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terça-feira, 5 de setembro de 2017

TIPOLOGIA TEXTUAL (X) GÊNERO TEXTUAL




Narrativo, descritivo, argumentativo... 

   Confira os diferentes tipos de textos
É fundamental conhecer os modos de organização de texto mais pedidos nas redações de vestibulares e concursos. Veja como diferenciá-los.

   Experimente listar os gêneros textuais que existem. Você logo descobrirá que eles são inumeráveis. Cartas, ofícios, receitas, crônicas, resenhas literárias, bulas de remédios,poemas, manuais de instrução, artigos e romances são alguns deles. Cada gênero de texto atende a um tipo de necessidade, proporcionando uma forma de interação social. Para isso, ele se estrutura de uma maneira específica, valendo-se dos chamados modos de organização de textos (ou tipos textuais).
   A maioria dos autores identifica três tipos textuais: narração, descrição e argumentação. Seguindo o que propõe a Gramática Houaiss, acrescentamos um quarto modo - a injunção. Vale lembrar que um único texto pode conter trechos com diferentes modos de organização.



Gênero textual:

É um nome que se dá às diferentes formas de linguagem que circulam socialmente, sejam elas formais ou informais.


TIPOLOGIA TEXTUAL   (X)   GÊNERO TEXTUAL

NARRAR: Fábula; crônica; conto; romance...
RELATAR: Carta; notícia; entrevista; currículo...

ARGUMENTAR: Editorial; requerimento; anúncio publicitário..

EXPOR: Seminário; verbetes em geral; relatório...

DESCREVER AÇÕES
[INSTRUIR]: Receitas; regras de jogos...





Exemplos de alguns textos narrativos:


Resenha literária:

Esta postagem foi do blog da amiga Rudynalva
http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/

Apesar de conhecer em linhas gerais a história do célebre “Diário de Anne Frank”, sempre tive grande curiosidade a respeito desse livro. E agora, ao ser presenteado com um exemplar pelo querido amigo Marcos Lima, senti que o Universo estava sinalizando que eu deveria realmente lê-lo.

Fiquei totalmente capturado pela leitura, da primeira à última página. O que primeiro chama a atenção é o imenso talento narrativo da jovem Anne. Realmente, uma escritora nata, se já houve alguma. A tal ponto que, a princípio, cheguei a ter dúvidas de que o livro tivesse realmente sido escrito por uma criança de 13 para 14 anos. Depois, soube que existiu até uma polêmica a respeito, mas a autenticidade do livro foi definitivamente comprovada. Muitíssimo impressionante!

O Diário de Anne Frank é uma obra que só pode ser explicada pela espiritualidade, a meu ver. Era necessário que existisse um relato como o de Anne, como um testemunho vívido e emocionante do terrível desperdício de todas as guerras, especialmente as movidas por qualquer tipo de intolerância ou preconceito. Por isso foi necessário que uma jovem tão talentosa e com o sonho de se tornar uma grande escritora, conhecida em todo o mundo (o que de fato acabou acontecendo!) passasse pela difícil experiência que ela passou, tendo ao mesmo tempo a oportunidade de registrar cada etapa de sua via crucis no famoso diário.


Hoje, quando parecemos estar à beira de uma catástrofe atômica, mais do que nunca o relato de Anne Frank se faz necessário. É estarrecedor constatar que aquela menina possuía muito mais maturidade e discernimento que alguns de nossos líderes mundiais, que detêm o poder de decidir, em nome de todo o planeta, se devemos ou não iniciar uma guerra nuclear!

Outra reflexão marcou a leitura desse livro, que retrata de forma muito pungente a perseguição e os sofrimentos dos judeus durante a segunda guerra. Principalmente no início do diário, quando Anne conta como os judeus foram proibidos de frequentar clubes, cinemas, lanchonetes etc. Isso me fez pensar que o pobre é o judeu das eras. O que faz de nós todos nazistas em potencial. Como podemos achar natural e certo que uma pessoa não tenha direito a atendimento médico só porque não tem dinheiro? Ou que ela não possa ter acesso à cultura e à educação só por ser pobre? Como podemos aceitar que crianças morram de fome todos os dias?

Enquanto permitirmos que coisas assim continuem acontecendo, não temos o direito de nos sentirmos muito melhores que os nazistas.



\\\***///


MANIFESTO – Mensageiros do Vento

Um experimento literário realizado com muita autenticidade e ousadia. A ideia é apresentar um diálogo contínuo, não de diversos personagens entre si, mas entre as diversas vozes de um coral e o leitor. Seguir a pista do fluxo da consciência e levá-la a um surpreendente ritmo da consciência. A meta desse livro é gerar ondas, movimento e transformação na cabeça do leitor. Clarice Lispector, Ferreira Gullar, James Joyce e Virginia Woolf, entre outros, são grandes influências. Por demonstrarem que a literatura pode ser vista como uma caixa fechada, e que um dos papéis mais essenciais do escritor é, de dentro da caixa, testar os limites das paredes... Agora imagine esse livro escrito por uma banda de rock! É o que encontramos no livro MANIFESTO – Mensageiros do Vento, disponível aqui. Leia e descubra por si mesmo!

