PORTADORES DE DEFICIÊNCIA
A questão da inclusão social
A questão da inclusão de pessoas portadoras de necessidades
especiais em todos os recursos da sociedade ainda é muito incipiente no Brasil.
Movimentos nacionais e internacionais têm buscado um consenso para formatar uma
política de inclusão de pessoas portadoras de deficiência na escola regular.
Passos fundamentais devem ser dados para mudar o quadro de
marginalização dessas pessoas, como: alteração da visão social; inclusão
escolar; acatamento à legislação vigente; maiores verbas para programas
sociais; uso da mídia, da cibercultura e de novas tecnologias.
Cabe a todos os integrantes da sociedade lutar para que a
inclusão social dessas pessoas seja uma realidade brasileira no próximo
milênio. Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência
estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do
mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência
ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem.
A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre
inabilitou os portadores de deficiência, marginalizando-os e privando-os de
liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre
foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.
A literatura clássica e a história do homem refletem esse
pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às
aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.
Nos últimos anos, ações isoladas de educadores e de pais têm
promovido e implementado a inclusão, nas escolas, de pessoas com algum tipo de
deficiência ou necessidade especial, visando resgatar o respeito humano e a
dignidade, no sentido de possibilitar o pleno desenvolvimento e o acesso a
todos os recursos da sociedade por parte desse segmento.
Movimentos nacionais e internacionais têm buscado o consenso
para a formatação de uma política de integração e de educação inclusiva, sendo
que o seu ápice foi a Conferência Mundial de Educação Especial, que contou com
a participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembléia
geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994.
Este evento teve como culminância a "Declaração de
Salamanca", da qual transcrevem-se, a seguir, pontos importantes, que
devem servir de reflexão e mudanças da realidade atual, tão discriminatória.
"Acreditamos e Proclamamos que:
- toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser
dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem;
- toda criança possui características, interesses,
habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas;
- sistemas educacionais deveriam ser designados e programas
educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta
diversidade de tais características e necessidades;
- aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter
acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia
centrada na criança, capaz de satisfazer tais necessidades;
- escolas regulares, que possuam tal orientação inclusiva,
constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias,
criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e
alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação
efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância,
o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Nós congregamos todos os governos e demandamos que eles:
- atribuam a mais alta prioridade política e financeira ao
aprimoramento de seus sistemas educacionais no sentido de se tornarem aptos a
incluírem todas as crianças, independentemente de suas diferenças ou
dificuldades individuais;
- adotem o princípio de educação inclusiva em forma de lei
ou de política, matriculando todas as crianças em escolas regulares, a menos
que existam fortes razões para agir de outra forma;
- desenvolvam projetos de demonstração e encorajem
intercâmbios em países que possuam experiências de escolarização inclusiva;
- estabeleçam mecanismos participatórios e descentralizados
para planejamento, revisão e avaliação de provisão educacional para crianças e
adultos com necessidades educacionais especiais;
- encorajem e facilitem a participação de pais, comunidades
e organizações de pessoas portadoras de deficiências nos processos de
planejamento e tomada de decisão concernentes à provisão de serviços para
necessidades educacionais especiais;
- invistam maiores esforços em estratégias de identificação
e intervenção precoces, bem como nos aspectos vocacionais da educação
inclusiva;
- garantam que, no contexto de uma mudança sistêmica,
programas de treinamento de professores, tanto em serviço como durante a
formação, incluam a provisão de educação especial dentro das escolas
inclusivas.
Nós também congregamos a comunidade internacional; em
particular, nós congregamos governos com programas de cooperação internacional,
agências financiadoras internacionais, especialmente as responsáveis pela
Conferência Mundial em Educação para Todos, Unesco, Unicef, UNDP e o Banco
Mundial:
- a endossar a perspectiva de escolarização inclusiva e
apoiar o desenvolvimento da educação especial como parte integrante de todos os
programas educacionais;
- as Nações Unidas e suas agências especializadas, em
particular a ILO, WHO, Unesco e Unicef;
- a reforçar seus estímulos de cooperação técnica, bem como
reforçar suas cooperações e redes de trabalho para um apoio mais eficaz à já
expandida e integrada provisão em educação especial;
- a reforçar sua colaboração com as entidades oficiais
nacionais e intensificar o envolvimento crescente delas no planejamento,
implementação e avaliação de provisão em educação especial que seja inclusiva;
- Unesco, enquanto a agência educacional das Nações Unidas;
- a assegurar que educação especial faça parte de toda
discussão que lide com educação para todos em vários foros;
- a mobilizar o apoio de organizações dos profissionais de
ensino em questões relativas ao aprimoramento do treinamento de professores no
que diz respeito a necessidades educacionais especiais;
- a estimular a comunidade acadêmica no sentido de
fortalecer pesquisa, redes de trabalho e o estabelecimento de centros regionais
de informação e documentação e, da mesma forma, a servir de exemplo em tais
atividades e na disseminação dos resultados específicos e dos progressos
alcançados em cada país no sentido de realizar o que almeja a presente
Declaração;
- a mobilizar Fundos através da criação (dentro de seu
próximo Planejamento a Médio Prazo 1996-2000) de um programa extensivo de
escolas inclusivas e programas de apoio comunitário, que permitiriam o
lançamento de projetos-piloto que demonstrassem novas formas de disseminação e
o desenvolvimento de indicadores de necessidade e de provisão de educação
especial".
