Confira os diferentes tipos de textos
É fundamental conhecer os modos de organização de texto mais
pedidos nas redações de vestibulares e concursos. Veja como diferenciá-los.
Experimente listar os gêneros textuais que existem. Você
logo descobrirá que eles são inumeráveis. Cartas, ofícios, receitas, crônicas, resenhas literárias, bulas de remédios,poemas, manuais de instrução, artigos e romances são alguns deles.
Cada gênero de texto atende a um tipo de necessidade, proporcionando uma forma
de interação social. Para isso, ele se estrutura de uma maneira específica,
valendo-se dos chamados modos de organização de textos (ou tipos textuais).
A maioria dos autores identifica três tipos textuais:
narração, descrição e argumentação. Seguindo o que propõe a Gramática Houaiss,
acrescentamos um quarto modo - a injunção. Vale lembrar que um único texto pode
conter trechos com diferentes modos de organização.
Exemplos de alguns textos narrativos:
Resenha literária:
Esta postagem foi do blog da amiga Rudynalva
Gênero textual:
É um nome que se dá às diferentes formas de linguagem que
circulam socialmente, sejam elas formais ou informais.
TIPOLOGIA TEXTUAL (X) GÊNERO
TEXTUAL
NARRAR: Fábula; crônica; conto; romance...
RELATAR: Carta; notícia; entrevista; currículo...
ARGUMENTAR: Editorial; requerimento; anúncio
publicitário..
EXPOR: Seminário; verbetes em geral; relatório...
DESCREVER AÇÕES
[INSTRUIR]: Receitas; regras de jogos...
Exemplos de alguns textos narrativos:
Resenha literária:
Esta postagem foi do blog da amiga Rudynalva
http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
Apesar de conhecer em linhas gerais a história do célebre “Diário de Anne Frank”, sempre tive grande curiosidade a respeito desse livro. E agora, ao ser presenteado com um exemplar pelo querido amigo Marcos Lima, senti que o Universo estava sinalizando que eu deveria realmente lê-lo.
Fiquei totalmente capturado pela leitura, da primeira à última página. O que primeiro chama a atenção é o imenso talento narrativo da jovem Anne. Realmente, uma escritora nata, se já houve alguma. A tal ponto que, a princípio, cheguei a ter dúvidas de que o livro tivesse realmente sido escrito por uma criança de 13 para 14 anos. Depois, soube que existiu até uma polêmica a respeito, mas a autenticidade do livro foi definitivamente comprovada. Muitíssimo impressionante!
O Diário de Anne Frank é uma obra que só pode ser explicada pela espiritualidade, a meu ver. Era necessário que existisse um relato como o de Anne, como um testemunho vívido e emocionante do terrível desperdício de todas as guerras, especialmente as movidas por qualquer tipo de intolerância ou preconceito. Por isso foi necessário que uma jovem tão talentosa e com o sonho de se tornar uma grande escritora, conhecida em todo o mundo (o que de fato acabou acontecendo!) passasse pela difícil experiência que ela passou, tendo ao mesmo tempo a oportunidade de registrar cada etapa de sua via crucis no famoso diário.
Hoje, quando parecemos estar à beira de uma catástrofe atômica, mais do que nunca o relato de Anne Frank se faz necessário. É estarrecedor constatar que aquela menina possuía muito mais maturidade e discernimento que alguns de nossos líderes mundiais, que detêm o poder de decidir, em nome de todo o planeta, se devemos ou não iniciar uma guerra nuclear!
Outra reflexão marcou a leitura desse livro, que retrata de forma muito pungente a perseguição e os sofrimentos dos judeus durante a segunda guerra. Principalmente no início do diário, quando Anne conta como os judeus foram proibidos de frequentar clubes, cinemas, lanchonetes etc. Isso me fez pensar que o pobre é o judeu das eras. O que faz de nós todos nazistas em potencial. Como podemos achar natural e certo que uma pessoa não tenha direito a atendimento médico só porque não tem dinheiro? Ou que ela não possa ter acesso à cultura e à educação só por ser pobre? Como podemos aceitar que crianças morram de fome todos os dias?
Enquanto permitirmos que coisas assim continuem acontecendo, não temos o direito de nos sentirmos muito melhores que os nazistas.
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MANIFESTO – Mensageiros do Vento
Um experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!
POEMA
A narrativa poética pode-se assemelhar a uma dança literária
das palavras, atravessada pelo movimento do ritmo e das sonoridades. A
recriação contínua e interação concordante entre as palavras, ritmos e sons por
meio dos versos, estimula a redescoberta dos significados inseridos como
mensagens essenciais das coisas que conta.
Jardim florido
Autora: Gracita
A natureza perfeita
é digna de admiração
com suas nuances
multicores
desenha no solo
abençoado
um belo arco íris de
flores
adornado com matizes
de aquarela.