POEMA 
   A narrativa poética pode-se assemelhar a uma dança literária das palavras, atravessada pelo movimento do ritmo e das sonoridades. A recriação contínua e interação concordante entre as palavras, ritmos e sons por meio dos versos, estimula a redescoberta dos significados inseridos como mensagens essenciais das coisas que conta.



Jardim florido
Autora: Gracita


A natureza perfeita
é digna de admiração
com suas nuances multicores
desenha no solo abençoado
um belo arco íris de flores
adornado com matizes de aquarela.


E um artesão habilidoso
num bordado rendilhado
simetricamente articulado
vai tecendo com habilidade
o jardim da geometria


Em cada canteiro traçado
o artista esculpe o esboço
inspirado na botânica
faz análise combinatória
de estilos e cores
cria diversas possibilidades
para agraciar o teu gosto


O jardineiro escultor
semeia com amor
rosas, hortênsias, petúnias
lírios, orquídeas e jasmim em flor


Recria com esplendor
um verdadeiro mosaico de flor
e um jardim florido
oferece ao seu amor.
Gracita

(Poema escrito em 2014)
http://brincarcompalavrass.blogspot.com.br/


CRÔNICA:Texto narrativo

O SEGREDO DA LONGEVIDADE
Autor:  PEDRO LUSO DE CARVALHO
http://pedrolusodcarvalho.blogspot.com.br

    Um amigo falou-me, não faz muito tempo, sobre o seu relacionamento, um tanto exótico, com uma moradora do mesmo edifício. Ela já havia passado dos noventa anos, ele estava perto dos quarenta.
Durante o tempo que aí morou manteve-se solteiro. Ela nunca se casou. Talvez essa condição de solteira, que carregou por toda a vida, tenha gerado o sentimento de ódio, que por ele nutria.
Já no primeiro encontro, ele não teve bom pressentimento. Ela não escondia sua aversão a ele, embora não lhe desse motivo. Esse sentimento aparecia nos olhos turvos da esquisita vizinha.
Procurava desviar-se dos dardos envenenados com ódio, que a velha senhora lançava contra ele, quando se encontravam no hall do edifício ou num dos elevadores; ele nunca soube por que fora escolhido para ser o alvo de suas frustrações.
Com o passar do tempo, ela ficou mais agressiva e mais debilitada. Fazia seus curtos passeios à tarde, acompanhada por uma moça, caminhando com dificuldade, passinhos muito miúdos, quase arrastados.
Embora mal conseguisse falar, meu amigo tinha sempre a impressão de ouvi-la dizer, junto aos seus ouvidos, quando se cruzavam: “Você ainda terá de me aguentar por muito tempo”.
A ele não restava outra solução que a visita a um psiquiatra. Na primeira consulta, já tinha o diagnóstico: a velha senhora ainda estava viva graças a motivação e a força que lhe dava essa rusga com ele mantida.
E foi em atenção ao conselho do psiquiatra, que se mudou para outro apartamento, situado em outro bairro. Passado um pouco mais de um mês, ele leu num jornal a comunicação da família sobre o falecimento da velha senhora.



Narração

      O modo narrativo consiste na enunciação de fatos que envolvem ações de personagens, encadeadas no tempo. Nesse modo, que se caracteriza pela organização temporal, predominam os verbos de ação, em geral no passado.
Posicionamo-nos, enquanto usuários da língua, ora expondo opiniões, ora descrevendo, persuadindo, informando e, em não raras as circunstâncias comunicativas, narrando acerca de algo. Assim, moldados por tais pressupostos, equivale dizer que todas essas modalidades se manifestam, tendo em vista uma primeira noção, por meio da oralidade, que traduz uma forma recorrente de praticarmos a interação social, mas também se efetivam de forma recorrente por meio da modalidade escrita da linguagem.
    Dessa forma, tomando como ponto de partida o ato de narrar – alvo das intenções que ora nos propomos – chegamos à conclusão de que todas as particularidades a ele pertinentes se fazem demarcadas nos muitos textos que lemos, ora se materializando por meio de um conto, uma fábula, um romance, uma novela literária, um apólogo, enfim. Abordando acerca dessas particularidades, impossível não afirmar que delas temos de ter conhecimento, justamente para compreendermos o porquê de muitos aspectos se tornarem fatores preponderantes, tais como o narrador, personagens, tempo, espaço, enredo, entre outros. Como se vê, dada essa importância, associada ao fato de que não estamos imunes de concretizarmos todos esses conhecimentos por meio da escrita, sentimo-nos incumbidos de preparar para alguém tão especial, que no caso é você, esta seção, na qual terá a oportunidade de se tornar familiarizado(a) acerca dos muitos aspectos, das muitas particularidades que norteiam esse rol de textos considerados narrativos.