A inclusão escolar, fortalecida pela Declaração de
Salamanca, no entanto, não resolve todos os problemas de marginalização dessas
pessoas, pois o processo de exclusão é anterior ao período de escolarização,
iniciando-se no nascimento ou exatamente no momento em aparece algum tipo de
deficiência física ou mental, adquirida ou hereditária, em algum membro da
família. Isso ocorre em qualquer tipo de constituição familiar, sejam as
tradicionalmente estruturadas, sejam as produções independentes e congêneres e
em todas as classes sociais, com um agravante para as menos favorecidas.
O nascimento de um bebê com deficiência ou o aparecimento de
qualquer necessidade especial em algum membro da família altera
consideravelmente a rotina no lar. Os pais logo se perguntam: por quê? De quem
é a culpa? Como agirei daqui para frente? Como será o futuro de meu filho?
O imaginário, então, toma conta das atitudes desses pais ou
responsáveis e a dinâmica familiar fica fragilizada. Imediatamente instalam-se
a insegurança, o complexo de culpa, o medo do futuro, a rejeição e a revolta,
uma vez que esses pais percebem que, a partir da deficiência instalada, terão
um longo e tortuoso caminho de combate à discriminação e ao isolamento.
O quadro fica mais sério, tendo em vista que a tendência dos
profissionais da saúde é sempre ressaltar, no diagnóstico, os aspectos
limitantes da deficiência, pois invariavelmente são eles que primeiro são
chamados para dar o diagnóstico conclusivo. Os médicos raramente esclarecem ou
informam, aos familiares de portadores de deficiência, as possibilidades de
desenvolvimento, as formas de superação das dificuldades, os locais de
orientação familiar, os recursos de estimulação precoce, os centros de educação
e de terapia.
A esses familiares pede-se que aceitem uma realidade que não
desejam e que não é prevista, uma realidade em que os meios sociais e a mídia
pouco abordam e, quando o fazem, é de maneira superficial, às vezes
preconceituosa e sem apresentar os caminhos para a inclusão social.
Os pais ou responsáveis por portadores de deficiência, por
sua vez, também se tornam pessoas com necessidades especiais: eles precisam de
orientação e principalmente do acesso a grupos de apoio. Na verdade, são eles
que intermediarão a integração ou inclusão de seus filhos junto à comunidade.
Cada deficiência acaba acarretando um tipo de comportamento
e suscitando diferentes formas de reações, preconceitos e inquietações. As
deficiências físicas, tais como paralisias, ausência de visão ou de membros,
causam imediatamente apreensão mais intensa por terem maior visibilidade. Já a
deficiência mental e a auditiva, por sua vez, são pouco percebidas inicialmente
pelas pessoas, mas causam mais estresse, à medida que se toma consciência da
realidade das mesmas.
A falta de conhecimento da sociedade, em geral, faz com que
a deficiência seja considerada uma doença crônica, um peso ou um problema. O
estigma da deficiência é grave, transformando as pessoas cegas, surdas e com
deficiências mentais ou físicas em seres incapazes, indefesos, sem direitos,
sempre deixados para o segundo lugar na ordem das coisas. É necessário muito
esforço para superar este estigma.
Essa situação se intensifica junto aos mais carentes, pois a
falta de recursos econômicos diminui as chances de um atendimento de qualidade.
Tem-se aí um agravante: o potencial e as habilidades dessas pessoas são pouco
valorizados nas suas comunidades de origem, que, obviamente, possuem pouco
esclarecimento a respeito das deficiências. Onde estão as causas da exclusão
dessas pessoas no Brasil?
No plano de governo, o que se vê são programas, propostas,
projetos, leis e decretos com lindas e sonoras siglas, que ficam, na maioria
das vezes, só no papel. Programas similares e simultâneos são lançados em duas
ou três pastas, sem que haja integração de objetivos e metas entre eles.
Muitas vezes acontecem ações paralelas entre o governo e a
iniciativa privada, que ficam desintegradas, superpostas, sem consistência e
dirigidas a pequenos grupos, gastando verbas sem mudar o quadro de exclusão
existente.