E um artesão
habilidoso
num bordado
rendilhado
simetricamente
articulado
vai tecendo com
habilidade
o jardim da geometria
Em cada canteiro
traçado
o artista esculpe o
esboço
inspirado na botânica
faz análise
combinatória
de estilos e cores
cria diversas
possibilidades
para agraciar o teu
gosto
O jardineiro escultor
semeia com amor
rosas, hortênsias,
petúnias
lírios, orquídeas e
jasmim em flor
Recria com esplendor
um verdadeiro mosaico
de flor
e um jardim florido
oferece ao seu amor.
Gracita
(Poema escrito em
2014)
http://brincarcompalavrass.blogspot.com.br/
CRÔNICA:Texto narrativo
O SEGREDO DA LONGEVIDADE
Autor: PEDRO LUSO DE
CARVALHO
http://pedrolusodcarvalho.blogspot.com.br
Um amigo falou-me, não faz muito tempo, sobre o seu
relacionamento, um tanto exótico, com uma moradora do mesmo edifício. Ela já
havia passado dos noventa anos, ele estava perto dos quarenta.
Durante o tempo que aí morou manteve-se solteiro. Ela nunca
se casou. Talvez essa condição de solteira, que carregou por toda a vida, tenha
gerado o sentimento de ódio, que por ele nutria.
Já no primeiro encontro, ele não teve bom pressentimento.
Ela não escondia sua aversão a ele, embora não lhe desse motivo. Esse
sentimento aparecia nos olhos turvos da esquisita vizinha.
Procurava desviar-se dos dardos envenenados com ódio, que a
velha senhora lançava contra ele, quando se encontravam no hall do edifício ou
num dos elevadores; ele nunca soube por que fora escolhido para ser o alvo de
suas frustrações.
Com o passar do tempo, ela ficou mais agressiva e mais
debilitada. Fazia seus curtos passeios à tarde, acompanhada por uma moça,
caminhando com dificuldade, passinhos muito miúdos, quase arrastados.
Embora mal conseguisse falar, meu amigo tinha sempre a
impressão de ouvi-la dizer, junto aos seus ouvidos, quando se cruzavam: “Você
ainda terá de me aguentar por muito tempo”.
A ele não restava outra solução que a visita a um
psiquiatra. Na primeira consulta, já tinha o diagnóstico: a velha senhora ainda
estava viva graças a motivação e a força que lhe dava essa rusga com ele
mantida.
E foi em atenção ao conselho do psiquiatra, que se mudou
para outro apartamento, situado em outro bairro. Passado um pouco mais de um
mês, ele leu num jornal a comunicação da família sobre o falecimento da velha
senhora.
Narração
O modo narrativo consiste na enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo. Nesse modo, que se caracteriza pela organização temporal, predominam os verbos de ação, em geral no passado.
Posicionamo-nos, enquanto usuários da língua, ora expondo
opiniões, ora descrevendo, persuadindo, informando e, em não raras as circunstâncias
comunicativas, narrando acerca de algo. Assim, moldados por tais
pressupostos, equivale dizer que todas essas modalidades se manifestam, tendo
em vista uma primeira noção, por meio da oralidade, que traduz uma forma
recorrente de praticarmos a interação social, mas também se efetivam de forma
recorrente por meio da modalidade escrita da linguagem.
Dessa forma, tomando como ponto de partida o ato de
narrar – alvo das intenções que ora nos propomos – chegamos à conclusão de
que todas as particularidades a ele pertinentes se fazem demarcadas nos muitos
textos que lemos, ora se materializando por meio de um conto, uma fábula,
um romance, uma novela literária, um apólogo, enfim. Abordando acerca
dessas particularidades, impossível não afirmar que delas temos de ter
conhecimento, justamente para compreendermos o porquê de muitos aspectos se
tornarem fatores preponderantes, tais como o narrador, personagens, tempo,
espaço, enredo, entre outros. Como se vê, dada essa importância, associada ao
fato de que não estamos imunes de concretizarmos todos esses conhecimentos por
meio da escrita, sentimo-nos incumbidos de preparar para alguém tão especial,
que no caso é você, esta seção, na qual terá a oportunidade de se tornar
familiarizado(a) acerca dos muitos aspectos, das muitas particularidades que
norteiam esse rol de textos considerados narrativos.
CONTO texto narrativo
CONTO texto narrativo
JARDIM DAS DESILUSÕES
Ana Bailune
Jardin de l'Hôpital Vaugirard |
JARDIM DAS DESILUSÕES
CAPÍTULO I
Ele diria que eu estava vivendo meu inferno astral – época que se dá pouco antes da data do aniversário de alguém, segundo os astrólogos. Mas aquele período já durava mais de um ano. Talvez ele chegasse em casa mais cedo, e me vendo deitada no sofá em frente à TV com cara de tédio, dissesse: “Levanta daí, e vá vestir alguma coisa bonita. Nós vamos sair.” E se eu perguntasse para onde estaríamos indo, ele me responderia que não sabia, pois ainda não pensara no assunto. Porque ele era assim. Ele era intenso, repentino, um baú de surpresas. E a gente sempre acabava caminhando pelas ruas de Paris e ficando levemente bêbados em algum café. Depois, chegávamos tarde em casa e ele ia dormir. Eu passava pelo corredor, e o escutava falando baixinho ao celular. Sabia – e como doía – que era com ela.
