O que é a memória semântica
A memória semântica é parte do que é chamado de memória
declarativa. A memória declarativa:
- É composta de memória episódica e memória semântica
- É construída e usada por crianças quando encontram novas ideias
- Está associada com fatos
- Pode ser recuperada
- Também chamada de memória explícita
É o
oposto da memória implícita que também é chamada memória de procedimento. A
memória implícita:
- Está relacionada com a capacidade inconsciente para obter informações sobre como executar uma tarefa.
Depois de
muita pesquisa em pacientes amnésicos, os investigadores acreditam que estes
dois tipos de memória estão localizados em diferentes áreas do cérebro e em
grande parte agem de forma independente.
Então,
agora você pode ver mais sobre como funciona a memória semântica por
entender alguns exemplos deste tipo de memória.
Alguns exemplos de memória semântica
- O significado das letras
- O conceito de o que é um gato
- Os sons que as letras fazem
- A ideia de o que um carro é
- Conhecimento que Belo Horizonte é a capital de Minas Gerais
- Definições de palavras
- As datas de quando a Segunda Guerra Mundial começou e terminou
- Saber o que um dinossauro é
- Conhecimento do pra que um telefone é usado
- Reconhecer nomes de cores
- Saber onde a Mongólia está localizada em um mapa (sabe essa?)
- Lembrar o que é um computador (essa você sabe)
- O conhecimento de que os peixes nadam em água
- Conhecimento de que corujas são noturnas
- Conhecimento do que constitui uma cadeira
- Lembrar-se que alimentos são populares no Camboja
- Conhecimento do que um livro é
- Lembrança de costumes sobre casamentos na Síria
- Conhecer a diferença entre uma vaca e uma ave
- Recordar o ciclo da água
- Saber as vestimentas típicas das pessoas no Egito antigo
- Saber que DC é melhor que Marvel (essa não tem discussão)
Semântica é o estudo do significado, isto é a ciência das
significações, com os problemas suscitados sobre o significado: Tudo tem
significado?
Significado é imagem acústica, ou imagem visual?.
O homem sempre se preocupou com a origem das línguas e com a
relação entre as palavras e as coisas que elas significam, se há uma ligação
natural entre os nomes e as coisas nomeadas ou se essa associação é mero
resultado de convenção. Nesse estudo consideram-se também as mudanças de
sentido, a escolha de novas expressões, o nascimento e morte das locuções.
A
semântica como estudo das alterações de significado prende-se a Michel Bréal e
a Gaston Paris. Um tratamento sincrônico descritivo dos fatos da linguagem e da
visão da língua como estrutura e as novas teorias do símbolo datam do sec. XX.
As significações linguísticas consideram a significação
interna ou gramatical referente aos morfemas e a semântica externa ou
gramatical, isto é, objetiva, referente aos semantemas. Pode ser diacrônica ou
descritiva (como as línguas interpretam o mundo). A significação interna se
distribui pelas categorias gramaticais para maior economia e eficiência da
linguagem. A estrutura sintagmática é também relevante para o significado, donde
poder-se falar em significado gramatical; dependendo da regência, da colocação
e, até, de fatores como pausa, entonação que, na linguagem escrita são
assinaladas, tanto quanto possível, pela pontuação. O significado da sentença
não é portanto a soma do significado dos seus elementos lexicais, muito embora
a relevância do significado destes.
Os elementos lexicais que fazem parte do acervo do falante
de uma língua podem ser:
Simples – cavalo
Composta – cavalo-marinho
Complexa – a olhos vistos, briga de foice no escuro (são sintagmáticos)
Textuais – orações, pragas, hinos (são pragmáticos, não entram nos dicionários de língua, a não ser por comodidade).
Composta – cavalo-marinho
Complexa – a olhos vistos, briga de foice no escuro (são sintagmáticos)
Textuais – orações, pragas, hinos (são pragmáticos, não entram nos dicionários de língua, a não ser por comodidade).