 CONTO texto narrativo


JARDIM DAS DESILUSÕES

Ana Bailune

Jardin de l'Hôpital Vaugirard

JARDIM DAS DESILUSÕES

CAPÍTULO I

Ele diria que eu estava vivendo meu inferno astral – época que se dá pouco antes da data do aniversário de alguém, segundo os astrólogos. Mas aquele período já durava mais de um ano. Talvez ele chegasse em casa mais cedo, e me vendo deitada no sofá em frente à TV com cara de tédio, dissesse: “Levanta daí, e vá vestir alguma coisa bonita. Nós vamos sair.” E se eu perguntasse para onde estaríamos indo, ele me responderia que não sabia, pois ainda não pensara no assunto. Porque ele era assim. Ele era intenso, repentino, um baú de surpresas. E a gente sempre acabava caminhando pelas ruas de Paris e ficando levemente bêbados em algum café. Depois, chegávamos tarde em casa e ele ia dormir. Eu passava pelo corredor, e o escutava falando baixinho ao celular. Sabia – e como doía – que era com ela.  

Jamais me esquecerei de um dia – uma sexta-feira – em que ele chegou em casa com uma faixa vermelha no cabelo. Achei engraçado e estranho, vê-lo com aquela mexa de cabelos vermelhos sobressaindo entre o castanho claro, quase louro. Perguntei por que ele tinha feito aquilo, e ele respondeu: “E por que não faria?” Quando minha boca recusou-se a se fechar de tanta surpresa, ele passou por mim piscando um de seus olhos azuis, e disse: “Não se preocupe: é papel crepom. Sai com água.” E eu pensei: “E por que não sairia?”

Nós dividíamos aquele apartamento em Paris com uma outra brasileira que também estudava Belas Artes, como ele, a Giulia. Eu estava fazendo pós em arquitetura. Nos encontramos através de um anúncio na internet onde Giulia oferecia duas vagas no apartamento de Paris que pertencia a um tio que morava em Los Angeles e que ela quase nunca via. Precisava dividir as despesas e conseguir dinheiro para manter-se por lá. O tio deixou que ela ficasse no apartamento o tempo que quisesse, e também que tivesse locatários.


Rue de Vaugirard


O apartamento ficava no segundo andar de um prédio antigo, na Rue de Vaugirard, uma das mais longas de Paris, e também uma das mais calmas. Eu adorava aquela rua, pois além oferecer um comércio excelente, tinha também seis estações de metrô e o belíssimo Jardin de l'Hôpital Vaugirard, que tinha sido o jardim de um hospital e depois transformado em um parque. Era lá que eu passava grande parte do meu tempo livre, caminhando entre as flores ou sentada à sombra de uma árvore. Era ali que eu ficava pensando nele, sem correr o risco de que alguém percebesse.

E por mais estranho que parecesse, era quase sempre ele quem ia me buscar; de repente, ele surgia do nada, e quando me via (meu coração sempre batia escancaradamente mais forte naqueles momentos), Nando gritava: “Oh, ma petit mademoiseille Cristina!” E vinha andando na minha direção de maneira afetada, como se fosse uma espécie de mordomo do século passado. Eu ria para não chorar. Sabia de onde ela tinha vindo, e o perfume não me deixava nenhuma dúvida.

Ele se sentava ao meu lado, o ombro esbarrando no meu. Eu fingia que estava concentrada na leitura, e ele começava a me empurrar de leve com o ombro, o que me fazia rir, mas eu não erguia os olhos do livro que fingia ler. Eu bufava de impaciência, o que fazia com que ele me esbarrasse com mais força. Eu só conseguia pensar que, há apenas alguns minutos, aquele corpo estava envolvido nos lençóis e nos braços de outra mulher. Finalmente, eu fechava o livro, olhando-o nos olhos:

-O que você quer, afinal?

Ele olhava em volta antes de responder, os olhos cerrados pelo sol. Depois, soprava em meu rosto, dizendo:

-Nada... a Giulia me disse que você estava aqui. Acabei de chegar em casa.

Era quase sempre assim. Eu não sabia qual era a dele. Não sabia se ele sabia. Talvez eu fosse tão insignificante para ele, quero dizer, como mulher, que ele nem desconfiasse. Mas a Giulia já tinha percebido, e me desencorajava:

-Ele namora essa garota há séculos, desde o Brasil. Ela vem passar as férias aqui. 

Mas a tal garota – Maria – acabou não apenas indo passar as férias, mas se mudando para Paris. Felizmente, não havia vagas no nosso apartamento, e ela foi morar em uma outra república perto dali. Eu percebia que Maria não gostava muito de mim, mas ficava na minha. Sabia que ela tinha seus motivos. Mulher sempre tem uma intuição forte para essas coisas, embora eu tivesse certeza de que ela não me via como uma ameaça. Na verdade, nem sei se ela realmente me via... 

O que me fazia sentir ainda pior, era o fato de que ela era linda. Maria tinha cabelos negros, sedosos e lisos, pesados e volumosos, uma verdadeira cascata capilar maleável e perfumada que quase chegava até o meio das costas. Quem tem cabelos assim não deveria ter o direito de usá-los soltos! Além disso, ela era alta, magra, tinha unhas longas pintadas de vermelho, usava roupas de manequim (já tinha sido modelo durante algum tempo, Nando um dia me dissera). E tinha aqueles irritantes olhos verdes de gata, encimados por um par de sobrancelhas perfeitas e arqueadas. Maria era gritantemente bonita.

E eu, uma mulher que não crescera muito – apenas 1,60 – cabelos castanhos e ondulados, que eu esticava para manter um corte Chanel na tentativa de parecer um pouco mais sofisticada, olhos castanhos do tipo comum, os dedos das mãos terminando em unhas de pontas quadradas, enfim, o retrato da pessoa corriqueira, dessas que todo mundo passa por ela nas esquinas e nem nota. 