Essas ações não são permanentes, pois a cada mudança de
governo são interrompidas, esvaziadas, perdendo a continuidade e a abrangência,
sendo que outras aparecem em seus lugares para "fixar" a plataforma
de quem está no poder.
Nos estados e municípios, não existe uma política efetiva de
inclusão que viabilize planos integrados de urbanização, de acessibilidade, de
saúde, educação, esporte, cultura, com metas e ações convergindo para a
obtenção de um mesmo objetivo: resguardar o direito dos portadores de
deficiência.
As dificuldades são imensas para sensibilizar executivos de
empresas privadas, técnicos de órgãos públicos e educadores sobre essa questão.
Um sentimento de omissão aparece, consciente ou inconscientemente, em técnicos,
executivos e burocratas, quando necessitam decidir sobre o atendimento às
necessidades dos portadores de deficiência.
Essas reações preconceituosas, de omissão e descaso, já
podem ser classificadas:
Nos órgãos públicos,
as solicitações e reivindicações de pessoas portadoras de deficiência logo se
transformam nos famosos processos "Ao-Ao", em que cotas endereçadas
"Ao" Dr. Fulano, "Ao" departamento tal e "Ao"
setor de Sicrano só criam volume, burocracia e não apontam para soluções, pois
todos transferem o "problema" para terceiros, eximindo-se, assim, da
necessidade de propor alternativas de atendimento. Nesses processos, quase todos
se omitem de tomar decisões em benefício dos portadores de deficiência;
- na área de atendimento e serviços à população, a resposta
mais frequente é a "NTV" ¾ "não temos vaga";
- há, também, a adoção, tão popular para as pessoas de baixa
renda, do sistema "ENFE" de atendimento, ou seja, "entre na fila
de espera".
Por outro lado, a ideia de modelos únicos para todos,
preestabelecidos, tem excluído pessoas com necessidades especiais dos recursos
da sociedade, como comprovam as barreiras arquitetônicas, sociais e
educacionais. No plano dos atendimentos específicos, a realidade é a seguinte:
- saúde: os locais de atendimentos na área de saúde são
pequenos, superlotados e sem infra-estrutura. As políticas de prevenção, às
vezes, ficam restritas a algumas campanhas de vacinação e os programas de
diagnóstico precoce são insuficientes. Os testes com aparelhos de última
geração são destinados a poucos; as de terapias e fisioterapias oferecem poucas
vagas em relação à demanda; a obtenção de próteses e órteses é difícil e as
filas de espera são enormes para quem não tem poder aquisitivo;
- área social: os programas para as pessoas com alguma
deficiência são, em geral, os que possuem as menores verbas, não existe
trabalho efetivo junto às comunidades mais carentes e os grupos de orientação e
atendimento estão sempre superlotados;
- mercado de trabalho: poucos são os empregadores que se
dispõem a absorver esse segmento. O portador de deficiência é o último a ser
contratado e o primeiro a ser demitido, sendo que sua faixa salarial é, em
média, menor que a de seus colegas de profissão;
- nas áreas de lazer, esportes, cultura e transportes não
existem projetos abrangentes que atendam a todos os tipos de deficiência e, nas
áreas de comércio, indústria e serviços, a acessibilidade inexiste ou é
inconsistente;
- na educação também não é diferente, pois só as grandes
cidades possuem algum tipo de atendimento. A realidade tem mostrado que os
ciclos do ensino fundamental, com sua passagem automática de ano, e a falta de
formação de professores, de recursos técnico-pedagógicos, de estímulo
suplementar, de acompanhamento de equipe multidisciplinar ¾ fonoaudiólogos,
assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais ¾, de salas e de
professores de apoio deixam a questão da inclusão escolar sem estrutura
eficiente, bonita apenas na teoria.
Em nome da igualdade de atendimentos, muitos teóricos
radicais defendem a inclusão escolar de forma simplista: é só colocar esse
aluno na classe comum e tudo se resolve. Entretanto, suas teses não refletem a
realidade de que as pessoas com deficiência possuem necessidades educativas
especiais e, assim, pouca contribuição têm trazido para todos os envolvidos na
questão. Também em nome da igualdade de atendimentos, muitos deles negam veementemente
as experiências positivas de escolas e de classes especiais, que souberam
desenvolver o potencial de seus alunos e, dessa forma, contribuíram para a sua
inclusão junto à sociedade. Negar os trabalhos positivos do passado é esquecer
que a construção do conhecimento está baseada no acúmulo de experiência
adquirida.
