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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Composição étnica do Brasil - Miscigenação e a Cultura Brasileira: da diversidade à desigualdade



A riqueza Humana consiste na diversidade cultural  do presente e do passado.


Composição étnica do Brasil - Miscigenação


   Não  existe na atualidade nenhum grupo humano racialmente puro. As populações contemporâneas são o resultado de um prolongado processo de miscigenação, cuja intensidade variou ao longo do tempo.

    Miscigenação é o cruzamento de raças humanas diferentes. Desse processo, também chamado mestiçagem ou caldeamento, pode-se dizer que caracteriza a evolução do homem. Mestiço é o indivíduo nascido de pais de raças diferentes (apresentam constituições genéticas diferentes).

    Esses conceitos, porém, são ambíguos, como o próprio conceito de raça. O filho de um alemão e uma sueca, por exemplo, não é considerado mestiço, mas sim alemão ou sueco, conforme o meio em que ocorrer sua socialização. O filho de um alemão e uma vietnamita, ao contrário, será considerado mestiço (eurasiano), seja qual for o meio em que se der sua integração.

      Popularmente, considera-se miscigenação a união entre brancos e negros, brancos e amarelos, e entre amarelos e negros, ou seja, os grandes grupos de cor em que se divide a espécie humana e que, na concepção popular, são tidos como “raças”. Brancos, negros e amarelos, no entanto, não constituem raças no sentido biológico, mas grupos humanos de significado sociológico que o senso comum identifica por um traço peculiar — no caso, a cor da pele.
    Na história do Brasil, a ocorrência da mestiçagem é bastante pronunciada. Esse fato gerou uma identidade nacional singular e um povo marcadamente mestiço na aparência e na cultura.


       O Brasil, como se sabe, é um país com uma grande diversidade étnica, ou seja, apresenta uma elevada variedade de raças e etnias. Nesse caso, o termo “raça” não é compreendido em seu sentido biológico, mas sim em seus aspectos socioculturais de modo a diferenciar os grupos populacionais por características físicas externas, geralmente a cor e outros aspectos. Já o termo “etnia” costuma definir as populações com base também em suas diferenciações culturais e linguísticas, envolvendo também tradições, religiões e outros elementos.

       Há, dessa forma, uma incontável variedade de tipos que definem a composição étnica do Brasil. Por exemplo, só de indígenas, segundo dados do IBGE, existem cerca de 305 etnias que pronunciam mais de 270 idiomas. Esse número é acrescido às diferentes ramificações de povos europeus, africanos, asiáticos e tantos outros que descenderam dos povos que migraram para o país durante o seu período histórico pós-descobrimento.

     De um modo geral, podemos dizer que a composição étnica brasileira é basicamente oriunda de três grandes e principais grupos étnicos: os indígenas, os africanos e os europeus. Os índios formam os agrupamentos descendentes daqueles que aqui habitavam antes do período do descobrimento efetuado pelos portugueses. Com a invasão dos europeus, boa parte dos grupos indígenas foi dizimada, de modo que várias de suas etnias foram erradicadas.

     Já os negros africanos compõem o grupo dos povos que foram trazidos à força da África e que aqui foram escravizados, sustentando a economia do país durante vários anos por meio de seu trabalho. Boa parte de nossa cultura, práticas sociais, religiões, tradições e costumes está associada a valores oriundos desses povos. Dentre as etnias africanas que vieram para o Brasil, destacam-se os bantos, os sudaneses e outras populações.

     Já os povos europeus que vieram para o Brasil basicamente se formaram de populações portuguesas, além de grupos franceses, holandeses, italianos, espanhóis e outros, que configuraram a matriz étnica predominante no país, segundo vários estudos.

  
     Mas é claro que essa divisão é apenas uma visão simplista, pois é impossível dizer que apenas essas etnias formam a população brasileira, conforme o “mito das três raças” e suas derivações. Na verdade, existem centenas ou talvez milhares de agrupamentos diferentes ao longo do território brasileiro, de modo que qualquer classificação sempre restringirá a um certo limite algo que é muito mais amplo.

