (obj.indireto)
CONTENTAR-SE
Este verbo é utilizado com objeto indireto
ou com uma oração objetiva indireta, regido das preposições com, de ou em.
Contentam-se com tão pouco. (contentam-se
com que, com tão pouco, obj. indireto)
Contentei-me em lhe ver de longe.
(contentei-me em que, em lhe ver de longe, or. obj. ind.)
Contenta-se de lhe escutar apenas uma vez.
(contenda-se de que, de lhe escutar apenas uma vez, or. obj. ind.)
CUSTAR
Quando significar ser difícil, custoso, será
transitivo indireto, com a preposição a, e o sujeito será sempre aquilo que é
difícil, a pessoa será sempre o obj. indireto)
A incompetência de alguns professores custa
a muitos alunos. (a incompetência (é o
sujeito) a muitos alunos (obj. indireto)
A estiagem custa ao fazendeiro. (sujeito a
estiagem, obj. indireto ao fazendeiro)
Quando for usado em período composto, deve
ser usado na terceira pessoa do singular, tendo como sujeito uma oração reduzida
de infinitivo, a qual pode vir precedida de uma preposição “a”ou não, neste
caso o a preposição está na frase apenas para dar mais força, é uma preposição
expletiva, podemos tirá-la que não fará diferença.
Custa-me dizer o sacrifício que fiz. (dizer
or. reduz.de infinitivo subjetiva ( sujeito), custa a quem, me (a mim) obj.
indireto)
Custa a crer nisto. (sujeito crer, a
preposição a pode ou não ser usada)
ATENÇÃO
ERRADO: Eu custo a crer.
CORRETO: Custa-me a crer.
ERRADO: Tu custas a crer.
CORRETO: Custa-te a crer.
ERRADO: Nós custamos a crer.
CORRETO: Custa-nos a crer.
Só se usa o verbo custar na terceira pessoa
do singular, tendo como sujeito uma oração red. do infinitivo.A preposição “a”
pode ou não ser usada.
Quando o verbo custar significar causar
transtorno, dar trabalho, ele será transitivo direto e transitivo indireto.
Sua desonestidade causou problemas para todo
o grupo. (sua desonestidade, sujeito, problemas obj. direto, para todo o grupo
obj. indireto)
Quando o verbo custar for utilizado no
sentido de dar preço, será verbo intransitivo.
Aquela televisão custa R$ 1.900,00.
PARA REFLEXÃO
Plante amor e paz e a vida lhe trará
colheita de paz e amor.
CHICO XAVIER
Fique em paz.
Colaboração, pesquisa e organização: Escritora e Poetisa, Luconi Márcia Maria, a quem agradecemos muito. A amiga Luconi tem cinco blogs, O link do blog TEXTOS, CONTEXTOS E REFLEXÕES é:
http://textoscontextosereflexoes.blogspot.com.br/ Vale a pena conhecer seus blogs.
Nenhum comentário:
Postar um comentário