Deve-se lembrar, sempre, que o princípio fundamental da
sociedade inclusiva é o de que todas as pessoas portadoras de deficiência devem
ter suas necessidades especiais atendidas. É no atendimento das diversidades
que se encontra a democracia. O que fazer diante deste quadro? O primeiro passo
é conseguir a alteração da visão social através:
- de um trabalho de sensibilização contínuo e permanente por
parte de grupos e instituições que já atingiram um grau efetivo de compromisso
com a inclusão de portadores de necessidades especiais junto à sociedade;
- da capacitação de profissionais de todas as áreas para o
atendimento das pessoas com algum tipo de deficiência;
- da elaboração de projetos que ampliem e inovem o
atendimento dessa clientela;
- da divulgação da Declaração de Salamanca e outros
documentos congêneres, da legislação, de informações e necessidades dos
portadores de deficiência e da importância de sua participação em todos os setores
da sociedade.
A reestruturação das instituições não deve ser apenas uma
tarefa técnica, pois depende, acima de tudo, de mudanças de atitudes, de
compromisso e disposição dos indivíduos. O segundo passo no processo de
inclusão social é o da inclusão escolar.
Ao entrarem para a escola, as crianças que possuem alguma
necessidade educativa especial terão que se integrar e participar
obrigatoriamente de três estruturas distintas da dinâmica escolar: o ambiente
de aprendizagem; a integração professor-aluno; e a interação aluno-aluno.
A partir da análise e adequação destas estruturas e do
levantamento de alternativas que favoreçam o desenvolvimento dos alunos, em
geral, e dos portadores de necessidades educativas especiais, em particular, é
que a inclusão escolar deve ter início. Assim, é necessário analisar se o
ambiente de aprendizagem é favorecedor, se existe oferta de recursos
audiovisuais, se ocorreu a eliminação de barreiras arquitetônicas, sonoras e
visuais de todo o próprio escolar, se existem salas de apoio pedagógico para
estimulação e acompanhamento suplementar, se os currículos e estratégias de
ensino estão adequados à realidade dos alunos e se todos os que compõem a
comunidade escolar estão sensibilizados para atender o portador de deficiência com
respeito e consideração.
Para que haja a verdadeira integração professor-aluno, é
necessário que o professor da sala regular e os especialistas de educação das
escolas tenham conhecimento sobre o que é deficiência, quais são seus
principais tipos, causas, características e as necessidades educativas de cada
deficiência. O professor precisa, antes de tudo, ter ampla visão desta área,
que deve ser proveniente de sua formação acadêmica. Hoje, poucas escolas e
universidades, que formam professores, abordam adequadamente a questão da
deficiência em seus currículos. Urge mudar essa realidade. A atualização
periódica também é indispensável, devendo ocorrer por meio de cursos,
seminários e formação em serviço.
É importante que os professores tomem ciência do diagnóstico
e do prognóstico do aluno com necessidades educativas especiais, entrevistem
pais ou responsáveis para conhecer todo o histórico de vida desse aluno, a fim
de traçar estratégias conjuntas de estimulação família-escola, peçam
orientações e procurem profissionais ¾ como psicólogos, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos ¾ que estejam atendendo ou que já atenderam esses alunos,
solicitando relatórios e avaliações, e pesquisem várias técnicas, métodos e
estratégias de ensino, em que variáveis como o desenvolvimento da linguagem, o
desenvolvimento físico e sobretudo as experiências sociais estejam presentes.
A integração professor-aluno só ocorre quando há uma visão
despida de preconceito, cabendo ao professor favorecer o contínuo
desenvolvimento dos alunos com necessidades educativas especiais. Não é tarefa
fácil, mas é possível. Quando ocorre, torna-se uma experiência inesquecível
para ambos.
A interação aluno-aluno traz à tona as diferenças
interpessoais, as realidades e experiências distintas que os mesmos trazem do
ambiente familiar, a forma como eles lidam com o diferente, os preconceitos e a
falta de paciência em aceitar o outro como ele é. Todos os alunos das classes
regulares devem receber orientações sobre a questão da deficiência e as formas
de convivência que respeitem as diferenças, o que não é tarefa fácil, mas
possível de ser realizada. Levar os alunos de classes regulares a aceitarem e
respeitarem os portadores de deficiência é um ato de cidadania.
Cabe a todos profissionais de escolas especiais, de classes
especiais, de salas de apoio a portadores de necessidades especiais, aos
teóricos da educação inclusiva, aos profissionais das escolas regulares e às
equipes multidisciplinares e de saúde a função primordial da integração de
ações, da otimização dos recursos e dos atendimentos, da criação de canais de
comunicação que considerem a questão da inclusão social como prioritária e
anterior à inclusão escolar.
O futuro é outra dimensão que também não pode ser esquecida,
pois é preciso estar preparado para a rápida evolução tecnológica destes novos
tempos, que influencia e modifica o processo educativo e a nossa relação com a
construção do conhecimento.