      O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica a população brasileira com base em cinco tipos diferentes de raças: os brancos, os negros, os pardos, os amarelos e os indígenas, cuja distribuição podemos observar no quadro a seguir, elaborado com base em informações obtidas pelo Censo Demográfico de 2010.


As etnias no Brasil

Dificilmente existe uma nação com tão complexa e variada composição étnica de sua população. No caso do Brasil, a formação populacional advém de basicamente cinco distintas fontes migratórias, são elas:

- os nativos, que se encontravam no território antes da chegada dos portugueses. Esses povos eram descendentes de homens que chegaram às Américas através do Estreito de Bering;

- os portugueses, que vieram para o Brasil a fim de explorar as riquezas da colônia;

- os negros africanos, que foram trazidos pelos europeus para trabalhar nos engenhos na produção do açúcar a partir do século XVI;

- a intensa imigração europeia no Brasil, sobretudo no sul do país;

- a entrada de imigrantes oriundos de várias origens, especialmente vindos da Ásia e Oriente Médio.

Com base nessas considerações, a população brasileira ficou com a seguinte composição étnica:


Brancos: a grande maioria da população branca tem origem europeia (ou são descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal área.

    Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou a mão de obra escrava no mundo. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste.


Indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente existem 170 mil na região Norte e no Centro-Oeste 100 mil.



Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e indígenas, formando três grupos de miscigenação.



Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa 24% da população e ocorre com maior predominância no Nordeste e Sudeste.



Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas. No país respondem por 16% da população nacional. Esse grupo se encontra nas áreas mais longínquas do país.



Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é restrita e corresponde a 3% da população. É encontrado com maior frequência na Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste.

Cultura Brasileira: da diversidade à desigualdade

         Mesmo admitindo a existência de diversos estudos e discussões antropológicas sobre o conceito de cultura, podemos considerá-la, grosso modo, da seguinte forma: a cultura diz respeito a um conjunto de hábitos, comportamentos, valores morais, crenças e símbolos, dentre outros aspectos mais gerais, como forma de organização social, política e econômica que caracterizam uma sociedade.

    Além disso, os processos históricos são em grande parte responsáveis pelas diferenças culturais, embora não sejam os únicos fatores a se considerar. Isso nos permite afirmar que não existem culturas superiores ou inferiores, mas sim diferentes, com processos históricos também diversos, os quais proporcionaram organizações sociais com determinadas peculiaridades. Dessa forma, podemos pensar na seguinte questão: o que caracteriza a cultura brasileira? Certamente, ela possui suas particularidades quando comparada ao restante do mundo, principalmente quando nos debruçamos sobre um passado marcado pela miscigenação racial entre índios, europeus e africanos.

      A cultura brasileira em sua essência seria composta por uma diversidade cultural, fruto dessa aproximação que se desenvolveu desde os tempos de colonização, a qual, como sabemos, não foi, necessariamente, um processo amistoso entre colonizadores e colonizados, entre brancos e índios, entre brancos e negros. Se é verdade que portugueses, indígenas e africanos estiveram em permanente contato, também é fato que essa aproximação foi marcada pela exploração e pela violência impostas a índios e negros pelos europeus colonizadores, os quais a seu modo tentavam impor seus valores, sua religião e seus interesses. Porém, ao retomarmos a ideia de cultura, adotada no início do texto, podemos afirmar que, apesar desse contato hostil num primeiro momento entre as etnias, o processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade da cultura brasileira no que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que poderiam compor o que alguns autores chamam de caráter nacional.