Giulia também era muito bonita: uma ruiva natural de cabelos cortados bem curtos, olhos castanho-amarelados, pele perfeita, dentes muito brancos, pernas longas demais. Quando ela as cruzava na minha frente, sentada no sofá, eu sentia sempre uma pontinha de inveja, e encolhia as minhas perninhas na poltrona, enrodilhadas feito pequenas cobras. 

Eu estava em desvantagem ali. Nando nunca olharia para mim, nunca me enxergaria, eu tinha certeza disso. Se um dia se cansasse de Maria, com certeza não seria eu a substituta. E ela sabia disso, pois não sentia ciúmes quando nós saíamos juntos. 

Às vezes saíamos os quatro. Maria mal falava comigo, referindo-se sempre à Giulia e limitando-se a fazer algum comentário sobre o que eu dizia apenas para não parecer mal educada. Mas ela me olhava de cima – e isso nada tinha a ver com o fato de ser bem mais alta do que eu, pois naquelas ocasiões estávamos sentadas numa mesa de bar – e assentia com a cabeça a alguma coisa que eu tinha dito, dando o ar de um risinho piedoso. Ela às vezes abraçava Nando pelo pescoço, e ficava arrulhando alguma coisa no ouvido dele. Naqueles momentos, eu queria que o chão se abrisse e eu fosse tragada até a China – sem chance de volta.  E quando a noite terminava e ele ia embora com ela, eu e Giulia íamos caminhando sozinhas até o apartamento pelas calçadas vazias da nossa rua, em silêncio, até que ela explodia: 

- Nunca vou entender por que você faz isso consigo mesma. Poderia ter dado uma desculpa para não ir, sei lá. 

Eu encolhia os ombros, e não respondia. Na manhã seguinte, me refugiava em meu jardim dos sonhos, o consolador Jardin de l'Hôpital Vaugirard. Tentava não chorar muito durante a noite para não ficar com os olhos inchados demais. 

O fato é que eu estava ficando cada vez mais melancólica, desde que Maria se mudara para Paris, e Nando já tinha percebido a minha tristeza. Vivia fazendo palhaçadas para tentar me alegrar. Será que ele não sabia mesmo qual o verdadeiro motivo da minha tristeza? Quando ele perguntava alguma coisa, eu dizia que estava com saudades de casa, da minha mãe, do meu pai, do meu cachorro. Ia revezando minhas saudades entre eles. Então Nando se sentava ao meu lado e passava o braço em volta do meu pescoço, como ele faria com qualquer amigo homem, e dizia: 

-Vai passar. Com o tempo, você se acostuma.

Ou então vinha com aquela história de inferno astral. 

Eu não sabia mais o que fazer. Aquela situação já durava um pouco mais de um ano. Aquela paixão que doía, me escravizava, me fazia sangrar por dentro. E nada mudava. Maria às vezes aparecia por lá de repente, e se trancava no quarto com o Nando. Enquanto eu estava sentada na sala assistindo TV, ficava imaginando o que estava acontecendo lá dentro. Eu reclamava com Giulia:

-As regras da casa diziam que era proibido trazer namorados para casa! Você não vai falar nada? Essa situação não pode continuar!

Ela se desculpava:

-Maria agora é da casa. Ela não é alguém que o Nando pegou na rua, ela é... a namorada oficial dele. E também é nossa amiga.

-Sua amiga.

Ela bufava:

-Está bem: minha amiga! Eu gosto dela. Você só não gosta porque...

Ela se calou.

Eu recolhi a minha insignificância, pus debaixo do braço e fui para o meu quarto. 
Bati a porta quando entrei só para incomodar os dois pombinhos ao lado. Me deitei na cama, sabendo que a apenas alguns centímetros de parede de distância, os dois deveriam estar engalfinhados, ela com aquele par de pernas longas enroscadas em volta dele... ou do pescoço dele. E eu escutei um risinho seguido de um gemido. Tapei a cabeça com o travesseiro.

(continua)
Conto maravilhoso que com certeza lhe deixou curioso para ler todo conto. Aqui, vale a pena.
https://anabailunecontos.blogspot.com.br/2017/08/jardim-das-desilusoes.html#comment-form 




EXEMPLO

“Joana tem 18 anos e deseja cursar jornalismo na faculdade. Hoje, sua vida no cursinho pede escolhas e a jovem já sabe: terá de estudar, no mínimo, oito horas por dia para alcançar seu sonho. Assim como Joana, há milhares de jovens brasileiros que passam a maior parte do dia debruçados sobre livros. Será mesmo que o modelo vigente de ensino funciona no país?”