Para a estimulação da pessoa com deficiência, a tecnologia
da informação é fundamental, pois a velocidade da renovação do saber e as
formas interativas da cibercultura trazem uma nova expectativa de educação para
essa clientela. É necessário, portanto, criar serviços e propostas educativas
abertas e flexíveis que atendam às necessidades de mudanças.
A cibercultura não só demonstra que a maior parte dos
conhecimentos adquiridos por uma pessoa no início de sua vida educacional
estará ultrapassada ao final de um certo tempo, como também aponta novas formas
de habilitação e reabilitação de pessoas com necessidades educativas especiais.
Esse fenômeno de captação de transformações constantes deve ser posto ao
alcance das pessoas com necessidades especiais.
O terceiro passo para a inclusão social de portadores de
deficiência é a instituição de mecanismos fortalecedores desses direitos, tais
como destinação de maiores verbas públicas para os projetos que atendam esse
segmento e participação de entidades de defesa de deficientes e para
deficientes nos processos decisórios de todas as áreas diretamente envolvidas
no atendimento dessa população.
A mídia não pode ser esquecida, pois possui um papel
fundamental na promoção de atitudes positivas no sentido da inclusão de pessoas
portadoras de deficiência na sociedade. A criação de equipes de mediação de
sistemas e a presença de ombudsmen junto aos conselhos de defesa da pessoa
deficiente, que mostrem ao governo, à sociedade e à mídia os acertos e desacertos
da inclusão social e escolar e seus prognósticos para curto, médio e longo
prazos, devem ser consideradas.
A prática da de marginalização de portadores de deficiência
deve ser parte integrante de planos nacionais de educação, que objetivem
atingir educação para todos. A inclusão social traz no seu bojo a equiparação
de oportunidades, a mútua interação de pessoas com e sem deficiência e o pleno
acesso aos recursos da sociedade. Cabe lembrar que uma sociedade inclusiva tem
o compromisso com as minorias e não apenas com as pessoas portadoras de
deficiência. A inclusão social é, na verdade, uma medida de ordem econômica,
uma vez que o portador de deficiência e outras minorias tornam-se cidadãos
produtivos, participantes, conscientes de seus direitos e deveres, diminuindo,
assim, os custos sociais. Dessa forma, lutar a favor da inclusão social deve
ser responsabilidade de cada um e de todos coletivamente.
Como chamar
as pessoas que têm deficiência?
No começo da história, durante séculos , em todas as épocas
e localidades, a pergunta que não quer se calar tem sido esta, com alguma
variação: qual é o termo correto – portador de deficiência, pessoa portadora de
deficiência ou portador de necessidades especiais? Responder essa questão tão
simples é simplesmente trabalhoso, por incrível que possa parecer.
Comecemos por deixar claro que jamais houve ou haverá uma única expressão correta, válida definitivamente em todos os tempos e espaços. A razão disso reside no fato de que a cada época são utilizadas palavras cujo significados são compatíveis com os valores vigentes no período. Percorramos, mesmo que superficialmente, a trajetória da terminologia utilizada ao longo da história da atenção às pessoas com deficiência no Brasil.
Comecemos por deixar claro que jamais houve ou haverá uma única expressão correta, válida definitivamente em todos os tempos e espaços. A razão disso reside no fato de que a cada época são utilizadas palavras cujo significados são compatíveis com os valores vigentes no período. Percorramos, mesmo que superficialmente, a trajetória da terminologia utilizada ao longo da história da atenção às pessoas com deficiência no Brasil.
Romances, nomes de
instituições, leis, mídia e outros meios mencionavam “os inválidos”. O termo
designava “indivíduos sem valor” e foi utilizado até o século XX, embora já sem
nenhum sentido pejorativo nesse período. Aquele que tinha deficiência era tido
como socialmente inútil, um peso morto para a sociedade, um fardo para a família,
alguém sem valor profissional.
• Inválidos: significava “indivíduos sem valor”.
Início do século XX até meados de 1960
Após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais, a mídia passou a usar “os
incapacitados”. O termo designava, de início, “indivíduos sem capacidade” e,
mais tarde, passou a significar “pessoas com capacidade residual”. Durante
várias décadas, era comum o uso dessa expressão para se referir a pessoas com
deficiência de qualquer idade. Uma variação foi “os incapazes”, que significava
“aqueles que não são capazes” de fazer determinada atividade por causa da
deficiência.
Foi um avanço a sociedade reconhecer que a pessoa com
deficiência poderia ter capacidade, mesmo que reduzida. Mas, ao mesmo tempo,
considerava-se que a deficiência, qualquer que fosse o tipo, eliminava ou
reduzia a capacidade da pessoa em todos os aspectos: físico, psicológico,
social, profissional etc.