     A culinária africana misturou-se à indígena e à europeia; os valores do catolicismo europeu fundiram-se às religiões e aos símbolos africanos, configurando o chamado sincretismo religioso; as linguagens e vocabulários afros e indígenas somaram-se ao idioma oficial da coroa portuguesa, ampliando as formas possíveis para denominarmos as coisas do dia a dia; o gosto pela dança, assim como um forte erotismo e apelo sexual juntaram-se ao pudor de um conservadorismo europeu. Assim, do vatapá ao chimarrão, do frevo à moda de viola caipira, da forte religiosidade ao carnaval e ao samba, tudo isso, a seu modo, compõe aquilo que conhecemos como cultura brasileira. Ela seria resultado de um Brasil-cadinho (aqui se fazendo referência àquele recipiente, geralmente de porcelana, utilizado em laboratório para fundir substâncias) no qual as características das três “raças” teriam se fundido e criado algo novo: o brasileiro. Além disso, do ponto de vista moral e comportamental, acredita-se que o brasileiro consiga reunir, ao mesmo tempo, características contraditórias: se por um lado haveria um tipo de homem simples acostumado a lutar por sua sobrevivência contra as hostilidades da vida (como a pobreza), valorizando o mérito das conquistas pessoais pelo trabalho duro, por outro lado este mesmo homem seria conhecido pelo seu “jeitinho brasileiro”, o qual encurta distâncias, aproxima diferenças, reúne o público e o privado.

    Ainda hoje há quem possa acreditar que nossa mistura étnica tenha promovido uma democracia racial ao longo dos séculos, com maior liberdade, respeito e harmonia entre as pessoas de origens, etnias e cores diferentes. Contudo, essa visão pode esconder algumas armadilhas. Nas ciências sociais brasileiras não são poucos os autores que já apontaram a questão da falsidade dessa democracia racial, apontando para a existência de um racismo velado, implícito, muitas vezes, nas relações sociais. Dessa forma, o discurso da diversidade (em todos os seus aspectos, como em relação à cultura), do convívio harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social. Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho. Isso não significa que vivamos numa sociedade racista e preconceituosa em sua essência, mas sim que esta carrega ainda muito de um juízo de valor dos tempos do Brasil colonial, de forte preconceito e discriminação. Além disso, se a diversidade cultural não apagou os preconceitos raciais, também não diminuiu outro ainda muito presente, dado pela situação econômica-social do indivíduo.
É preciso considerar que a escravidão trouxe consequências gravíssimas de ordem econômica para a formação da sociedade brasileira, uma vez que os negros (pobres e marginalizados em sua maioria) até hoje não possuem as mesmas oportunidades, criando-se uma enorme distância entre as estratificações sociais. Como sugere o antropólogo Darcy Ribeiro, mais do que preconceitos de raça ou de cor, têm os brasileiros um forte preconceito de classe social.

Dessa forma, o Brasil da diversidade é, ao mesmo tempo, o país da desigualdade. Por isso tudo é importante que, ao iniciarmos uma leitura sobre a cultura brasileira, possamos ter um senso crítico mais aguçado, tentando compreender o processo histórico da formação social do Brasil e seus desdobramentos no presente para além das versões oficiais da história.


Pluralidade da Cultura Brasileira
Sonia Nogueira

I
Brasil de colorido intenso, vibrante,
Dos povos variados fiéis ás raças.
Branco, preto, mulato, pardo, amante,
Trouxe em cada cultura saber e graça. 


Unidos num só dialeto, o português.
Em cada conhecimento uma criação,
Em cada aprendizado nato à altivez,
Elevando o país, espalhando emoção.


Transmite de geração a geração,
Um tributo nato das habilidades.
Saberes nas artes, crenças, religião,
Leva na bagagem sonhos, liberdades.


A pluralidade da cultura brasileira,
Vemos na garra da gente guerreira.

II
Vemos na garra da gente guerreira,
No artesanato, com mãos de fada,
Festas carnavalescas sem fronteiras,
Encantando o turista em revoada.


No canto em sinfonias variadas,
A culinária em sabores distintos,
No barro as esculturas projetadas,
A fé, a cura, nos templos Divinos.


Cultura, expressão maior da nação,
Portal de entrada que se alastra.
Levamos estampados na construção,
Nos costumes, imbuído na pilastra.


Como um troféu do país progresso.
Que seja a cultura lema do sucesso. 