O conceito de gato não está contido em “à
noite todos os gatos são pardos “
Nas alterações sofridas nas relações entre as palavras estão
as chamadas figuras de retórica clássica:
1) Metáfora – comparação abreviada
2) Metonímia – transferência do nome de um objeto a outro,
com o qual guarda alguma relação de:
autor pela obra – Ler Machado de Assis
agente pelo objeto – Comprar um Portinari
causa pelo efeito – Viver do seu trabalho
continente pelo conteúdo – Comeu dois pratos
local pelo produto – Fumar um havana.
3) Sinédoque ( para alguns é caso de metonímia )
parte pelo todo – Completar 15 primaveras
singular pelo plural – O português chegou à América em 1500.
4) Catacrese – extensão do sentido de uma palavra, por
extensão, a objetos ou ações que não possuem denominação própria – embarcar no
ônibus; o pé da mesa.
No levantamento da tipologia das relações entre as palavras
assinalam-se ainda os fenômenos da sinonímia, antonímia, homonímia, polissemia
e hiponímia. Os sinônimos se dizem completos, quando são intercambiáveis no
contexto em questão. São perfeitos quando intercambiáveis em todos os contextos,
o que é muito raro, a não ser em termos técnicos.
Por exemplo, em: casamento, matrimônio, enlace, bodas,
consórcio, há um fundo comum, um “núcleo”; os empregos são diferentes, porém
próximos. Nem todas as palavras aceitam sinônimos ou antônimos. escolha entre
séries sinonímicas é, às vezes, regional. (Exemplo: pandorga, papagaio, pipa).
Quanto à homonímia, pode ocorrer coincidência fônica e/ou gráfica. A
coincidência de grafemas e fonemas pode decorrer de convergência de formas (Exemplo:
são). Ou de existência coincidente do mesmo vocábulo em línguas diferentes (Exemplo:
manga). Cumpre distinguir homonímia de polissemia, o que nem sempre é fácil.
A distinção pode ser:
Descritiva considerando ser a palavra um feixe de semas,
se entre duas palavras com a mesma forma, houver um sema comum, diz-se ser um
caso de polissemia (Exemplo: coroa adorno
para a cabeça ou trabalho dentário). Em caso contrário, será homonímia (Exemplo:
pena sofrimento ou revestimento do corpo das
aves).
Diacrônica se as
palavras provém do mesmo léxico, diz-se ocorrer um caso de polissemia;(Exemplo:
cabo acidente geográfico e fim de alguma
coisa) No contrário, ocorrerá um caso de convergência de formas (Exemplo: canto
verbo cantar e ângulo).
As relações hiponímicas provém do fato de um termo ser mais
abrangente que outro: (Exemplo: flor > rosa, orquídea etc )
Um grande número de palavras aceita polissemia. Escapam os
termos técnicos, palavras muito raras e palavras muito longas.
O deslizar de sentido ocorre por muitas causas:
Interpretações analógicas (Exemplo:
mamão).
Transferência do adjetivo ao substantivo (Exemplo: pêssego, burro).
Adaptação de palavras estrangeiras (Exemplo:
forró).
Na evolução semântica, as palavras ganham conotação
pejorativa (tratante ), ou valorativa (ministro); ampliam o significado
(trabalho),ou restringem (anjo).
As siglas são outra fonte do léxico, dando até palavras
derivadas (CLT ( celetista).
Há que considerar os eufemismos e os tabus linguísticos (mal
dos peitos, doença ruim, malino > maligno etc ).
Fontes de renovação do léxico em suas acepções, são as
gírias (falares grupais ) aí incluídos os jargões profissionais. (chutar, no
sentido de mentir; o doente fez uma hipoglicemia).
O signo linguístico quebra a convencionalidade no caso da
derivação (que se prende à semântica gramatical) e no caso das onomatopéias
(sibilar). Há estudiosos defendendo a idéia de que, originalmente seria tudo
onomatopéia.