• Incapacitados: significava “aqueles que não têm
capacidade”;
• Incapazes: significava “aqueles que não são capazes”
de fazer determinadas tarefas por conta da deficiência que tinham.
Entre 1960 e 1980
No final da década de 1950 foi fundada a Associação de
Assistência à Criança Defeituosa (AACD), hoje denominada Associação de
Assistência à Criança Deficiente. No mesmo período, também surgiram as
primeiras unidades da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). A
sociedade passou a utilizar esses três termos, que focalizam as deficiências em
si.
• Defeituosos: significava “indivíduos com deformidade”,
principalmente física;
• Deficientes: significava “indivíduos com deficiência” em
geral. Fosse física, intelectual, auditiva, psicossocial, visual ou múltipla, a
deficiência os levava a executar as funções básicas de vida (andar, sentar-se,
correr, escrever, tomar banho etc.) de forma diferente do modo como as pessoas
sem deficiência faziam. Nessa época, isso começou a ser aceito pela sociedade;
• Excepcionais: significava “indivíduos com deficiência
intelectual”.
Simultaneamente, difundia-se o movimento em defesa dos
direitos das “pessoas superdotadas”, expressão substituída posteriormente por
“pessoas com altas habilidades” ou “pessoas com indícios de altas habilidades”.
O movimento mostrou que a expressão “os excepcionais” não poderia referir-se
exclusivamente àqueles com deficiência intelectual, pois as pessoas com altas
habilidades/superdotação também seriam excepcionais por estarem na outra ponta
da curva da inteligência humana.
A década de 1980
Por pressão das organizações de pessoas com deficiência, a
Organização das Nações Unidas (ONU) determinou 1981 como Ano Internacional das
Pessoas Deficientes. E o mundo achou difícil começar a dizer e escrever
“pessoas deficientes”. O impacto dessa terminologia foi profundo e ajudou a
melhorar a imagem desse segmento da sociedade. Foi atribuído o valor
“pessoas” àqueles que tinham deficiência, igualando-os em direitos e dignidade
a todos.
• Pessoas deficientes: o substantivo “deficientes” passou a
ser utilizado como adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo “pessoas”.
De 1988 a 1993
Líderes de organizações de pessoas com deficiência passaram
a contestar a expressão “pessoa deficiente”, alegando que ela sinalizava que a
pessoa inteira seria deficiente. Ganhou terreno o termo “pessoas portadoras de
deficiência” nos países de língua portuguesa. Pela lei do menos esforço, logo
foi reduzido para “portadores de deficiência”.
“Portar uma deficiência” passou a ser um valor agregado à
pessoa. Com isso, a deficiência passou a ser um detalhe da pessoa. O termo foi
adotado na Constituição Federal e em todas as leis e políticas públicas.
Conselhos, coordenadorias e associações passaram a incluir a expressão em seus
nomes formais.
• Pessoas portadoras de deficiência: foi proposto para
substituir “pessoas deficientes”.
Ao longo da década de 1990
“Pessoas com necessidades especiais” surgiu, a priori, para
substituir “deficiência”. Também apareceram expressões como “crianças
especiais”, “alunos especiais”, “pacientes especiais”, em uma tentativa de
amenizar a contundência da palavra “deficientes”. De início, “pessoas com
necessidades especiais” representava apenas um novo termo. Depois, com a
vigência da Resolução CNE/CEB nº 2 Site externo, “necessidades especiais”
passou a ser um valor agregado tanto à pessoa com deficiência quanto a outras
pessoas.
• Necessidade especial: substituia “deficiência”;
• Especial: surgiu para amenizar “deficientes”.
• Especial: surgiu para amenizar “deficientes”.
A partir de 2000
O fim da década de 1990 e a primeira década do século XXI
foram marcadas por eventos mundiais liderados por organizações de pessoas com
deficiência. A Declaração de Salamanca preconiza a expressão “pessoas com
deficiência”, com a qual os valores agregados às pessoas com deficiência passou
a ser o do empoderamento (uso do poder pessoal para fazer escolhas, tomar
decisões e assumir o controle da situação de cada um) e o da responsabilidade
de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade rumo à inclusão de todas
as pessoas, com ou sem deficiência.
• Pessoas com deficiência: passa a ser o termo preferido por
um número cada vez maior de adeptos, boa parte dos quais é constituída por
pessoas com deficiência.