***

Pesquisa e orgamização da postagem: Profª Lourdes Duarte

FOTES:
Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/as-etnias-no-brasil.htm
http://brasilescola.uol.com.br/geografia/composicao-etnica-brasileira.htm
http://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/os-povos-no-brasil-miscigenacao
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=54645



14 comentários:

  1. Parabéns ao trabalho que estão desenvolvendo neste blog. Postagens com muitos conhecimentos importantes. Uma verdadeira biblioteca virtual. Aqui os jovens estudantes encontram um diversidade de textos de diferentes disciplinas. Muito bom, parabéns!

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  2. muito interessante este post !!!
    o "cadinho" brasileiro é motivo de orgulho nosso. Acho que isso não aconteceu em lugar nenhum do mundo. Porém é arrepio para os defensores da "raça pura", coisa que nos entristece em ver, mas que é muito real. é só observarmos a volta dos neo nazistas no poder. Que triste isso !!
    Mas nossa riqueza cultural é imensa e apaixonante, deixa como um rastro na areia a ideia de uma raça superior. Esse rastro logo se apaga e uma nova nação se ergue, em busca de igualdades sociais, porém nunca raciais.
    Eu sou otimista em relação ao nosso país. O Brasil tem tudo por fazer, estamos engatinhando em questões sociais e políticas. Mas eu acredito que este "cadinho" , um dia vai trazer uma sociedade mais justa e rica em cultura , beleza e arte !!
    grande abraço.
    :o)

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    1. Fico feliz que gostou amiga. Seus comentários são importantes. Obrigada! Volte sempre. bjus

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  3. amo esse blog, pois as postagens são informativas, um banho de cultura, de aprendizado e de beleza contida nas poesias, as quais fecham com chave de ouro as partilhas.
    esse texto é muito esclarecedor da cultura brasileira, dessa diversidade e da origem dos preconceitos. Parabéns!
    Beijos carinhosos!

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  4. Um post muito interessante.
    É um excelente trabalho, parabéns.
    Bom fim de semana, amigas Elza e Prof. Lourdes.
    Beijos.

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  5. Elza querida, não terminei de ler essa postagem, mas voltarei para terminar, nesse final de semana. Não estou só passando os olhos, estou aprendendo, então leio e subo novamente o parágrafo. Está interessantíssima e pela credibilidade desse blog, essa matéria, diria que todos teriam de ler. Me surpreendi com algumas coisas e sem dúvida acredito. Muitíssima bem feita, parabéns, amiga.
    Beijão, parabéns!

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    1. É sempre muito gratificante suas visitas amiga Taís, obrigada! Volte sempre. Bjuss

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  6. Show de postagem, querida Elza, vim terminar, obrigada!
    Continue com seu belo trabalho de informar, de ensinar.
    Beijo, uma ótima semana. Beijo também à querida Lordes.

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  7. Elza esta postagem está perfeita com informações precisas e criticas deste processo depois da ancoragem da esquadra de Cabral, mudando para sempre a historia do povo reinante e dos que viriam a habitar e povoar esta terra. Devido sua imensidão tornou-se humanamente impossível controlar o crescimento desordenado nas áreas privilegiadas ou próximas do mar. Situações criticas de hoje tem reflexo no inicio da historia e depois com a abolição dos escravos sem retorno aos seus países de origem. Deu-se a mistura de raças e culturas, o que faz do país uma riqueza, que creio ainda pouco explorada, embora muito estudada.Seu trabalho está ótimo como pesquisa para quem deseja entender, as formações atreladas ás culturas e costumes. Diante de tudo isso, torna-se incompreensível os comportamentos de preconceitos ainda presentes neste país.
    Parabéns pelo trabalho e pesquisa com riqueza de detalhes.
    Grato por partilhar.
    Meu terno abraço
    Gostei muito do blog nas leituras que fiz hoje e que me fará voltar para as atualizações e leituras de postagens anteriores.
    Parabenizo a equipe pelo espaço cultural e que sei será muito útil aos interessados em aprender.
    Mais uma vez obrigado por me trazer.

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    1. Amigo Toninho, seja bem vindo! Obrigada, ficamos felizes em saber que aprovou a postagem, estamos tentando postar o melhor. fique a vontade para navegar no blog. esse cantinho é de todos. Abraços, volte sempre.

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