Descrição 

    O modo descritivo consiste na apresentação de traços ou características de um ser vivo, um objeto, um ambiente, uma cena. Predominam neste tipo textual os verbos de situação, em geral no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo, bem como as expressões qualificativas. Na descrição, as características ocorrem simultaneamente e têm organização espacial.
     Descrever acerca de algo representa uma situação comunicativa ligada às atitudes cotidianas, haja vista que nos pegamos descrevendo sobre um ambiente, um objeto, sobre aquela pessoa que acabamos de conhecer, enfim, trata-se de algo rotineiro. Equivale afirmar que tal procedimento tanto se opera no nível da fala quanto no da escrita, e é nos apoiando nesse último dos contextos que focalizamos nossas intenções para deixá-lo(a) um pouco mais a par de todas as particularidades presentes nessa modalidade.
Abordando acerca dela, torna-se imprescindível afirmarmos que ela provém de certo convencionalismo, certa rigidez, por isso, tudo que a ela se restringir tem de estar minuciosamente detalhado e apreendido. Dessa forma, subsidiando-nos nesse pressuposto, reservamos um momento destinado somente a você, que além de representar nosso maior propósito, ainda precisa estar familiarizado(a) acerca de todas as particularidades que norteiam a língua como um todo, e nela falando, não podemos deixar de lado a produção escrita, obviamente. Nesse sentido, a seção que aqui se apresenta tem por finalidade realizar algumas abordagens no âmbito da descrição, ora se manifestando como uma espécie de fotografia verbalizada, visto que o observador, diante do objeto analisado, ocupa-se em descrevê-lo segundo alguns princípios específicos.
Assim, antecipá-los seria como se estivéssemos retirando de você, caro(a) usuário(a), a oportunidade de se interagir, ampliar os conhecimentos, enfim, estreitar laços de familiaridade acerca dos pontos que demarcam as tantas situações comunicativas em que estamos inseridos, sobretudo tendo em vista que, ao nos posicionarmos enquanto interlocutores, temos um objetivo a cumprir com as mensagens que ora produzimos.
Como se vê, razões não nos faltam para deixá-lo(a) ainda mais motivado(a) a conferir acerca das novidades  que aqui se encontram preparadas para você!!! Aproveite, pois!


Argumentação

O modo argumentativo consiste no encadeamento das ideias com a finalidade de defender uma opinião e convencer o interlocutor. Na argumentação, que se organiza essencialmente pela lógica, manifestam-se relações de causa, condição, concessão, contraste, conclusão, etc.
Textos argumentativos são aqueles que apresentam recursos, justificativas e alegações com o objetivo principal de persuadir o leitor sobre determinado ponto de vista.

Lembra-se de quando você tinha que produzir incontáveis textos argumentativos para se preparar para o Enem durante o ensino médio ou cursinho? Provavelmente, você deve ter se cansado de ler, estudar e se posicionar sobre os assuntos do momento, fazer diversas propostas de intervenção com um único objetivo: convencer o leitor acerca do seu ponto de vista sobre o tema.
A boa notícia é que a maioria dos tópicos que você aprendeu nas aulas de redação da escola e do cursinho podem ajudar bastante, hoje, no conteúdo que você produz para a web. Sim! Isso porque há vários elementos nos textos argumentativos que também são utilizados na escrita para internet.
Ou seja, dá para investir seus conhecimentos passados em sua carreira como redator. Maravilha, não é mesmo? Veja o que será abordado a seguir:
Introdução
Trazendo clareza e objetividade ao texto
Narração
Definição
Citação
Estrutura
Começando pela tese
Começando pelos argumentos
Estratégias argumentativas
Analogia
Apelo emocional
Prolepse
Tipos de argumento
Argumento de autoridade
Argumento de ilustração
Argumento por lógica
Falácias lógicas: como evitá-las!
Estrutura
Todo texto argumentativo — não importa se é um artigo de opinião, uma dissertação do Enem ou um blog post — deve apresentar 3 elementos:
A tese, ou seja, o ponto de vista que será defendido, da qual já falamos;
Os argumentos, que sustentam esse ponto de vista;
A conclusão, que condensa e reforça o que foi apresentado.
Talvez você esteja pensando que, nos tempos de cursinho, viu essa divisão com os nomes de introdução, desenvolvimento e conclusão. Bom, qualquer texto que se preze, seja ele argumentativo ou não, precisa ter introdução, desenvolvimento e conclusão.
Agora, no caso dos textos argumentativos, existem várias estruturas que são possíveis.
Vamos ver algumas delas mais a fundo:

Começando pela tese

Essa é a estrutura tradicional e indicada para quem vai prestar Enem. O texto se inicia com a apresentação da tese na introdução, que é defendida pelos argumentos desenvolvidos nos parágrafos seguintes e, por fim, retomada na conclusão, agora com o reforço dos argumentos elencados.
Começar pela tese é uma boa maneira de construir uma introdução sucinta e honesta, que diz rapidamente para o leitor qual é o objetivo daquele texto.

Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo
Como começar pelo argumento

    Nesse caso, os argumentos são apresentados primeiro e seu desdobramento lógico leva à tese. A ideia é conduzir o raciocínio do leitor, de maneira que ele chegue à mesma conclusão que o texto à medida que lê.