Jamais me esquecerei de um dia – uma sexta-feira – em que ele chegou em casa com uma faixa vermelha no cabelo. Achei engraçado e estranho, vê-lo com aquela mexa de cabelos vermelhos sobressaindo entre o castanho claro, quase louro. Perguntei por que ele tinha feito aquilo, e ele respondeu: “E por que não faria?” Quando minha boca recusou-se a se fechar de tanta surpresa, ele passou por mim piscando um de seus olhos azuis, e disse: “Não se preocupe: é papel crepom. Sai com água.” E eu pensei: “E por que não sairia?”
Nós dividíamos aquele apartamento em Paris com uma outra brasileira que também estudava Belas Artes, como ele, a Giulia. Eu estava fazendo pós em arquitetura. Nos encontramos através de um anúncio na internet onde Giulia oferecia duas vagas no apartamento de Paris que pertencia a um tio que morava em Los Angeles e que ela quase nunca via. Precisava dividir as despesas e conseguir dinheiro para manter-se por lá. O tio deixou que ela ficasse no apartamento o tempo que quisesse, e também que tivesse locatários.
Rue de Vaugirard |
O apartamento ficava no segundo andar de um prédio antigo, na Rue de Vaugirard, uma das mais longas de Paris, e também uma das mais calmas. Eu adorava aquela rua, pois além oferecer um comércio excelente, tinha também seis estações de metrô e o belíssimo Jardin de l'Hôpital Vaugirard, que tinha sido o jardim de um hospital e depois transformado em um parque. Era lá que eu passava grande parte do meu tempo livre, caminhando entre as flores ou sentada à sombra de uma árvore. Era ali que eu ficava pensando nele, sem correr o risco de que alguém percebesse.
E por mais estranho que parecesse, era quase sempre ele quem ia me buscar; de repente, ele surgia do nada, e quando me via (meu coração sempre batia escancaradamente mais forte naqueles momentos), Nando gritava: “Oh, ma petit mademoiseille Cristina!” E vinha andando na minha direção de maneira afetada, como se fosse uma espécie de mordomo do século passado. Eu ria para não chorar. Sabia de onde ela tinha vindo, e o perfume não me deixava nenhuma dúvida.
Ele se sentava ao meu lado, o ombro esbarrando no meu. Eu fingia que estava concentrada na leitura, e ele começava a me empurrar de leve com o ombro, o que me fazia rir, mas eu não erguia os olhos do livro que fingia ler. Eu bufava de impaciência, o que fazia com que ele me esbarrasse com mais força. Eu só conseguia pensar que, há apenas alguns minutos, aquele corpo estava envolvido nos lençóis e nos braços de outra mulher. Finalmente, eu fechava o livro, olhando-o nos olhos:
-O que você quer, afinal?
Ele olhava em volta antes de responder, os olhos cerrados pelo sol. Depois, soprava em meu rosto, dizendo:
-Nada... a Giulia me disse que você estava aqui. Acabei de chegar em casa.
Era quase sempre assim. Eu não sabia qual era a dele. Não sabia se ele sabia. Talvez eu fosse tão insignificante para ele, quero dizer, como mulher, que ele nem desconfiasse. Mas a Giulia já tinha percebido, e me desencorajava:
-Ele namora essa garota há séculos, desde o Brasil. Ela vem passar as férias aqui.
Mas a tal garota – Maria – acabou não apenas indo passar as férias, mas se mudando para Paris. Felizmente, não havia vagas no nosso apartamento, e ela foi morar em uma outra república perto dali. Eu percebia que Maria não gostava muito de mim, mas ficava na minha. Sabia que ela tinha seus motivos. Mulher sempre tem uma intuição forte para essas coisas, embora eu tivesse certeza de que ela não me via como uma ameaça. Na verdade, nem sei se ela realmente me via...
O que me fazia sentir ainda pior, era o fato de que ela era linda. Maria tinha cabelos negros, sedosos e lisos, pesados e volumosos, uma verdadeira cascata capilar maleável e perfumada que quase chegava até o meio das costas. Quem tem cabelos assim não deveria ter o direito de usá-los soltos! Além disso, ela era alta, magra, tinha unhas longas pintadas de vermelho, usava roupas de manequim (já tinha sido modelo durante algum tempo, Nando um dia me dissera). E tinha aqueles irritantes olhos verdes de gata, encimados por um par de sobrancelhas perfeitas e arqueadas. Maria era gritantemente bonita.
