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terça-feira, 7 de novembro de 2017

AQUARELA DO BRASIL (letra e vídeo) com GAL COSTA, vídeo MOACIR SILVEIRA CRÔNICAS SOBRE A POLÍTICA DO BRASIL.





A POLÍTICA NA VIDA DE CADA UM
Por Luiz Carlos Amorim – Escritor – Http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br


Não gosto de política, mas ela influi diretamente na minha vida e na vida de todos os cidadãos, então não posso ficar alheio a ela. Ouço pessoas dizendo que não querem saber de política, que não adianta muito votar nesse ou naquele candidato porque são todos iguais. Ou então vejo algumas pessoas aceitando algum benefício em troca do voto, favorecendo a entrada no poder público de candidatos que, comprando votos, mostram bem a que vem.

    Pois todos deveríamos prestar muita atenção na política, mesmo que seja a politicagem que grassa em nosso meio, até mais, por causa disso, pois ela afeta, e muito, a vida de cada um de nós. Devemos, sim, procurar saber tudo o que for possível sobre os candidatos, antes de uma eleição. O que não devemos é acreditar em todas as suas promessas e mentiras. E se não houver em quem votar, podemos anular o voto, que é a única maneira de manifestar nossa indignação com o estado de coisas que se arrasta de há tanto tempo.

Precisamos saber votar e precisamos saber cobrar trabalho daqueles em quem votamos. Porque são os representantes que elegemos para dirigir nossas cidades, nossos Estados e nosso país, que administrarão a seu bel prazer a saúde, a educação, a segurança, a infraestrutura publicas. São os vereadores, prefeitos, deputados, senadores que vão dirigir nossos destinos. São eles que, uma vez colocados no poder legislativo pelo nosso voto, aprovarão leis que nos prejudicarão e deixarão de aprovar leis que beneficiariam a sociedade como um todo. São eles que, céleres, legislarão em causa própria. Isso tudo sem falar da corrupção e da impunidade que dilapidam o dinheiro público e impedem que os recursos formados pela grande quantidade de impostos que pagamos sejam aplicados em mais obras.

Então a política influi em tudo na vida de cada cidadão. Todos precisamos estar atentos tanto quando formos votar, quanto depois das eleições, quando nossos “representantes” estiverem “trabalhando” para o povo. Porque eles estão lá, ganhando seus altos salários que eles mesmos se deram, para servir o povo. O povo é quem paga seus salários milionários e os recursos que são “desviados” e que nunca são devolvidos aos cofres públicos.

A política – no nosso caso a politicagem – está presente em tudo, favorecendo ou prejudicando a vida de cada cidadão. Há que nos conscientizarmos disso, para que não nos iludamos, achando que o que está acontecendo não tem nada a ver conosco.




