João Cabral
de Melo Neto
Poeta
brasileiro
O Engenheiro
João Cabral de Melo Neto
A luz, o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
Superfícies, tênis, um copo de água.
O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número:
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.
(Em certas tardes nós subíamos
ao edifício. A cidade diária,
como um jornal que todos liam,
ganhava um pulmão de cimento e vidro).
A água, o vento, a claridade,
de um lado o rio, no alto as nuvens,
situavam na natureza o edifício
crescendo de suas forças simples.
Biografia de João Cabral de Melo Neto
João Cabral de
Melo Neto é um autor reconhecido na literatura brasileira pelas poesias
modernistas. Pertencente à geração de 45 do modernismo nacional, João Cabral
apresentou características surrealistas em suas poesias, que eram marcadas pelo
rigor formal e pela estruturação fixa.
Nascido em
Recife, Pernambuco, o contato com a literatura de cordel marcou os primeiros
contatos de Cabral com as letras. Ainda menino, o escritor lia as histórias
para os funcionários do engenho do seu pai. Já no Rio de Janeiro, frequentou
encontros literários e conheceu importantes autores nacionais. Lembrado pelo
talento para escrever, o autor também foi diplomata, tendo morado em vários
países.
João Cabral de Melo Neto (1920-1999) foi um poeta e
diplomata brasileiro. Autor de “Morte e
Vida Severina”, poema dramático que o consagrou. Foi eleito membro da
Academia Brasileira de Letras. Recebeu o Prêmio da Poesia, do Instituto
Nacional do Livro, o Prêmio Jabuti da Academia Brasileira do Livro e o Prêmio
da União Brasileira de Escritores, pelo livro “Crime na Calle Relator”.
, Pernambucano, filho de Luís Antônio Cabral de Melo e de
Carmem Carneiro Leão Cabral de Melo. Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo
e primo do poeta Manuel Bandeira e do Sociólogo Gilberto freire. Passou sua
infância entre os engenhos da família nas cidades de São Loureço da Mata e
Moreno. Estudou no Colégio Marista, no Recife. Amante da leitura lia tudo o que
tinha acesso, no colégio e na casa da avó.
Em 1941, participa do Primeiro Congresso de Poesia do
Recife, lendo o opúsculo "Considerações sobre o Poeta Dormindo". Em
1942 publica sua primeira coletânea de poemas, com o livro "Pedra do
Sono", onde predomina uma atmosfera vaga de surrealismo e absurdo. Depois
de se tornar amigo do poeta Joaquim Cardoso e do pintor Vicente do Rego
Monteiro, transfere-se para o Rio de Janeiro.
Durante os anos de 1943 e 1944, trabalhou no Departamento de
Arregimentação e Seleção de Pessoal do Rio de Janeiro. Em 1945 publica seu
segundo livro "O Engenheiro", custeado pelo empresário e poeta
Augusto Frederico Schmidt. Realiza seu segundo concurso público, e em 1947
ingressa na carreira diplomática passando a viver em várias cidades do mundo,
como Barcelona, Londres, Sevilha, Marselha, Genebra, Berna, Assunção, Dacar e
outras.
Em 1950, publicou o poema "O Cão Sem Plumas", a
partir de então começa a escrever sobre temas sociais. Em 1956 escreve o poema
"Morte e Vida Severina", responsável por sua popularidade. Trata-se
de um aoto de Natal que persegue a tradição dos autos medievais, fazendo uso da
redondilha, do ritmo e da musicalidade. Foi levado ao palco do Teatro da
Universidade Católica de São Paulo (TUCA), em 1966, musicada por Chico Buarque
de Holanda. O poema narra a trajetória de um retirante, que para livrar-se de
uma vida de privações no interior, ruma para a capital. Na cidade grande o
retirante depara-se com uma vida de dificuldades e miséria.
João Cabral de Melo Neto foi casado com Stella Maria Barbosa
de Oliveira, com quem teve cinco filhos. Casou pela segunda vez com a poetisa
Marly de Oliveira. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, para a
cadeira nº 37, tomando posse em 6 de maio de 1969. Em 1992, começa a sofrer de
cegueira progressiva, doença que o leva à depressão.