Os princípios da terminologia
Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo
os do Brasil, já fecharam a questão: querem ser chamados de “pessoas com
deficiência”, em todos os idiomas. Esse termo faz parte do texto da Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Site externo, adotado pela ONU em
2006, ratificado com equivalência de emenda constitucional no Brasil através do
Decreto Legislativo nº 186 Site externo e promulgado por meio do Decreto nº
6.949 Site externo, em 2009. Os princípios básicos para os movimentos terem
chegado a essa terminologia foram:
Não esconder ou camuflar a deficiência;
Não aceitar o consolo da falsa ideia de que todos têm
deficiência;
Mostrar com dignidade a realidade da deficiência;
Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da
deficiência;
Combater eufemismos que tentam diluir as diferenças, tais
como “pessoas com capacidades especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”,
“pessoas com habilidades diferenciadas”, “pessoas dEficientes”, “pessoas com
disfunção funcional” etc.
Defender a igualdade entre pessoas com deficiência e sem
deficiência em termos de direitos e dignidade, o que exige a equiparação de
oportunidades para pessoas com deficiência;
Identificar nas diferenças todos os direitos que lhes são
pertinentes e a partir daí encontrar medidas específicas para o Estado e a
sociedade diminuírem ou eliminarem as “restrições de participação”
(dificuldades ou incapacidades causadas pelos ambientes humano e físico contra
as pessoas com deficiência).
DIREITOS E BENEFÍCIOS AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA E DE
DOENÇAS GRAVES - COMPARTILHE A INFORMAÇÃO!
Em meio a tantas leis e normas que alteram diuturnamente, é
comum que pessoas portadoras de doenças graves ou mesmo os responsáveis por
estes doentes, desconheçam quais são os direitos ou benefícios existentes que podem
contribuir para melhorar a condição de vida dos pacientes, bem como,
indiretamente, dos responsáveis diretos por cuidar destes doentes.
As Doenças Crônicas ou graves são doenças de evolução
prolongada, permanentes, para as quais, atualmente, não existe cura, afetando
negativamente a saúde e funcionalidade do paciente. No entanto, os seus efeitos
podem ser controlados, melhorando sua qualidade de vida.
A bem da verdade, quando não há ninguém na família que seja
portador de alguma doença grave é normal não se interessar em buscar mais
informações ou mesmo ignorar uma notícia que ouvimos ou vemos num jornal,
revista ou TV.
Mesmo que tal situação não seja uma realidade na família é
quase impossível se dizer que não conhecemos um vizinho, parente de um amigo,
conhecido do trabalho, da escola ou do meio social em que vivemos, que seja
portador de doença grave e que possa estar precisando de ajuda.
Por isso, é importante despertar esta preocupação com o
próximo, buscando repassar todo tipo de informação e conhecimento que, de
alguma forma, vá contribuir para que estes portadores busquem melhorar sua
condição de vida e de suas famílias, requerendo junto aos órgãos municipais,
estaduais e federais, o reconhecimento de seus direitos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como doenças
crônicas as doenças cardiovasculares (cerebrovasculares,isquêmicas), as
neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. A OMS
também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem para o sofrimento dos
indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais e
neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e
as patologias oculares e auditivas.
O art. 151 da Lei 8.213/91 (Planos de Benefícios
da Previdência Social) dispõe uma lista de doenças consideradas graves, a
saber:
tuberculose ativa;
hanseníase;
alienação mental;
neoplasia maligna (câncer);
cegueira;
paralisia irreversível e incapacitante;
cardiopatia grave;
doença de Parkinson;
espondiloartrose anquilosante;
nefropatia grave;
estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
síndrome da deficiência imunológica adquirida - AIDS;
contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada; e
hepatopatia grave.
DIREITOS E BENEFÍCIOS :
Isenção do Imposto de Renda
São isentos do Imposto de Renda os rendimentos
sejam relativos a aposentadoria, pensão ou reforma (outros rendimentos não são
isentos), incluindo a complementação recebida de entidade privada e a pensão
alimentícia, os portadores das seguintes doenças:
AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida);
Alienação mental;
Cardiopatia grave;
Cegueira;
Contaminação por radiação;
Doença de Paget em estados avançados (Osteíte deformante);
Doença de Parkinson;
Esclerose múltipla;
Espondiloartrose anquilosante;
Fibrose cística (Mucoviscidose);
Hanseníase;
Nefropatia grave;
Hepatopatia grave (observação: nos casos de hepatopatia
grave somente serão isentos os rendimentos auferidos a partir de 01/01/2005);
Neoplasia maligna;
Paralisia irreversível e incapacitante;
Tuberculose ativa.
Isenção do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental
severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos,
poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com
isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação
nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados (Tipi).
O direito à aquisição com o benefício da isenção poderá ser
exercido apenas uma vez a cada dois anos, sem limite do número de aquisições,
observada a vigência da Lei nº 8.989, de 1995 atualmente prorrogada pela Lei
11.941/2009, art. 77, até 31.12.2014.