Temos de ser otimistas
Autor: ryokiproductions

       Escrever sobre política é sempre adentrar numa seara árida. É trilhar caminhos pedregosos e perigosos. Bem se diz que jamais devemos discutir sobre religião e política, pois cada um tem a sua visão sobre esses assuntos e dificilmente haverá acordo.
Porém, não escrever sobre esses temas pode ser interpretado como um ato de alienação, quando não de profundo desprezo. Assim, atendendo a pedidos e embora a contragosto, vou pôr no papel – melhor dizendo, no computador – algumas ideias muito particulares sobre isso. Devo esclarecer que serei sincero e que, de alguma forma, essa maneira de pensar e de encarar tão espinhosos assuntos tem orientado minhas atitudes e, por fim, a minha vida. Não é minha intenção catequizar ninguém, não pretendo assumir um tom professoral de quem detém o Conhecimento e tenta transferi-lo para outras cabeças. Tão somente exponho aqui o meu modo – muito pessoal – de ver a Religião e a Política.
Comecemos pela Religião.
Nasci de uma família católica, cresci católico, estudei em colégio de padres beneditinos – Colégio Santo Américo – e sou obrigado a admitir que, talvez, a saturação de missas, rezas, orações e tudo o mais que caracteriza a vida de católico apostólico romano foi responsável por eu ter me tornado mais agnóstico do que qualquer outra coisa. Graças a Deus, como diria um outro agnóstico, um famoso psicoterapeuta meu amigo.
De fato, não posso aceitar que vivamos à sombra espiritual de uma organização multinacional – a Igreja Católica – biliardária e altamente lucrativa, que se arvora o direito de pleitear que os mais beneficiados pela deusa Fortuna dêem dinheiro para ajudar os necessitados e, como qualquer intermediário, fique com uma parte polpuda dessas doações.
Como entender que os executivos (leia-se bispos, cônegos, monsenhores, arcebispos e cardeais) dessa instituição que se autodenomina “caritativa” usem automóveis de luxo cujo valor em dinheiro poderia alimentar muitas famílias e por muito tempo. Da mesma maneira, não vejo cabimento nos jantares desses senhores, em que são servidos pratos refinados em serviçosm de porcelana, talheres de prata-de-lei e cristais de Sèvres (veja “A Ceia dos Cardeais”, de Júlio Diniz e que retrata muito bem uma inútil e fútil ostentação praticada, em detrimento absoluto do que deveria ser o objetivo maior daqueles que se dizem “Ministros do Senhor”.
Mas que Senhor seria este? Seria aquele Deus onipotente, onisciente e boníssimo que aprendemos a adorar em nossa já remota infância e adolescência? Um Deus boníssimo, pai de todos aqui nesta dimensão, permitiria que crianças – puras e inocentes – sofressem com doenças incuráveis, com a fome que grassa pelo mundo? Permitira que essas crianças fossem violentadas e abusadas por seus próprios ministros, seus representantes aqui na Terra? Um Deus boníssimo não teria a conotação de punição – leia-se “vingança” – que a própria Bíblia transmite. Vingou-se o Senhor em Sodoma e Gomorra, em Pompéia e em tantas outras situações mencionadas nas Sagradas Escrituras… E agora, vingou-se de quê no Japão? E as criancinhas que morreram? Tinham alguma culpa em cartório? Teria sido essa punição porque aquele povo nossa antípoda teria se desenvolvido depressa demais e, com isso, desafiado seus desígnios?
Por que temos de crescer no “temor a Deus”? É isso que dizem os padres e as beatas… Temos de “temer” a Deus. Por quê? Um líder que lastreia sua liderança no temor não é um líder, é um tirano.
E quanto à dita onipotência? Se ele tudo pode, não deveria permitir tanta desigualdade no mundo… Não deveria permitir – e terias poder para tanto – que animais fossem maltratados, que seres humanos passassem por tantas dificuldades… que o planeta fosse destruído.
Enfim, a vida seria muito mais fácil e melhor se esse Deus fosse aquilo que os padres e nossa própria família nos disseram que seria: um Deus boníssimo, que tudo sabe, que tudo pode e que é, antes de tudo, a representação do perdão e não do castigo, da punição, da vingança. Um Deus que exige sacrifícios, que exige a imolação dos sentidos e dos instintos em nome da salvação da alma – cuja existência ainda está para ser provada.
No que concerne à Política, a situação é ainda mais espinhosa, uma vez que é possível argumentar e contra-argumentar com base em fatos que, distorcidos ou não, aí estão para corroborar ou contradizer ideias e pensamentos, quando não atitudes propriamente ditas.
Neste nosso país – como, aliás, em muitos outros – a Política acabou por se tornar uma profissão altamente lucrativa. E com a vantagem de não se poder meter na cadeia, através de um processo normal, um político acusado de, por exemplo, corrupção. O processo tem de ser autorizado por seus pares e tem de ser levado a cabo através do STJ. Objetivo: dificultar ao máximo e permitir a impunidade. No fundo, manifestação clara de corporativismo.
Mas temos de ser otimistas. Não podemos pensar apenas no lado negativo da Política – ou seria dos políticos?
Vamos tentar enxergar o que tem acontecido de bom para o povo, pois enfim, a Política tem de existir para beneficiar o povo, para suprir suas necessidades básicas, para minimizar o sofrimento que foi imposto por aquele Deus de quem falamos linhas atrás.
Assim, deixando de lado as discussões sobre uma nova polarização da política brasileira em apenas dois partidos (PT e PSDB), praticamente voltando para o que aconteceu durante os governos militares com o Arena e o PMDB, o que vai acontecer com a extinção – irrevogável – do DEM (antigo PFL), vamos pensar de maneira positiva e elogiar o que é óbvio: a vida do povo melhorou desde que o PT assumiu a presidência e o que era situação passou a ser oposição.
Não, não estou jogando confete sobre o PT! Mas não dá para negar que a política econômica vem dado certo – se vai continuar assim, se o pesadelo da inflação não vai voltar, isso é outra história. Porém, o Manteiga tem lidado bem com o seu affair e o povo tem tido mais oportunidades de consumir. Basta ver que as chamadas Classes C e D têm modificado para melhor (leia-se mais) as suas intenções e efetivações de compras. E a classe média? Esta continua na mesma, arcando com a maior parte dos impostos e com o menor progresso financeiro. Parece, mesmo, estar destinada a desaparecer…
Diz-se – e não sem razão – que toda a estrutura de uma sociedade está lastreada no tripé formado pela Educação, Saúde e Segurança. Nestes três campos, o governo tem, pelo menos, se esforçado. A Educação fez progressos, o ensino universitário se disseminou, o básico da mesma maneira. Se funciona, se realmente é capaz de formar profissionais competentes, também é outra história e devemos lembrar – sempre – do papel do aluno nessa formação. Quem quer estuda. Quem tem uma meta para alcançar luta faz de tudo para atingi-la. Temos de lembrar (depois de assistir às denúncias feitas pela televisão) que o problema da merenda escolar é muito mais das prefeituras do que do governo federal. As fraudes, desvios e mal-versações do dinheiro destinado à alimentação das crianças das escolas públicas ocorrem no seio das prefeituras municipais e não no Planalto. Até mesmo no âmbito das diretorias das escolas.
A Saúde é, de fato, um imenso abacaxi a ser descascado. Porém, se houver honestidade e boa vontade, é uma tarefa que deixa de ser impossível, mais uma vez, em nível municipal. Prova disso estás, por exemplo, aqui em São José dos Campos (SP) onde o SUS funciona maravilhosamente bem. Tive prova disso comigo mesmo, dependente que estou de medicações caras, cadeira de rodas, consultas e tratamento fisioterápico. Impossibilitado de me locomover, minha esposa conseguiu tudo – de graça – através do SUS. E, sem a necessidade de “molhar a mão” de ninguém! Pudessem todos os municípios deste Brasil Gigante seguir o exemplo…
Certamente o sofrimento do povo diminuiria bastante. O sofrimento imposto por aquele Deus boníssimo aqui já mencionado.
Quanto à Segurança, ainda está sofrível. Temos de lembrar que a criminalidade tem as raízes mais profundas fincadas na falta de educação e de cultura. Melhorando a educação do povo, certamente cairão os índices de criminalidade. Sou obrigado, nesse ponto a dar razão ao bom Cristóvão Buarque, de quem discordo em muitos outros aspectos. As UPPs no Rio de Janeiro estão desempenhando seu papel e favelas, antes consideradas zonas de guerra, estão transformadas em comunidades pacificadas e, por causa disso, prósperas. Lembremos que uma das atividades da “ocupação” dessas favelas é justamente levar um pouco mais de educação para aquele povo. Começa-se pelas crianças e, num prazo que antropologicamente temos de considerar como médio, obteremos a diminuição dos índices de crimes – quaisquer que sejam. O governo está, portanto, se esforçando. Ao povo cumpre a tarefa de ajudar.
Hoje em dia, devemos adicionar ao tripé mencionado, Educação, Saúde e Segurança, uma quarta perna, a Preservação do Meio Ambiente. Vamos chamá-la simplesmente de Ecologia.
Esta perna tornou-se de extrema importância a partir do momento em que nos conscientizamos da necessidade que há em preservar para sobreviver. E este item só pode ser levado a cabo se a população realmente ajudar. Assim, por exemplo, não adianta estabelecer um rodízio de automóveis baseado nas placas dos carros, pois sempre haverá quem possa comprar um segundo veículo para poder rodar no dia do rodízio. São poucos os que têm possibilidade de agir assim? Não, não são. Com a facilidade de crédito para adquirir automóveis, praticamente qualquer um pode fazê-lo. O rodízio é bom e necessário, mas poderia haver uma determinação para que o automóvel particular fosse melhor utilizado. Por exemplo, não circular apenas com o motorista, o que acontece na imensa maioria dos casos. Vamos levar para a cidade três vizinhos. Serão três carros a menos circulando. Vamos usar mais o transporte coletivo. Este está precário? Aí sim, o governo teria de tomar uma posição e melhorá-lo. A diminuição dos gastos com doenças respiratórias causadas pelo escapamento dos carros, acidentes de trânsito e etc., certamente compensariam o investimento na melhoria do transporte coletivo.
E, mais uma vez, estaríamos sendo obrigados a entender que a perna mais importante é a Educação. Educação que começa com as nossas crianças, passa para nós, adultos através de nossos filhos e chega à classe política.
Um político bem educado não é aquele que sorri e tem sempre palavras brandas e de conforto. Não é aquele que come melancia com garfo e faca – não mordendo a fatia e cuspindo o caroço no chão – mas sim aquele que sabe o que tem de fazer para beneficiar o povo que o elegeu.
É principalmente aquele que, durante o mandato, age com honestidade, não se deixa corromper e jamais esquece de ser, no mínimo, um patriota.