João Cabral de Melo Neto morreu no Rio de Janeiro, no dia 9
de outubro de 1999, vítima de ataque cardíaco.
Prêmios Literário
Prêmio José de Anchieta, de poesia, do IV Centenário de São
Paulo, em 1954.
Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, em 1955.
Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro, em 1993.
Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da obra.
Prêmio da União Brasileira de Escritores pelo livro "Crime na Calle Relator", 1988
Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, em 1955.
Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro, em 1993.
Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da obra.
Prêmio da União Brasileira de Escritores pelo livro "Crime na Calle Relator", 1988
Obras de João Cabral de melo Neto
Pedra do Sono, 1942
O Engenheiro, 1945
Psicologia da Composição, 1947
O Cão Sem Plumas, 1950
O Rio, 1954
Morte e Vida Severina, 1956
Paisagens com Figuras, 1956
Uma Faca Só Lâmina, 1956
Quaderna, 1960
Dois Parlamentos, 1960
Terceira Feira, 1961
Poemas Escolhidos, 1963
A Educação Pela Pedra, 1966
Museu de Tudo, 1975
A Escola das Facas, 1980
Poesia Crítica, 1982
Auto do Frade, 1984
Agrestes, 1985
O Crime na Calle Relator, 1987
Sevilha Andando, 1989
O Engenheiro, 1945
Psicologia da Composição, 1947
O Cão Sem Plumas, 1950
O Rio, 1954
Morte e Vida Severina, 1956
Paisagens com Figuras, 1956
Uma Faca Só Lâmina, 1956
Quaderna, 1960
Dois Parlamentos, 1960
Terceira Feira, 1961
Poemas Escolhidos, 1963
A Educação Pela Pedra, 1966
Museu de Tudo, 1975
A Escola das Facas, 1980
Poesia Crítica, 1982
Auto do Frade, 1984
Agrestes, 1985
O Crime na Calle Relator, 1987
Sevilha Andando, 1989
Algumas das suas poesias e contos.
Por trás do que lembro,
ouvi de uma terra desertada,
vaziada, não vazia,
mais que seca, calcinada.
De onde tudo fugia,
onde só pedra é que ficava,
pedras e poucos homens
com raízes de pedra, ou de cabra.
Lá o céu perdia as nuvens,
derradeiras de suas aves;
as árvores, a sombra,
que nelas já não pousava.
Tudo o que não fugia,
gaviões, urubus, plantas bravas,
a terra devastada
ainda mais fundo devastava.
ouvi de uma terra desertada,
vaziada, não vazia,
mais que seca, calcinada.
De onde tudo fugia,
onde só pedra é que ficava,
pedras e poucos homens
com raízes de pedra, ou de cabra.
Lá o céu perdia as nuvens,
derradeiras de suas aves;
as árvores, a sombra,
que nelas já não pousava.
Tudo o que não fugia,
gaviões, urubus, plantas bravas,
a terra devastada
ainda mais fundo devastava.
João Cabral de Melo Neto
Os Três
Mal-Amados
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
João Cabral
de Melo Neto
O Relógio
João Cabral de Melo Neto
Ao redor da vida do homem
há certas caixas de vidro,
dentro das quais, como em jaula,
se ouve palpitar um bicho.
Se são jaulas não é certo;
mais perto estão das gaiolas
ao menos, pelo tamanho
e quadradiço de forma.
Umas vezes, tais gaiolas
vão penduradas nos muros;
outras vezes, mais privadas,
vão num bolso, num dos pulsos.
Mas onde esteja: a gaiola
será de pássaro ou pássara:
é alada a palpitação,
a saltação que ela guarda;
e de pássaro cantor,
não pássaro de plumagem:
pois delas se emite um canto
de uma tal continuidade
João Cabral de Melo Neto
…E não há melhor
resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.”
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina.”
O belíssimo trecho
acima refere-se à parte final do premiado poema dramático “Morte
e Vida Severina”, escrito por João Cabral de Melo Neto em 1955 a pedido de
Maria Clara Machado para encenação no teatro “O Tablado.” O poema foi ainda
objeto de espetáculos que percorreram diversas capitais brasileiras e
europeias.