E eu, uma mulher que não crescera muito – apenas 1,60 – cabelos castanhos e ondulados, que eu esticava para manter um corte Chanel na tentativa de parecer um pouco mais sofisticada, olhos castanhos do tipo comum, os dedos das mãos terminando em unhas de pontas quadradas, enfim, o retrato da pessoa corriqueira, dessas que todo mundo passa por ela nas esquinas e nem nota.
Giulia também era muito bonita: uma ruiva natural de cabelos cortados bem curtos, olhos castanho-amarelados, pele perfeita, dentes muito brancos, pernas longas demais. Quando ela as cruzava na minha frente, sentada no sofá, eu sentia sempre uma pontinha de inveja, e encolhia as minhas perninhas na poltrona, enrodilhadas feito pequenas cobras.
Eu estava em desvantagem ali. Nando nunca olharia para mim, nunca me enxergaria, eu tinha certeza disso. Se um dia se cansasse de Maria, com certeza não seria eu a substituta. E ela sabia disso, pois não sentia ciúmes quando nós saíamos juntos.
Às vezes saíamos os quatro. Maria mal falava comigo, referindo-se sempre à Giulia e limitando-se a fazer algum comentário sobre o que eu dizia apenas para não parecer mal educada. Mas ela me olhava de cima – e isso nada tinha a ver com o fato de ser bem mais alta do que eu, pois naquelas ocasiões estávamos sentadas numa mesa de bar – e assentia com a cabeça a alguma coisa que eu tinha dito, dando o ar de um risinho piedoso. Ela às vezes abraçava Nando pelo pescoço, e ficava arrulhando alguma coisa no ouvido dele. Naqueles momentos, eu queria que o chão se abrisse e eu fosse tragada até a China – sem chance de volta. E quando a noite terminava e ele ia embora com ela, eu e Giulia íamos caminhando sozinhas até o apartamento pelas calçadas vazias da nossa rua, em silêncio, até que ela explodia:
- Nunca vou entender por que você faz isso consigo mesma. Poderia ter dado uma desculpa para não ir, sei lá.
Eu encolhia os ombros, e não respondia. Na manhã seguinte, me refugiava em meu jardim dos sonhos, o consolador Jardin de l'Hôpital Vaugirard. Tentava não chorar muito durante a noite para não ficar com os olhos inchados demais.
O fato é que eu estava ficando cada vez mais melancólica, desde que Maria se mudara para Paris, e Nando já tinha percebido a minha tristeza. Vivia fazendo palhaçadas para tentar me alegrar. Será que ele não sabia mesmo qual o verdadeiro motivo da minha tristeza? Quando ele perguntava alguma coisa, eu dizia que estava com saudades de casa, da minha mãe, do meu pai, do meu cachorro. Ia revezando minhas saudades entre eles. Então Nando se sentava ao meu lado e passava o braço em volta do meu pescoço, como ele faria com qualquer amigo homem, e dizia:
-Vai passar. Com o tempo, você se acostuma.
Ou então vinha com aquela história de inferno astral.
Eu não sabia mais o que fazer. Aquela situação já durava um pouco mais de um ano. Aquela paixão que doía, me escravizava, me fazia sangrar por dentro. E nada mudava. Maria às vezes aparecia por lá de repente, e se trancava no quarto com o Nando. Enquanto eu estava sentada na sala assistindo TV, ficava imaginando o que estava acontecendo lá dentro. Eu reclamava com Giulia:
-As regras da casa diziam que era proibido trazer namorados para casa! Você não vai falar nada? Essa situação não pode continuar!
Ela se desculpava:
-Maria agora é da casa. Ela não é alguém que o Nando pegou na rua, ela é... a namorada oficial dele. E também é nossa amiga.
-Sua amiga.
Ela bufava:
-Está bem: minha amiga! Eu gosto dela. Você só não gosta porque...
Ela se calou.
Eu recolhi a minha insignificância, pus debaixo do braço e fui para o meu quarto.
Bati a porta quando entrei só para incomodar os dois pombinhos ao lado. Me deitei na cama, sabendo que a apenas alguns centímetros de parede de distância, os dois deveriam estar engalfinhados, ela com aquele par de pernas longas enroscadas em volta dele... ou do pescoço dele. E eu escutei um risinho seguido de um gemido. Tapei a cabeça com o travesseiro.
(continua)
Conto maravilhoso que com certeza lhe deixou curioso para ler todo conto. Aqui, vale a pena.
https://anabailunecontos.blogspot.com.br/2017/08/jardim-das-desilusoes.html#comment-form
“Joana tem
18 anos e deseja cursar jornalismo na faculdade. Hoje, sua vida no cursinho
pede escolhas e a jovem já sabe: terá de estudar, no mínimo, oito horas por dia
para alcançar seu sonho. Assim como Joana, há milhares de jovens brasileiros
que passam a maior parte do dia debruçados sobre livros. Será mesmo que o
modelo vigente de ensino funciona no país?”