Aquarela Do Brasil
João Gilberto

Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...


Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...


Esse coqueiro que dá coco
Oi! Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...


Brasil!
Terra boa e gostosa
Da morena sestrosa
De olhar indiferente
Brasil, samba que dá
Para o mundo se admirar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor...


Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Huuum!
Essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...


Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Huuum!
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...


Brasil!
Meu Brasil Brasileiro
Mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor...


Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do cerrado
Bota o rei congo no congado
Canta de novo o trovador
A merencória à luz da lua
Toda canção do seu amor
Quero ver essa dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado...


Esse coqueiro que dá coco
Onde amarro minha rede
Nas noites claras de luar
Por essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro...


Oi! Essas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
Onde a lua vem brincar
Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro
Terra de samba e pandeiro
Brasil!



4 comentários:

  1. La política presente en todos los ámbitos de la vida no nos deja inmunes, aun no queriendo nos afecta y nos condiciona a todos . Interesante artículo. Un enorme abrazo

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  2. Esses textos foram de extrema relevância para consolidar nosso pensamento acerca da política e da religião, sobretudo a política. É preciso mais leituras desse tipo para fortalecer a decisão dos brasileiros na próxima eleição, pois do jeito que estar não pode de forma alguma ficar. Aplausos para seu bom gosto cultural por nos trazer uma pérola valiosa como essa.
    Beijos carinhosos!

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    1. Concordo com você amiga! A força é do povo e só o povo pode mudar. Abraços

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