Morte e Vida Severina
narra a saga de Severino, retirante que percorre longa jornada de sua cidade de
origem no sertão nordestino até a capital Recife em busca de melhores condições
de vida. Durante o percurso, Severino se depara com a morte muitas vezes
e ela é representada em diversas situações, como no trecho em que o
retirante encontra o rio Capibaribe com seu curso interrompido pela seca.
Severino, desesperançado diante de tanta miséria e fome, pensa frequentemente
em desistir e “saltar fora da vida”. Mas, o otimismo ressurge no trecho
final do texto, quando Severino assiste ao nascimento de uma criança, que
simboliza a “explosão da vida” e a esperança de um tempo mais justo.
http://educacao.globo.com/literatura/assunto/autores/joao-cabral-de-melo-neto.html
Un gran homenaje-recordatorio. No lo conocía y la poesía al traducirse pierde algo de magia pero queda el espíritu, así que gracias por contarme sobre el. Un abrazo
ResponderExcluirSeja bem vinda amiga, obrigada por seguir o blog. Abraços
ExcluirNossa!! Vocês pegaram um dos nossos melhores poetas modernistas, é maravilhoso juntamente com Drummond, Manuel Bandeira e Vinícius de Morais.
ResponderExcluirBeijos a vocês, amigas! Matéria maravilhosa!
Que bom amiga Taís que gostou. Obrigada pela visita e o comentário. Bjus
ExcluirMaravilhoso,Elza! João Cabral é um de meus preferidos e amei reler suas poesias. Isso é Brasil!
ResponderExcluirBeijos sabor carinho e linda semana
Donetzka
Obrigada amiga, Volte sempre, abraços
ExcluirBoa dose cultural por aqui ingerida!
ResponderExcluirBoa semana.
Sigo :)
Seja bem vindo amigo, obrigada por seguir o blog. Volte sempre.
ExcluirNão conhecia o poeta, muito obrigado pela partilha.
ResponderExcluirBeijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Obrigada querida pela visita, seja sempre bem vinda. bjus
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue maravilha de pesquisa para nos fazer reler e aprender mais de João Cabral, um ícone do Modernismo.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa que muito contribui para jovens leitores no valorizar nossos poetas.
Meu terno abraço Elza
Obrigada amigo, que bom que gostou. Bom saber. Abraços
ExcluirTecendo a noite, eis que me deparo com esta postagem que traz este poeta pernambucano de corpo, alma e poemas, em que é assente "a presentificação da experiência da palavra através da palavra, na palavra".
ResponderExcluirPoeta para ser lido bem repousado porque é para mãos com habilidade, que saibam manejar os poemas, pois nele, como bem expressa Jakobson, se apreende a linguagem poética, como a poética da linguagem, nos fazendo mais rico depois da leitura de cada poema dele.
Parabéns pela partilha!
Abraços,
Seja bem vindo José Carlos ao nosso blog. Obrigada pelo comentário, volte sempre. Abraços
ExcluirPrecioso homenaje.
ResponderExcluirBesos.
Obrigada Maria, seja bem vinda. Bjus
ExcluirPostagem maravilhosa Elza!
ResponderExcluirGosto de ler os poemas dele.
É de família esse talento, afinal
se não me engano ele era primo
do também autor Manuel Bandeira...
Bjs e bom feriado;)
Obrigada querida Clau, seja sempre bem vinda! Bjus
ExcluirNão conhecia este poeta. Mas gostei muito dos poemas que li.
ResponderExcluirMais um magnífico trabalho, parabéns.
Continuação de boa semana, amiga Elza.
Beijo.
Obrigada grande poeta, seja sempre bem vindo.
Excluirolá Elza:
ResponderExcluircomo é maravilhosa a arte brasileira..
as obras deste maravilhoso autor, são mesmo de uma imensa riqueza.
que bom que aqui se fala de poesia e cultura.
maravilhoso blog.
grande abraço.
:o)
Olá Eliane, obrigada pela visita e o comentário maravilhoso. Abraços
ExcluirExcelente partilha. Esse poeta é um ícone no mundo da poesia.
ResponderExcluirAbraços carinhosos!
Obrigada querida lúcia, volte sempre. Abraços
Excluir