Descrição
O modo descritivo consiste na apresentação de traços ou características de um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena. Predominam neste tipo textual os verbos de situação, em geral no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo, bem como as expressões qualificativas. Na descrição, as características ocorrem simultaneamente e têm organização espacial.
Descrever acerca
de algo representa uma situação comunicativa ligada às atitudes cotidianas,
haja vista que nos pegamos descrevendo sobre um ambiente, um objeto, sobre
aquela pessoa que acabamos de conhecer, enfim, trata-se de algo rotineiro.
Equivale afirmar que tal procedimento tanto se opera no nível da fala quanto no
da escrita, e é nos apoiando nesse último dos contextos que focalizamos nossas
intenções para deixá-lo(a) um pouco mais a par de todas as particularidades
presentes nessa modalidade.
Abordando acerca dela, torna-se imprescindível afirmarmos
que ela provém de certo convencionalismo, certa rigidez, por isso, tudo que a
ela se restringir tem de estar minuciosamente detalhado e apreendido. Dessa
forma, subsidiando-nos nesse pressuposto, reservamos um momento destinado somente
a você, que além de representar nosso maior propósito, ainda precisa estar
familiarizado(a) acerca de todas as particularidades que norteiam a língua como
um todo, e nela falando, não podemos deixar de lado a produção escrita,
obviamente. Nesse sentido, a seção que aqui se apresenta tem por finalidade
realizar algumas abordagens no âmbito da descrição, ora se manifestando
como uma espécie de fotografia verbalizada, visto que o observador, diante do
objeto analisado, ocupa-se em descrevê-lo segundo alguns princípios
específicos.
Assim, antecipá-los seria como se estivéssemos retirando de
você, caro(a) usuário(a), a oportunidade de se interagir, ampliar os
conhecimentos, enfim, estreitar laços de familiaridade acerca dos pontos que
demarcam as tantas situações comunicativas em que estamos inseridos, sobretudo
tendo em vista que, ao nos posicionarmos enquanto interlocutores, temos um
objetivo a cumprir com as mensagens que ora produzimos.
Como se vê, razões não nos faltam para deixá-lo(a) ainda
mais motivado(a) a conferir acerca das novidades que aqui se encontram
preparadas para você!!! Aproveite, pois!
Argumentação
O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a finalidade de defender uma opinião e convencer o interlocutor. Na argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica, manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, conclusão, etc.
Textos argumentativos são aqueles que apresentam recursos,
justificativas e alegações com o objetivo principal de persuadir o leitor sobre
determinado ponto de vista.
Lembra-se de quando você tinha que produzir incontáveis
textos argumentativos para se preparar para o Enem durante o ensino médio ou
cursinho? Provavelmente, você deve ter se cansado de ler, estudar e se
posicionar sobre os assuntos do momento, fazer diversas propostas de
intervenção com um único objetivo: convencer o leitor acerca do seu ponto de
vista sobre o tema.
A boa notícia é que a maioria dos tópicos que você aprendeu
nas aulas de redação da escola e do cursinho podem ajudar bastante, hoje, no
conteúdo que você produz para a web. Sim! Isso porque há vários elementos nos
textos argumentativos que também são utilizados na escrita para internet.
Ou seja, dá para investir seus conhecimentos passados em sua
carreira como redator. Maravilha, não é mesmo? Veja o que será abordado a
seguir:
Introdução
Trazendo clareza e objetividade ao texto
Narração
Definição
Citação
Estrutura
Começando pela tese
Começando pelos argumentos
Estratégias argumentativas
Analogia
Apelo emocional
Prolepse
Tipos de argumento
Argumento de autoridade
Argumento de ilustração
Argumento por lógica
Falácias lógicas: como evitá-las!
Estrutura
Todo texto argumentativo — não importa se é um artigo de
opinião, uma dissertação do Enem ou um blog post — deve apresentar 3 elementos:
A tese, ou seja, o ponto de vista que será defendido,
da qual já falamos;
Os argumentos, que sustentam esse ponto de vista;
A conclusão, que condensa e reforça o que foi
apresentado.
Talvez você esteja pensando que, nos tempos de cursinho, viu
essa divisão com os nomes de introdução, desenvolvimento e conclusão. Bom,
qualquer texto que se preze, seja ele argumentativo ou não, precisa ter
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Agora, no caso dos textos argumentativos, existem várias
estruturas que são possíveis.
Vamos ver algumas delas mais a fundo:
Começando pela tese
Essa
é a estrutura tradicional e indicada para quem
vai prestar Enem. O texto se inicia com a apresentação
da tese na introdução, que é defendida pelos argumentos
desenvolvidos nos parágrafos seguintes e, por fim, retomada na conclusão, agora
com o reforço dos argumentos elencados.
Começar
pela tese é uma boa maneira de construir uma introdução sucinta e honesta, que diz
rapidamente para o leitor qual é o objetivo daquele texto.
Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
Como começar pelo argumento
Nesse caso, os argumentos são apresentados primeiro e seu desdobramento lógico leva à tese. A ideia é conduzir o raciocínio do leitor, de maneira que ele chegue à mesma conclusão que o texto à medida que lê.
Nesse caso, os argumentos são apresentados primeiro e seu desdobramento lógico leva à tese. A ideia é conduzir o raciocínio do leitor, de maneira que ele chegue à mesma conclusão que o texto à medida que lê.
Estratégias argumentativas
Antes
de entrar de cabeça nas estratégias que podem melhorar seus textos
argumentativos, uma pergunta: você sabe a diferença entre estratégia e argumento?
Explicando
resumidamente, argumento são todas as informações que você usa para defender
seu ponto de vista. Já as estratégias são as maneiras como você expõe, articula
e apresenta essas informações.
SAIBA MAIS:
Analogia
Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
O texto dissertativo argumentativo tem como principais
características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista
ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de
argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias
que ele irá desenvolver. As três características básicas de um texto
dissertativo são:
- Apresentação do ponto de vista
- Discussão dos argumentos
- Análise crítica do texto
A diferença desse modelo para um texto narrativo, por
exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, contendo alguns
elementos importantes como personagens, local, tempo (intervalo no qual
ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto
dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista
usando argumentos.
Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na
terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira pessoa do singular (subjetiva),
veremos a seguir exemplos de cada uma delas:
Dissertação Objetiva
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o
leitor, já que os argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás,
confere ao texto um ar de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do
autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar mais
facilmente as ideias expostas no texto.
Dissertação Subjetiva
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio
do uso da primeira pessoa do singular (eu), evidenciando que os argumentos são
resultados da opinião pessoal de quem escreve (não que no texto objetivo também
não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão presentes também
neste último caso).
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um
texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto subjetivo. Repare na
diferença que existe entre os dois:
1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre
resultado de uma demolição ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro
tipo que simboliza um tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às
mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.”
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não
posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos no cenário público do
Brasil. Toda essa movimentação em torno dos casos de corrupção que assolam a
nação me fez pensar sobre a importância da ética nas relações sociais em todos
os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral tão importante esteja
sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de privilégios
pessoais a qualquer custo.”
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da
primeira pessoa.
Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a
frases do tipo:
– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao
meio ambiente”
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse
privilégio”.
As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural
ficariam:
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao
meio ambiente”
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem todos têm
esse privilégio”.
Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural,
nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”).
As frases sempre ficam impessoais.
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito
importante que você escolha e mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você
escolheu a escrita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito
comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos candidatos mistura esses
dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. Fique atento
a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual
estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim!
O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do
plural, pois essa forma de escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida
com fidelidade. O texto objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de
“autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto subjetivo, tem-se uma
impressão de que tudo está somente de acordo com a opinião do autor, enquanto
que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. Isso é o que
fortalece o caráter objetivo.
Recomendamos também que você pratique suas redações
utilizando sempre o mesmo estilo para se acostumar. Isso vai ajudar você a não
misturar as coisas depois. Então comece a praticar desde já o texto objetivo
para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços subjetivos misturados.
A Argumentação do Texto Dissertativo
Um texto argumentativo, como já comentamos, é
aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando fazer
com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os
argumentos.
A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim
ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que
se identifique a tese (ideia principal), para então fazer a pergunta “por quê”?
Por exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em
uma boa argumentação (por isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que
isso ocorra, é preciso que se organizem as ideias que serão expostas.
Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem ser utilizados
em uma redação:
Tipos de argumentos
– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no
conhecimento de um especialista da área. É um modo de trazer para o texto o
peso e a credibilidade da autoridade citada. Por exemplo: “Conforme afirma
Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens,
mas o prestígio decorrente dela”.
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a
demonstração de um especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse
caso, não precisamos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento
na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico do país”. Repare
que essa afirmação não precisa de embasamento teórico, pois é um consenso
global.
– A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de
argumentação é fundamentada na documentação com dados que comprovam ou
confirmam sua veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes
descobertas científicas. Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso
percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam.
Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina”. Observe que, nesse
caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes
descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming.
– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se
baseia em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e
efeito, consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida
humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma
vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria
irreparável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se pode
aceitar a pena de morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na
sentença, o que permitiu que se chegasse a tal conclusão.
Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na
construção de um texto argumentativo.
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e
concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto argumentativo” ou ainda
“texto dissertativo argumentativo”, mas todos se referem a esse mesmo padrão de
texto que mencionamos nesse artigo.
A
analogia é uma figura de linguagem que consiste em estabelecer paralelos e
semelhanças entre situações, a princípio, distintas.
