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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Minorias Sociais Excluídas da Sociedade



Minorias Sociais Excluídas da Sociedade


   As minorias sociais são as coletividades que sofrem processos de estigmatização e discriminação, resultando em diversas formas de desigualdade ou exclusão sociais, mesmo quando constituem a maioria numérica de determinada população.
     Exemplos incluem negros, indígenas, imigrantes, mulheres, homossexuais, trabalhadores do sexo, idosos, moradores de vilas (ou favelas), portadores de deficiências, obesos, pessoas com certas doenças, moradores de rua e ex-presidiários. Reconhecendo que as minorias só existem porque são estigmatizados e inferiorizados por outros, esta linha as aborda relacional e processualmente, focalizando os processos de discriminação efetuados por grupos dominantes, as consequências desta discriminação e os processos de resistência individual e coletiva.
    A linha se interessa igualmente em como as várias formas de discriminação se combinam entre si e com a classe social.
Minorias são grupos marginalizados dentro de uma sociedade devido aos aspectos econômicos, sociais, culturais, físicos ou religiosos.
      No século XX, o caso mais conhecido de perseguição a minoria ocorreu na Alemanha na época em que Adolf Hitler assumiu o poder. Neste período, o partido nazista encarcerou e exterminou milhões de judeus com a justificativa de que eles não faziam parte da superioridade biológica e racial ariana. Entre outros grupos, os nazistas perseguiram comunistas e ciganos, o que configura a reação contra minorias de cunho não apenas religioso, mas ideológico e social.

    Porém, o termo não deve ser associado a grupos em menor número em uma sociedade, mas, sim, ao controle de um grupo majoritário sobre os demais, independentemente da quantidade numérica. Ao longo da história, diversos acordos e tratados tiveram o objetivo de resolver a questão dos grupos minoritários. Durante o século XVI, a Paz de Augsburgo reivindicou os direitos das minorias no que se refere à prática livre dos cultos religiosos que não fossem oficiais nos países.

     No período após as duas grandes guerras mundiais, que evidenciaram a extrema violência contra as minorias, estimulada pelo nacionalismo, foram estabelecidos tratados de proteção aos grupos minoritários. Por meio da Liga das Nações, fundada no ano de 1919, poderia haver intervenções caso alguma minoria fosse novamente perseguida.
Com a criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, a questão foi novamente levantada. Porém, não aparece na Declaração dos Direitos do Homem. Outra medida tomada neste aspecto foi a Carta de Paris, de 1990. Neste documento foi apontada a necessidade de proteção à identidade religiosa, linguística, cultural e étnica das minorias. Dois anos depois, houve a criação de uma das entidades mais importantes para a questão das minorias: o Alto Comissariado para as Minorias Nacionais, que apresentou uma Declaração mais direta e urgente sobre a situação destes grupos.

    Estudadas por profissionais de diversas áreas do conhecimento, as novas minorias foram definidas nos séculos XX e XXI. Neste grupo, encontram-se os homossexuais, idosos, imigrantes e pessoas que não possuem domicílio fixo. No caso dos homossexuais, são publicamente apontados por sua diferenciação ainda hoje. Já os imigrantes, em muitos países, são considerados parasitas. Entre os principais direitos clamados por estas minorias estão o tratamento igualitário, autonomia e independência completa.

    O termo “minorias” é usado de forma genérica para fazer referência a grupos sociais específicos que são entendidos como integrantes de uma menor parte da população, sendo diferenciados por suas características étnicas, religiosas, cor de pele, país de origem, situação econômica, entre outros. As minorias estão geralmente associadas a condições sociais mais frágeis.
    Um exemplo claro disso são os indígenas, que permanecem em situações de risco no confronto com grileiros, madeireiros ilegais ou fazendeiros que desmatam florestas ilegalmente.

   A precária representação institucional é o principal problema que afeta os grupos minoritários. O sistema representativo instituído em nosso país favorece os grandes grupos, que se organizam para conseguir dar poder a um representante político que atenda às suas necessidades imediatas. Diante desse sistema, as minorias acabam sendo representadas de forma secundária ou de forma alguma.

    É pertinente, entretanto, ressaltarmos que não são todas as minorias que sofrem com o problema de representatividade. As minorias elitizadas, ou os grupos da elite organizada, como é o caso dos mais ricos, conseguem realizar articulações políticas para obter o que desejam por meio do poder monetário e da influência que possuem.

   Diante de todo esse panorama, é de suma importância salientar que, no âmbito da democracia e do sistema representativo, não é correto pensar que apenas os grupos majoritários devam ter suas vontades e necessidades atendidas. Essa ideia de que a democracia configura-se como uma “tirania da maioria¹” deve ser prontamente corrigida. Uma sociedade, para ser verdadeiramente democrática, deve amparar a todos os cidadãos que fazem parte do meio social. Para tanto, é necessário que ferramentas institucionais sejam criadas para que a representatividade seja garantida aos grupos minoritários, de modo que assim consigam dar voz às suas necessidades.

    Há ainda o problema da desigualdade social que está atrelado à realidade da grande maioria dos grupos minoritários, uma vez que possuem menor representabilidade e encontram-se em situações sociais precarizadas. Além disso, há ainda o grande preconceito por parte do senso comum, que passa a criminalizar os movimentos que surgem em busca de melhorias da qualidade de vida das minorias. 
   Alguns exemplos são o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que lutam pela obtenção de moradia e pela reforma agrária, mas são hostilizados e criminalizados pela grande maioria da população.