Isenção do IOF - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio
e Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Imobiliários
São isentas do IOF as operações financeiras para aquisição
de automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência
bruta para pessoas portadoras de deficiência física, atestada pelo Departamento
de Trânsito do Estado onde residirem em caráter permanente, cujo laudo de
perícia médica especifique;
a) o tipo de defeito físico e a total incapacidade do
requerente para dirigir automóveis convencionais;
b) a habilitação do requerente para dirigir veículo com
adaptações especiais, descritas no referido laudo;
A Isenção do IOF poderá ser utilizada uma única vez.
Saque do FGTS e do PIS
Terão direito ao saque do FGTS quando:
O trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
O trabalhador ou seu dependente for acometido de neoplasia
maligna - câncer;
O trabalhador ou seu dependente estiver em estágio terminal,
em razão de doença grave;
No falecimento do trabalhador;
O titular da conta vinculada tiver idade igual ou superior a
70 anos;
Acréscimo de 25% na Aposentadoria por Invalidez
O valor da aposentadoria por invalidez do segurado
que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento). A comprovação desta assistência permanente (quando o
aposentado está incapacitado para as atividades da vida diária) depende de
constatação por meio de perícia médica do INSS, considerando que:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o
limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem
for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável
ao valor da pensão.
Amparo Social - Pessoa Portadora de Deficiência
O benefício de assistência social será prestado ao portador
de deficiência (incapacitada para a vida independente e para o trabalho, ou
seja, aquela que apresenta perdas ou reduções da sua estrutura, ou função
anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, de caráter permanente),
independentemente de contribuição à seguridade social, no valor de um salário
mínimo, desde que a renda familiar mensal (per capita) seja inferior a ¼ do
salário mínimo;
A avaliação da deficiência e do grau de incapacidade será
composta de avaliação médica e social. As avaliações serão realizadas,
respectivamente, pela perícia médica e pelo serviço social do INSS, por meio de
instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim.
Desconto na Conta de Energia Elétrica
As famílias incluídas no Cadastro Único de Programas
Sociais com renda mensal total de até três salários mínimos, que tenham em
sua composição portador de doença cujo tratamento exija o uso continuado de
equipamentos com alto consumo de energia elétrica, terão acesso ao desconto
conforme faixa de consumo demonstrado na tabela abaixo:
Faixa de consumo mensal
|
Percentual de desconto
|
Até 30kwh
|
65%
|
Entre 31kwh e 100kwh
|
40%
|
Entre 101 kWh e 220kwh
|
10%
|
Quitação da Casa Própria
A aquisição de imóvel financiado por agentes do Sistema
Financeiro de Habitação (COHAB, Caixa Econômica Federal e outros bancos
privados) normalmente vem condicionada à contratação de um seguro habitacional,
cujo prêmio é pago junto com as parcelas mensais do financiamento.
Esse contrato de seguro normalmente possui uma cláusula
prevendo a quitação do saldo devedor nos casos de morte e invalidez permanente
do contratante.
Isenção do ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias
Todos aqueles que possuem algum tipo de deficiência física
limitadora da capacidade de dirigir um veículo comum sem prejuízo à sua saúde
ou sem risco à coletividade têm direito à isenção do ICMS. A condição de
deficiente físico deverá ser atestada por uma junta médica do Departamento de
Trânsito - DETRAN.
Isenção do IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores
Cada Estado possui legislação própria regulamentando a
matéria. Por isso, o primeiro passo é verificar se a legislação do seu Estado
contempla a isenção de IPVA para os veículos utilizados por pessoas com
deficiência, podendo se enquadrar nessa condição o paciente com câncer com
limitação física. Essa informação pode ser obtida nos DETRANs e nas Secretarias
Estaduais da Fazenda.
Nota: Busque se orientar também através das concessionárias
e revendedoras de veículos, as quais possuem informações quanto à possibilidade
de usufruir do benefício tributário e como proceder para tanto.
Isenção da Tarifa no Transporte Público
Têm direito ao transporte coletivo gratuito as pessoas
portadoras de deficiência física. Há cidades que concedem esta gratuidade,
inclusive, ao acompanhante da pessoa com deficiência que não pode se deslocar
sozinho, desde que comprovado por atestado firmado por uma
instituição especializada ou serviço da Prefeitura Municipal. Busque maiores
informações junto a Secretaria de Transporte Público de sua região.
Escrito por: Sergio Ferreira Pantaleão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://diversa.org.br/artigos/como-chamar-pessoas-que-tem-deficiencia/
BURKE, C. A special kind of hero. Nova York, Barron's, 1993.
BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Rio de Janeiro,
Record, 1993
PERKE, R. New
life in the Neighborhood. United States, Paternon, 1980.
UNICEF, OMS, UNESCO. Medidas vitais. Brasília, Seguradoras,
s/d.
Fomte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
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