Com
isso, é possível aproximar a situação em questão das experiências vividas pelo
seu leitor (ou, no caso do marketing de conteúdo, pela sua persona),
simplificando o entendimento de algo fora da sua realidade.
Quando
bem aplicada, essa estratégia permite aumentar o apelo emocional do texto (sobre
o qual vamos falar daqui a pouco). Para isso, porém, é preciso garantir que ela
não seja simplista demais.
Apelo emocional
Essa
estratégia tem a ver com algo chamado pathos, termo que, para os
gregos, designava a paixão e o sentimento. A ideia aqui é despertar a emoção no
seu leitor, a fim de conquistar o lado emocional que faz parte da formação de
qualquer opinião, por mais racional que ela seja.
Para
escrever um texto com bastante apelo emocional, é importante conhecer as dores
da sua persona e elencar argumentos próximos da sua realidade.
Apesar
do nome “apelo emocional”, porém, o ideal é não exagerar demais. Afinal, você
não quer que seu texto fique com um tom excessivamente piegas e meloso!
Prolepse
Esse
é o nome chique da estratégia de se antecipar aos argumentos do seu
interlocutor (no caso de um texto, do seu leitor) e se antecipar a eles.
Essa
estratégia é facilmente observada em debates políticos, em que um candidato, já
conhecendo as pautas de seu adversário, desconstrói seus argumentos antes mesmo
que ele possa apresentá-lo, exigindo dele jogo de cintura para contra-argumento.
A
prolepse pode ser usada, por exemplo, para estruturar um texto sobre a
importância de se manter fisicamente ativo. Você pode começar sua produção
listando as principais objeções às atividades físicas (é difícil encontrar
tempo, fazer exercícios é chato) e desconstruir cada uma delas em um
intertítulo.
Tipos
de argumento
Agora
que você já conhece algumas estratégias que podem te ajudar no seu texto, vamos
ver alguns tipos de argumento que você pode usar para sustentar sua tese:
Argumento de autoridade
Esse
argumento toma emprestada a credibilidade da sua fonte, como um instituto de
pesquisa, um pesquisador ou uma testemunha, tão importante para os jornalistas.
Como
a força desse argumento vem justamente da sua fonte, é fundamental incluir
links para as pesquisas mencionadas ou citar a instituição por trás delas. Dizer
“pesquisas apontam” é o mesmo que não dizer nada, justamente
porque, quando você faz isso, está deixando de fora a credibilidade do
argumento.
Vale
mencionar também que, quando você está escrevendo como ghost
writer (o que é o caso da maioria das produções de conteúdo
para a web), a sua própria autoridade não significa nada, pois o seu nome não
está atrelado ao texto.
Não
importa se você for phD no assunto sobre o qual está escrevendo: será
necessário sustentar seus argumentos com fontes verificáveis e confiáveis.
Argumento de ilustração
Aqui,
trata-se usar exemplos para confirmar que os pontos levantados são, de fato,
observáveis na realidade. Vale mencionar que os exemplos não precisam ser
apenas positivos: se a ideia é comprovar, por exemplo, a necessidade de colocar
uma coleira de identificação no seu cãozinho, você pode citar tanto casos em
que a presença da coleira teve final feliz como situações em que, por não ter
identificação, o animal não foi encontrado.
Argumento por lógica
Você,
provavelmente, já viu por aí aqueles exercícios simples de lógica, compostos de
3 sentenças, como “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é
mortal”. Essa é a estrutura básica de qualquer argumento lógico.
Mas
não se preocupe, porque não é preciso dividir todo o seu texto em premissas e
conclusões e tentar entender o raciocínio lógico entre elas. Argumentar por
lógica é bem mais simples do que isso — relações de causa e consequência e de
condicionalidade são excelentes exemplos de argumentos lógicos.
Falácias lógicas: como evitá-las!
Primeiro, vamos à definição das falácias, que nada mais são
do que tentativas de convencer o leitor por meio de informações que não seguem
uma lógica coerente. Na prática, por exemplo, significa usar argumentos
desconexos para criar um apelo emocional exagerado ou deturpar o argumento de
uma pessoa para um contra-ataque mais impactante.
Ou seja, na verdade, essa é uma maneira de enfraquecer o seu
argumento. Então, evitar alguns caminhos que nos induzem ao uso dessas falácias
é ideal. Utilizando o exemplo citado acima, seria algo nesse sentido: “Todo
homem é mortal. Sócrates é homem. Joana não é homem. Logo, Joana é imortal”.
Oi?
Portanto, não seja esse redator que usa esse tipo de
argumento por lógica utilizando uma sequência non-sense para
sustentar seu ponto de vista.
Outro exemplo que você deve evitar é apelar para a
popularidade de um argumento não válido como forma de referendar seu
posicionamento. São aquelas alegações sobre as quais a maior parte das pessoas
certamente concordaria, mas que não são, de fato, verdadeiras.