  Apesar do esforço governamental, ainda existem sérios problemas referentes ao atendimento das necessidades básicas dos grupos minoritários. Peguemos como exemplo os deficientes físicos, que sofrem com sérios problemas de mobilidade urbana em cidades sem calçadas e rampas ou com estrutura de locomoção precária. 
  É partir disso que surgem os movimentos sociais, que se configuram como uma ferramenta daqueles que fazem parte de grupos minoritários e que não se sentem suficientemente representados no meio institucional.

Minorias Sociais Excluídas da Sociedade

    As minorias sociais são as coletividades que sofrem processos de estigmatização e discriminação, resultando em diversas formas de desigualdade ou exclusão sociais, mesmo quando constituem a maioria numérica de determinada população. Exemplos incluem negros, indígenas, imigrantes, mulheres, homossexuais, trabalhadores do sexo, idosos, moradores de vilas (ou favelas), portadores de deficiências, obesos, pessoas com certas doenças, moradores de rua e ex-presidiários. Reconhecendo que as minorias só existem porque são estigmatizados e inferiorizados por outros, esta linha as aborda relacional e processualmente, focalizando os processos de discriminação efetuados por grupos dominantes, as consequências desta discriminação e os processos de resistência individual e coletiva. A linha se interessa igualmente em como as várias formas de discriminação se combinam entre si e com a classe social.

  Um dos fatores principais para o aumento das Minorias no Brasil é o capitalismo, que segundo Marx, ao se renovar e se expandir na via do progresso, o regime capitalista cria condições próprias para o seu fortalecimento e, ao mesmo tempo, para a sua queda. Mas o que acontece é cada vez mais o seu fortalecimento, onde eles  são visam os lucros, a acumulação de capital.

  Segundo Durkheim,  a principal característica do fato social é a sua generalidade, ou seja,a grande  maioria. Mas maioria ou minoria dependem da força que cada uma vai exercer ou os meios de pressão,  que vai determinar se as demandas sociais são majoritárias ou minoritárias. Portanto no caso dos mendigos que são minorias em relação a grande parcela da população,  que tem moradia, mas é um reflexo de uma minoria rica. Conforme Malthus e Ricardo afirmaram que o desenvolvimento do capitalismo industrial alcançaria um nível em que os recursos mundiais estariam esgotados, e as populações seriam assolados pela fome. Então vai chegar um hora que a Minoria, vai se torna maioria com muitos necessitados em todo o mundo.

   Nós culpamos muito o estado pela situação atual, mas a culpa não é so do estado, podemos notar nas revoluções nacionalistas. principalmente na Alemanha e Itália(1871) o estado passou a ser responsável por toda a economia nacional, planejada e dirigida, então a pobreza da nação deixou, desde então, de ser vista como consequência das relações desiguais entre os homens para ser percebida como fruto de mau planejamento e má administração da vida econômica nacional.
O governo ajudar , foram criadas tantos programas  no Brasil que servem pra amenizar os problemas econômicos, como os programas : 
Bolsa Família, Minha casa Minha vida, Luz para Todos etc. Onde no caso do Bolsa Família que a renda gira em torno da quantidades de filhos de até 17 anos, são 16 milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 70.00 mensais, o programa atende 13 milhões de brasileiros.

   Muitas dessas familias tem mais filhos pra aumentar a renda, alguns trabalhar com produtos recicláveis que é uma forma de aumentar a renda também, participando de cooperativas ou individualmente, segundo a Ciclosoft 2012, são 27 milhões de cidadãos trabalhando com coleta seletiva. Alguns mendigos trabalham com coleta seletiva, na capital Bahiana se dissemina muito os catadores de latinhas, onde podemos ver principalmente em festas de grandes multidões, como no carnaval.
A Medida que eles se auto discriminam, se sentem coitados. É um problema cultural também.

Eduardo Oliveira Santos


Exercícios
  Questões -  Enem


Na regulação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria.
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança
  1. A
    a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua concentração espacial, num tipo de independência nacional.
  2. B
    a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura política nacional.
  3. C
    a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento.
  4. D
    a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional.
  5. E
    o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas convenções de comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada.

resolução

Segundo o texto do filósofo e sociólogo alemão Jurgen Habermas, a sociedade democrática contemporânea foi moldada historicamente por culturas dominantes que estabeleceram um padrão cultural em detrimento de minorias desprezadas. Todavia, essas minorias encontram amparo no modelo democrático ao obter espaço para a coexistência e na possibilidade de exposição de seus argumentos, estando cientes de que em uma sociedade democrática se acata a proposta escolhida pela maioria.  

RESPOSTA CORRETA:

C
a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento.

CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set. 2011. (Foto: Reprodução)CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set. 2011. (Foto: Reprodução)
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a
  1. A
    a opressão das minorias sociais.
  2. B
    carência de recursos tecnológicos.
  3. C
    falta de liberdade de expressão.
  4. D
    defesa da qualificação profissional.
  5. E
    reação ao controle do pensamento coletivo.

resolução

No cartum apresentado, todos os homens estão representados por bonecos de corda que andam para a mesma direção (como se estivessem sem escolha), exceto um. Este único diferente, além de apresentar uma cor distinta, não tem corda nas costas para controlá-lo e segue em outra direção (o que nos induz a pensar que foi responsável pela escolha de seu próprio caminho).

RESPOSTA CORRETA:

E
reação ao controle do pensamento coletivo.




Referências:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/
BOBBIO, Norberto; MATEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política. 11ª edição. Trad. Carmen C. Varriale, Gaetano Lo Mônaco, João Ferreira, Luís Guerreiro Pinto Cacais e Renzo Dini). Editora UNB, 1998.
ARENDT, Hannah. Compreender: Formação, Exílio e totalitarismo. Trad. Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
http://www.ebah.com.br/content/

 https://mendigossa.wordpress.com/

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