Enfim, o sentido das palavras não é transcendental nem produzido
pelo contexto; é a resultante de contextos já produzidos. A relação entre
significante e significado é flutuante, está sempre em aberto. Disso resultam
os problemas lexicográficos. Mesmo aqui, usamos termos como palavra, vocábulo e
outros sobre cujas acepções divergem os estudiosos, muito embora o seu fundo
comum, do qual temos, inclusive os leigos, um conhecimento intuitivo.
Semântica – Estudo Linguístico
Em sentido largo, pode-se entender semântica como um ramo
dos estudos linguísticos que se ocupa dos significados produzidos pelas
diversas formas de uma língua. Dentro dessa definição ampla, pertence ao
domínio da semântica tanto a preocupação com determinar o significado dos
elementos constituintes das palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das palavras
no seu todo e ainda o de frases inteiras.
Diz-se, por exemplo, que o verbo haver é sinônimo de existir
numa frase como Há flores sem perfume. Isso quer dizer que seus significados se equivalem.
Pode-se também dizer que uma frase passiva como A praça foi ocupada pelos peregrinos. é
semanticamente equivalente à sua correspondente na voz ativa Peregrinos ocuparam a praça.
Dentre os conceitos de semântica indispensáveis para
qualquer vestibular, relacionam-se os seguintes:
Sinônimos: formas linguísticas que apresentam o mesmo
significado (coragem/destemor; rápido/ligeiro/lépido).
Antônimos: formas linguísticas de significado oposto
(progredir x regredir; bom x mau).
Polissemia: propriedade que a mesma palavra tem de assumir
significados diferentes.
Luísa bate a porta. (fechar)
Antônio bate o carro no poste. (trombar)
O sino bate três vezes. (soar)
O coração bate rápido. (pulsar)
Antônio bate o carro no poste. (trombar)
O sino bate três vezes. (soar)
O coração bate rápido. (pulsar)
Obs.: o significado específico assumido pela palavra dentro
do contexto linguístico em que ela aparece é denominado significação contextual.
Ambiguidade: possibilidade de interpretar de maneiras
diferentes a mesma palavra ou frase.
Ministro falará da crise no Canal 17.
Nessa frase, usada em questão do vestibular da FGV/SP, não é
possível saber se a expressão no Canal 17 se refere a falará (falará no Canal 17, sobre uma crise que a frase não especifica) ou a crise (crise
no Canal 17, sobre a qual o ministro falará
num lugar não mencionado pela frase).
Para resolver a ambiguidade, optando pela primeira
interpretação, basta mudar a ordem dos termos na frase:
No Canal 17, ministro falará da crise.
Optando pela segunda interpretação, a melhor solução é
deixar clara a relação entre os termos, lançando mão de outro recurso diferente
da mudança de posição das palavras, como, por exemplo:
Ministro falará da crise que atinge o Canal 17.
Denotação: conceito ou significado que uma palavra evoca. Os
dicionários trazem dominantemente o significado denotativo das palavras
(descrevem conceitos associados a elas).
Conotação: conjunto de valores, impressões ou reações
psíquicas que se superpõem a uma palavra. Palavras com praticamente a mesma
denotação possuem conotações nitidamente diversas. É o caso de amante, amásia,
companheira, amigada, concubina. As impressões que cada um desses termos
provoca são francamente diferentes, embora a denotação (o conceito a que o
termo se refere) não varie. É nesse sentido que se diz que não existem
sinônimos perfeitos, pois se o são no nível da denotação, raramente ocorre o
mesmo no nível da conotação.
Sentido literal: significado usual de uma palavra; sentido
próprio. Exemplo: Abelhas produzem mel.
Sentido figurado: significado não usual de uma palavra,
decorrente de associações com outros significados. Exemplo: Iracema, a virgem dos lábios de mel.
Fonte:
www.portalsaofrancisco.com.br/portaldalinguagem.com.br/www.brazilianporugues.com
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