Exemplos desse uso são muito comuns em discursos e textos
que falam sobre senso de justiça, por exemplo, ao avaliar quem deveria estar ou
não custodiado. Tão logo identifique as falácias lógicas no seu texto,
retire-as.
Conclusão
Essa etapa do texto é ideal para retomar o seu ponto de
vista, reforçá-lo e, se possível, aproximá-lo da realidade. No caso do
marketing de conteúdo, um bom caminho é sugerir à persona como aquele blog post
pode ser útil na vida dela ou, quem sabe, convidá-la a estudar mais sobre o
tema sobre o qual discorre.
No geral, esse é o momento em que o autor do texto diz ao
leitor: eu me importo contigo, desejo que você aprenda e quero te oferecer
ainda mais conteúdo.
Outro atributo importante de uma boa conclusão é incluir a
chamada para ação, em inglês intitulada call to action. Ela deve indicar o
passo seguinte que você deseja que o leitor faça a partir do seu texto, como
compartilhar conteúdo nas redes sociais, deixar comentário ou baixar e-book.
Para os casos do texto argumentativo, essa é a hora em que
você tem para finalizar a conversa, apresentando uma solução e/ou sugestão para
o problema posto. Mais uma vez, lembre-se: momento para ser sucinto e direto…
Sem delongas!
Bom, fale a verdade: você imaginou que tivesse tanta coisa por
trás das redações que você escrevia se preparando para o Enem? Ou que poderia
aplicar todo esse conhecimento na sua carreira como redator? Pois bem, nós
também não!
Injunção
O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade de persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas características é o emprego do imperativo.
Fontes:
http://educacao.globo.com/telecurso/noticia/2015/03/narrativo-descritivo-argumentativo-confira-os-diferentes-tipos-de-textos.html
http://comofazerumaboaredacao.com/texto-dissertativo-argumentativo/
http://comofazerumaboaredacao.com/texto-dissertativo-argumentativo/
https://comunidade.rockcontent.com/textos-argumentativos/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/textos-descritivos.htm
http://brincarcompalavrass.blogspot.com.br/
https://anabailunecontos.blogspot.com.br/2017/08/jardim-das-desilusoes.html#comment-form
Para saber mais, consulte:
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
FIORIN, J. L. e SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1999.
Pesquisa e organização da postagem: Profª Lourdes Duarte
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
FIORIN, J. L. e SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1999.
Olá Elza
ResponderExcluirEu amo literatura e a nossa Língua Portuguesa em todas as suas vertentes
E quando eu chego aqui nessa biblioteca virtual sou acometida por um estupor mental e fico a ler e reler para agregar ao meu conhecimento todas essas informações elucidativas que você e Lourdes preparam com tanto zelo para o nosso deleite
Feliz estou querida por mais uma vez ter um poema meu abrilhantando o trabalho belíssimo disponibilizado aqui. Obrigada Elza.
Beijos e minha gratidão
Como é bom ler seu comentário e ter sua aprovação, querida amiga e colega de profissão, professora Gracita. Sim, junto com a Lourdes estamos nos esforçando para organizar postagens didáticas e sempre que possível, valorizar nossos seguidores escritores que são muitos e com grandes competências. Abraços, volte sempre.
ExcluirQuerida Elza, essa matéria e tantas outras desse blog deveria fazer parte de cursinhos para os vestibulandos...
ResponderExcluirTenho certeza que seria muito útil àqueles que não tem nenhuma intimidade com a escrita! Mais claro do que está é impossível.
Belo trabalho, como sempre!
Aplaudo.
Beijo, amigas!
Ficamos agradecidas e felizes querida Taís em ter sua aprovação na postagem. Grata por tudo. Volte sempre esse cantinho é nosso. Abraços
ExcluirOlá, Elza.
ResponderExcluirPostagem oportuna, sobretudo nesses tempos em que muitas pessoas parecem não saber ler ou escrever e ainda se comprazem nesse "analfabetismo funcional", endêmico no Brasil. Trato disso no último post lá do blog.
Um abraço.
Olá Prof Antônio, que bom saber que você está gostando do que postamos. Com certeza iremos apreciar sua postagem que deve ser muito interessante. Grata pela visita, volte sempre.
ExcluirOlá, amiga Elza!
ResponderExcluirGostei muito deste trabalho, que poderá agradar aos todos os leitores amantes de literatura, e também a quem estiver interessado em aprender a escrever poemas, crônicas e outros gêneros literários. Este é é um espaço de cultura, que merece ser visitado. Aproveito para dizer-te que fiquei muito contente ao ver minha crônica editada entre tantos trabalhos, nesta postagem. Muito obrigado.
Um abraço.
Pedro
Que bom grande poeta, saber que nosso trabalho aqui tem sua aprovação. Nós é que ficamos agradecidas por não se opor em ter sua crônica aqui nessa postagem, Volte sempre, abraços
ExcluirQue aula maravilhosa! AbraçO!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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