Estratégias argumentativas

Antes de entrar de cabeça nas estratégias que podem melhorar seus textos argumentativos, uma pergunta: você sabe a diferença entre estratégia e argumento?
Explicando resumidamente, argumento são todas as informações que você usa para defender seu ponto de vista. Já as estratégias são as maneiras como você expõe, articula e apresenta essas informações.
SAIBA MAIS:


Como Fazer um Texto Dissertativo Argumentativo


       O texto dissertativo argumentativo tem como principais características a apresentação de um raciocínio, a defesa de um ponto de vista ou o questionamento de uma determinada realidade. O autor se vale de argumentos, de fatos, de dados, que servirão para ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As três características básicas de um texto dissertativo são:
  - Apresentação do ponto de vista
  - Discussão dos argumentos
  - Análise crítica do texto

      A diferença desse modelo para um texto narrativo, por exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história, contendo alguns elementos importantes como personagens, local, tempo (intervalo no qual ocorreram os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender um ponto de vista usando argumentos.
Uma redação dissertativa argumentativa pode ser escrita na terceira pessoa do plural (objetiva) ou na primeira pessoa do singular (subjetiva), veremos a seguir exemplos de cada uma delas:

Dissertação Objetiva

   Na dissertação objetiva, o autor não se identifica com o leitor, já que os argumentos são expostos de forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar de imparcialidade, embora se saiba que é a visão do autor que está sendo discutida. Esse procedimento faz o leitor aceitar mais facilmente as ideias expostas no texto.

Dissertação Subjetiva

    No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por meio do uso da primeira pessoa do singular (eu), evidenciando que os argumentos são resultados da opinião pessoal de quem escreve (não que no texto objetivo também não o sejam, afinal, a influência das ideias do autor estão presentes também neste último caso).

    Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho de um texto objetivo e o segundo é um trecho de um texto subjetivo. Repare na diferença que existe entre os dois:

1) “Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre resultado de uma demolição ou desconstrução de edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas devido às mudanças dos gostos e da riqueza dos donos.”
2) “Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas não posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação em torno dos casos de corrupção que assolam a nação me fez pensar sobre a importância da ética nas relações sociais em todos os níveis. Não quero me convencer de que um valor moral tão importante esteja sendo banido da sociedade, substituído pelo direito de garantia de privilégios pessoais a qualquer custo.”
Podemos notar claramente a diferença no uso da terceira e da primeira pessoa.
Na prática, escrever na primeira pessoa (eu/nós) dá origem a frases do tipo:

– “Precisamos estar conscientes da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabemos que o Brasil precisa de mudanças”
– “Tive bons professores, mas nem todo estudante tem esse privilégio”.
As mesmas frases acima escritas na terceira pessoa do plural ficariam:
– “É preciso estar consciente da importância do cuidado ao meio ambiente”
– “Sabe-se que o Brasil precisa de mudanças”
– “Alguns estudantes têm bons professores, mas nem todos têm esse privilégio”.

     Repare que quando você escreve na terceira pessoa do plural, nunca utiliza os verbos conjugados pessoalmente (utilizando o “eu” ou o “nós”). As frases sempre ficam impessoais.
Essas duas maneiras de escrita são aceitas, mas é muito importante que você escolha e mantenha o mesmo estilo do início ao fim! Se você escolheu a escrita objetiva, não utilize a subjetiva e vice-versa. É muito comum misturar as duas coisas, a grande maioria dos candidatos mistura esses dois estilos ao longo do texto e são penalizados na nota por isso. Fique atento a esse detalhe. Sempre que você for escrever alguma frase, lembre-se de qual estilo você escolheu e seja fiel a ele até o fim!
      O mais recomendado é que você escolha a terceira pessoa do plural, pois essa forma de escrever é mais informal e mais fácil de ser seguida com fidelidade. O texto objetivo também tem a vantagem de dar um aspecto de “autoridade” aos argumentos. Quando se opta pelo texto subjetivo, tem-se uma impressão de que tudo está somente de acordo com a opinião do autor, enquanto que no objetivo tem-se a impressão de que a opinião é de todos. Isso é o que fortalece o caráter objetivo.
Recomendamos também que você pratique suas redações utilizando sempre o mesmo estilo para se acostumar. Isso vai ajudar você a não misturar as coisas depois. Então comece a praticar desde já o texto objetivo para chegar no dia da prova afiado e não colocar traços subjetivos misturados.

A Argumentação do Texto Dissertativo

   Um texto argumentativo, como já comentamos, é aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, procurando fazer com que o leitor acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos os argumentos.
  A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem do latim ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta que se identifique a tese (ideia principal), para então fazer a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Um bom texto dissertativo deve apoiar-se principalmente em uma boa argumentação (por isso o nome: dissertativo argumentativo). Para que isso ocorra, é preciso que se organizem as ideias que serão expostas. Mostraremos abaixo os tipos mais comuns de argumentos que podem ser utilizados em uma redação:

Tipos de argumentos

– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no conhecimento de um especialista da área. É um modo de trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade citada. Por exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel, não é a posse de bens materiais o que mais seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela”.
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a demonstração de um especialista para que se prove o conteúdo argumentado. Nesse caso, não precisamos citar uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico do país”. Repare que essa afirmação não precisa de embasamento teórico, pois é um consenso global.
– A Comprovação pela Experiência ou Observação: Esse tipo de argumentação é fundamentada na documentação com dados que comprovam ou confirmam sua veracidade. Por exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes descobertas científicas. Alexander Flemming, que cultivava bactérias, por acaso percebeu que os fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele chegou à penicilina”. Observe que, nesse caso, o argumento que validou a afirmação “O acaso pode dar origem a grandes descobertas” foi a documentação da experiência de Flemming.

– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse caso se baseia em operações de raciocínio lógico, tais como as implicações de causa e efeito, consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se admitir que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico que, no caso, seria irreparável”. Note que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi mencionado o caso de falha humana na sentença, o que permitiu que se chegasse a tal conclusão.

   Qualquer um desses tipos de argumentos citados é válido na construção de um texto argumentativo.
A título de nomenclatura, muitas provas de vestibulares e concursos utilizam o nome “texto dissertativo”, “texto argumentativo” ou ainda “texto dissertativo argumentativo”, mas todos se referem a esse mesmo padrão de texto que mencionamos nesse artigo.


 Analogia

A analogia é uma figura de linguagem que consiste em estabelecer paralelos e semelhanças entre situações, a princípio, distintas.
Com isso, é possível aproximar a situação em questão das experiências vividas pelo seu leitor (ou, no caso do marketing de conteúdo, pela sua persona), simplificando o entendimento de algo fora da sua realidade.
Quando bem aplicada, essa estratégia permite aumentar o apelo emocional do texto (sobre o qual vamos falar daqui a pouco). Para isso, porém, é preciso garantir que ela não seja simplista demais.

Apelo emocional

   Essa estratégia tem a ver com algo chamado pathos, termo que, para os gregos, designava a paixão e o sentimento. A ideia aqui é despertar a emoção no seu leitor, a fim de conquistar o lado emocional que faz parte da formação de qualquer opinião, por mais racional que ela seja.
Para escrever um texto com bastante apelo emocional, é importante conhecer as dores da sua persona e elencar argumentos próximos da sua realidade.
Apesar do nome “apelo emocional”, porém, o ideal é não exagerar demais. Afinal, você não quer que seu texto fique com um tom excessivamente piegas e meloso!

Prolepse

Esse é o nome chique da estratégia de se antecipar aos argumentos do seu interlocutor (no caso de um texto, do seu leitor) e se antecipar a eles.
Essa estratégia é facilmente observada em debates políticos, em que um candidato, já conhecendo as pautas de seu adversário, desconstrói seus argumentos antes mesmo que ele possa apresentá-lo, exigindo dele jogo de cintura para contra-argumento.
A prolepse pode ser usada, por exemplo, para estruturar um texto sobre a importância de se manter fisicamente ativo. Você pode começar sua produção listando as principais objeções às atividades físicas (é difícil encontrar tempo, fazer exercícios é chato) e desconstruir cada uma delas em um intertítulo.
Tipos de argumento
Agora que você já conhece algumas estratégias que podem te ajudar no seu texto, vamos ver alguns tipos de argumento que você pode usar para sustentar sua tese:

Argumento de autoridade

Esse argumento toma emprestada a credibilidade da sua fonte, como um instituto de pesquisa, um pesquisador ou uma testemunha, tão importante para os jornalistas.
Como a força desse argumento vem justamente da sua fonte, é fundamental incluir links para as pesquisas mencionadas ou citar a instituição por trás delas. Dizer “pesquisas apontam” é o mesmo que não dizer nada, justamente porque, quando você faz isso, está deixando de fora a credibilidade do argumento.
Vale mencionar também que, quando você está escrevendo como ghost writer (o que é o caso da maioria das produções de conteúdo para a web), a sua própria autoridade não significa nada, pois o seu nome não está atrelado ao texto.
Não importa se você for phD no assunto sobre o qual está escrevendo: será necessário sustentar seus argumentos com fontes verificáveis e confiáveis.

Argumento de ilustração

Aqui, trata-se usar exemplos para confirmar que os pontos levantados são, de fato, observáveis na realidade. Vale mencionar que os exemplos não precisam ser apenas positivos: se a ideia é comprovar, por exemplo, a necessidade de colocar uma coleira de identificação no seu cãozinho, você pode citar tanto casos em que a presença da coleira teve final feliz como situações em que, por não ter identificação, o animal não foi encontrado.

Argumento por lógica

  Você, provavelmente, já viu por aí aqueles exercícios simples de lógica, compostos de 3 sentenças, como “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal”. Essa é a estrutura básica de qualquer argumento lógico.
   Mas não se preocupe, porque não é preciso dividir todo o seu texto em premissas e conclusões e tentar entender o raciocínio lógico entre elas. Argumentar por lógica é bem mais simples do que isso — relações de causa e consequência e de condicionalidade são excelentes exemplos de argumentos lógicos.
Falácias lógicas: como evitá-las!

   Primeiro, vamos à definição das falácias, que nada mais são do que tentativas de convencer o leitor por meio de informações que não seguem uma lógica coerente. Na prática, por exemplo, significa usar argumentos desconexos para criar um apelo emocional exagerado ou deturpar o argumento de uma pessoa para um contra-ataque mais impactante.
Ou seja, na verdade, essa é uma maneira de enfraquecer o seu argumento. Então, evitar alguns caminhos que nos induzem ao uso dessas falácias é ideal. Utilizando o exemplo citado acima, seria algo nesse sentido: “Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Joana não é homem. Logo, Joana é imortal”. Oi?
    Portanto, não seja esse redator que usa esse tipo de argumento por lógica utilizando uma sequência non-sense para sustentar seu ponto de vista.
Outro exemplo que você deve evitar é apelar para a popularidade de um argumento não válido como forma de referendar seu posicionamento. São aquelas alegações sobre as quais a maior parte das pessoas certamente concordaria, mas que não são, de fato, verdadeiras.
Exemplos desse uso são muito comuns em discursos e textos que falam sobre senso de justiça, por exemplo, ao avaliar quem deveria estar ou não custodiado. Tão logo identifique as falácias lógicas no seu texto, retire-as.

Conclusão

      Essa etapa do texto é ideal para retomar o seu ponto de vista, reforçá-lo e, se possível, aproximá-lo da realidade. No caso do marketing de conteúdo, um bom caminho é sugerir à persona como aquele blog post pode ser útil na vida dela ou, quem sabe, convidá-la a estudar mais sobre o tema sobre o qual discorre.
No geral, esse é o momento em que o autor do texto diz ao leitor: eu me importo contigo, desejo que você aprenda e quero te oferecer ainda mais conteúdo.
Outro atributo importante de uma boa conclusão é incluir a chamada para ação, em inglês intitulada call to action. Ela deve indicar o passo seguinte que você deseja que o leitor faça a partir do seu texto, como compartilhar conteúdo nas redes sociais, deixar comentário ou baixar e-book.
Para os casos do texto argumentativo, essa é a hora em que você tem para finalizar a conversa, apresentando uma solução e/ou sugestão para o problema posto. Mais uma vez, lembre-se: momento para ser sucinto e direto… Sem delongas!
Bom, fale a verdade: você imaginou que tivesse tanta coisa por trás das redações que você escrevia se preparando para o Enem? Ou que poderia aplicar todo esse conhecimento na sua carreira como redator? Pois bem, nós também não!


Injunção

O modo injuntivo consiste no encadeamento de ideias com a finalidade de persuadir o destinatário a praticar atos ou ter atitudes. Uma de suas características é o emprego do imperativo.


Fontes:
http://educacao.globo.com/telecurso/noticia/2015/03/narrativo-descritivo-argumentativo-confira-os-diferentes-tipos-de-textos.html
http://comofazerumaboaredacao.com/texto-dissertativo-argumentativo/
https://comunidade.rockcontent.com/textos-argumentativos/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/textos-descritivos.htm
http://brincarcompalavrass.blogspot.com.br/
https://anabailunecontos.blogspot.com.br/2017/08/jardim-das-desilusoes.html#comment-form


Para saber mais, consulte:
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
FIORIN, J. L. e SAVIOLI, F. P. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1999.




Pesquisa e organização da postagem: Profª Lourdes Duarte

10 comentários:

  1. Olá Elza
    Eu amo literatura e a nossa Língua Portuguesa em todas as suas vertentes
    E quando eu chego aqui nessa biblioteca virtual sou acometida por um estupor mental e fico a ler e reler para agregar ao meu conhecimento todas essas informações elucidativas que você e Lourdes preparam com tanto zelo para o nosso deleite
    Feliz estou querida por mais uma vez ter um poema meu abrilhantando o trabalho belíssimo disponibilizado aqui. Obrigada Elza.
    Beijos e minha gratidão

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    1. Como é bom ler seu comentário e ter sua aprovação, querida amiga e colega de profissão, professora Gracita. Sim, junto com a Lourdes estamos nos esforçando para organizar postagens didáticas e sempre que possível, valorizar nossos seguidores escritores que são muitos e com grandes competências. Abraços, volte sempre.

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  2. Querida Elza, essa matéria e tantas outras desse blog deveria fazer parte de cursinhos para os vestibulandos...
    Tenho certeza que seria muito útil àqueles que não tem nenhuma intimidade com a escrita! Mais claro do que está é impossível.

    Belo trabalho, como sempre!
    Aplaudo.
    Beijo, amigas!

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    1. Ficamos agradecidas e felizes querida Taís em ter sua aprovação na postagem. Grata por tudo. Volte sempre esse cantinho é nosso. Abraços

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  3. Olá, Elza.

    Postagem oportuna, sobretudo nesses tempos em que muitas pessoas parecem não saber ler ou escrever e ainda se comprazem nesse "analfabetismo funcional", endêmico no Brasil. Trato disso no último post lá do blog.

    Um abraço.

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    1. Olá Prof Antônio, que bom saber que você está gostando do que postamos. Com certeza iremos apreciar sua postagem que deve ser muito interessante. Grata pela visita, volte sempre.

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  4. Olá, amiga Elza!
    Gostei muito deste trabalho, que poderá agradar aos todos os leitores amantes de literatura, e também a quem estiver interessado em aprender a escrever poemas, crônicas e outros gêneros literários. Este é é um espaço de cultura, que merece ser visitado. Aproveito para dizer-te que fiquei muito contente ao ver minha crônica editada entre tantos trabalhos, nesta postagem. Muito obrigado.
    Um abraço.
    Pedro

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    1. Que bom grande poeta, saber que nosso trabalho aqui tem sua aprovação. Nós é que ficamos agradecidas por não se opor em ter sua crônica aqui nessa postagem, Volte sempre, abraços

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